Modelo de Alegações Finais de Defesa em Processo Penal por Suposto Crime de Estupro de Vulnerável
Publicado em: 07/12/2024 Direito Penal Processo PenalALEGACÕES FINAIS
DEFESA
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de ___.
Processo nº: ___
S. M. da S., já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado constituído, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, com fulcro no art. 403, §3º, do Código de Processo Penal (CPP), pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O acusado, S. M. da S., foi denunciado pela suposta prática do crime de estupro de vulnerável, previsto no art. 217-A do Código Penal (CP), em concurso material com o art. 71 do mesmo diploma legal. Segundo a denúncia, os fatos teriam ocorrido no ano de 2021, sendo a vítima uma menor de 14 anos, nascida em 2013. A acusação baseia-se em relatos da vítima e em depoimentos testemunhais.
Contudo, a defesa sustenta que não há provas suficientes para a condenação do acusado, uma vez que os elementos probatórios apresentados carecem de robustez e não atendem ao princípio do in dubio pro reo, essencial no processo penal.
DO DIREITO
O crime de estupro de vulnerável, previsto no art. 217-A do CP, exige a comprovação inequívoca de que o agente praticou ato libidinoso com menor de 14 anos, com dolo específico de satisfazer sua lascívia ou a de terceiro. Ademais, a aplicação do art. 71 do CP requer a demonstração de continuidade delitiva, o que não restou devidamente comprovado nos autos.
A Constituição Federal de 1988 (CF/88) assegura, no art. 5º, LV, o direito ao contraditório e à ampla defesa, princípios que devem ser observados em todas as fases do processo penal. Nesse sentido, a ausência de provas robustas e inequívocas deve conduzir à absolvição do acusado, em respeito ao princípio da presunção de inocência, previsto no art. 5º, LVII, da CF/88.
A doutrina também enfatiza que, em casos de crimes contra a dignidade sexual, a palavra da vítima deve ser analisada com cautela, especialmente quando desacompanhada de outros elementos probatórios. Conforme leciona Fernando Capez, "a palavra da vítima, embor"'>...