Modelo de Alegações Finais em Processo Criminal: Defesa de Réu Acusado de Estupro de Vulnerável com Pedido de Absolvição e Anulação do Processo
Publicado em: 27/09/2024 Direito Penal Processo PenalEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ___
Processo nº: ___
PREÂMBULO
Réu: A. J. dos S.
Advogado: Nome do Advogado (OAB/UF nº ___)
A. J. dos S., já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, nos termos do CPP, art. 403, §3º, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O réu foi acusado, em 2015, de ter cometido o crime de estupro de vulnerável (CP, art. 217-A) contra uma criança. No entanto, à época dos fatos, o réu estava em outra cidade, exercendo suas atividades laborais, conforme será demonstrado nos autos.
A acusação baseou-se exclusivamente no depoimento da suposta vítima e de testemunhas indiretas, sem que houvesse qualquer prova material que corroborasse a narrativa apresentada.
Ademais, o réu possui provas documentais e testemunhais que comprovam sua presença em local diverso no momento do suposto crime, o que afasta qualquer possibilidade de autoria por parte do acusado.
DO DIREITO
Inicialmente, destaca-se que o princípio da presunção de inocência, consagrado no CF/88, art. 5º, LVII, determina que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. No presente caso, não há provas suficientes para sustentar a condenação do réu, sendo imperiosa a sua absolvição.
O crime de estupro de vulnerável exige a comprovação inequívoca da autoria e da materialidade, conforme disposto no CP, art. 217-A. Contudo, a acusação não apresentou elementos probatórios que demonstrem, de forma clara e objetiva, a prática do delito pelo réu.
Ademais, a palavra da vítima, embora tenha relevância em crimes dessa natureza, não pode ser considerada isoladamente como prova suficiente para a condenação, especialmente quando existem elementos que comprovam a impossibilidade de o réu ter praticado o crime, como é o caso dos autos.
A defesa apresentou documentos e testemunhas que comprovam que o réu estava em outra cidade no momento do suposto crime, exercendo suas atividades laborais. Tais provas afastam qualquer possibilidade de autoria, devendo ser acolhidas por este juízo.
JURISPRUDÊNCIAS
A jurisprudência pátria é uníssona ao reconhecer a nulidade de processos em que há cerceamento de defesa ou ausência de apresentação de alegações finais de forma adequada, conforme se verifica nas decisões abaixo:
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STJ (5ª T.) - RECURSO EM HABEAS CORPUS 143.571 - GO"'>...
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