Modelo de Alegações Finais do Ministério Público em Ação Penal de Roubo Majorado com Pedido de Condenação e Fixação de Regime Fechado

Publicado em: 23/10/2024 Direito Penal Processo Penal
Manifestação final do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, em forma de memoriais, em ação penal pública incondicionada, contra os acusados D. da S. e L. M. N. M., denunciados pelo crime de roubo majorado pelo concurso de pessoas e pelo emprego de arma de fogo (art. 157, §2º, II e §2º-A, I do CP). O documento apresenta a síntese dos fatos, comprovações de autoria e materialidade, fundamentação jurídica, jurisprudências e requer a condenação dos denunciados, com reconhecimento das majorantes e fixação de regime inicial fechado.

ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS – ACUSAÇÃO

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Circunscrição Judiciária de Brasília – DF

2. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS, por seu representante legal, nos autos do processo nº 0705331-14.2024.8.07.0001, que move em face de D. da S. e L. M. N. M., vem, respeitosamente, apresentar suas

ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS

com fundamento no CPP, art. 403, §3º, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

3. SÍNTESE DOS FATOS

Trata-se de ação penal pública incondicionada em que D. da S. e L. M. N. M. foram denunciados pela prática do crime de roubo majorado, previsto no CP, art. 157, §2º, II e §2º-A, I, em razão do concurso de pessoas e do emprego de arma de fogo.

Consta dos autos que, no dia 2 de outubro de 2024, nas proximidades da quadra 712 de Brasília-DF, os denunciados abordaram as vítimas H. de S. C. e M. S. e S., subtraindo-lhes pertences mediante grave ameaça com arma de fogo. Durante a ação delituosa, dois transeuntes tentaram intervir, ensejando luta corporal. A Polícia Militar, que realizava patrulhamento na região, prendeu os acusados em flagrante.

As vítimas reconheceram os réus como autores do crime, de forma segura e coerente, tanto na fase policial quanto em juízo.

4. DA AUTORIA E MATERIALIDADE

A materialidade delitiva resta comprovada pelo auto de prisão em flagrante, boletim de ocorrência, termos de declarações das vítimas, laudos periciais e demais provas constantes nos autos.

Quanto à autoria, as vítimas foram firmes ao reconhecerem D. da S. e L. M. N. M. como os autores do roubo, inclusive em juízo, sob o crivo do contraditório. A alegação da defesa de que havia pouca iluminação no local não se sustenta diante da convicção das vítimas e da prisão em flagrante dos acusados, imediatamente após os fatos, portando os bens subtraídos.

Ademais, os policiais militares que efetuaram a prisão confirmaram a dinâmica dos fatos e a apreensão dos objetos roubados em poder dos réus, reforçando a autoria.

5. DO DIREITO

O tipo penal imputado aos réus encontra previsão no CP, art. 157, §2º, II e §2º-A, I, que trata do roubo majorado pelo concurso de pessoas e pelo emprego de arma de fogo.

O concurso de agentes resta configurado pela atuação conjunta e coordenada dos réus, que abordaram as vítimas em dupla, conforme narrado pelas testemunhas e pelas próprias vítimas. O emprego de arma de fogo foi claramente descrito "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de ação penal pública incondicionada proposta pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios em desfavor de D. da S. e L. M. N. M., imputando-lhes a prática do crime de roubo majorado, previsto no art. 157, §2º, II e §2º-A, I, do Código Penal, em razão do concurso de pessoas e do emprego de arma de fogo.

Após análise detida dos autos, passo a proferir meu voto, nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige que todas as decisões do Poder Judiciário sejam fundamentadas.

1. Do Conhecimento da Ação

O processo preenche os requisitos legais de admissibilidade. As partes são legítimas, há interesse processual e não há nulidades insanáveis. Assim, conheço da presente ação penal.

2. Da Materialidade e Autoria

A materialidade do delito restou comprovada pelo auto de prisão em flagrante, boletim de ocorrência, laudos periciais, termos de declarações das vítimas e demais provas constantes nos autos.

Quanto à autoria, as vítimas H. de S. C. e M. S. e S. reconheceram de forma segura e coerente os réus D. da S. e L. M. N. M. como autores do delito, tanto na fase inquisitorial quanto sob o crivo do contraditório em juízo.

A alegação da defesa quanto à suposta pouca iluminação não afasta a convicção das vítimas, tampouco a prisão em flagrante dos réus, logo após a prática do crime, com os bens subtraídos ainda em sua posse.

Os policiais militares que efetuaram a prisão confirmaram a dinâmica dos fatos, corroborando a versão das vítimas e a autoria delitiva.

3. Da Tipificação Penal

Os fatos narrados e comprovados nos autos se amoldam ao tipo penal previsto no art. 157, §2º, II e §2º-A, I, do Código Penal, ou seja, roubo majorado pelo concurso de pessoas e pelo emprego de arma de fogo.

O concurso de agentes restou evidenciado na atuação conjunta e coordenada dos réus. O emprego de arma de fogo foi descrito de forma firme e coerente pelas vítimas, sendo desnecessária a apreensão da arma para incidência da majorante, conforme jurisprudência consolidada do STJ e STF.

4. Da Jurisprudência Aplicável

O entendimento jurisprudencial é pacífico no sentido de que a palavra da vítima, quando segura e coerente, é suficiente para embasar a condenação, sobretudo quando corroborada por outras provas, como reconhecimentos e confirmações policiais. Neste sentido:

  • TJRJ – Apelação Acórdão/TJRJ: “Emprego de arma de fogo que não exige a apreensão e perícia do respectivo artefato, bastando a firme palavra da vítima para comprová-la.”
  • TJRJ – Apelação Acórdão/TJRJ: “A palavra da vítima, quando segura e coerente, mostra-se perfeitamente apta a embasar um juízo de reprovação.”
  • TJRJ – Apelação Acórdão/TJRJ: “Comprovada a autoria delitiva, não há que se falar em insuficiência probatória.”

5. Da Condenação

Diante do conjunto probatório consistente e harmônico, julgo procedente o pedido do Ministério Público para condenar os réus D. da S. e L. M. N. M. como incursos nas penas do art. 157, §2º, II e §2º-A, I, do Código Penal.

Reconheço como causas de aumento de pena:

  • a) o concurso de pessoas;
  • b) o emprego de arma de fogo.

Considerando a gravidade concreta do delito, a forma de execução e os requisitos legais, fixo o regime inicial fechado para o cumprimento da pena, nos termos do art. 33, §2º, alínea “a”, do Código Penal.

6. Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 387 do Código de Processo Penal e no art. 93, IX, da Constituição Federal, julgo procedente a denúncia para condenar os réus D. da S. e L. M. N. M. como incursos nas penas do art. 157, §2º, II e §2º-A, I, do Código Penal, nos termos acima expostos.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Brasília – DF, 30 de outubro de 2024.

Juiz de Direito


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