Modelo de Alegações Finais do Réu em Ação de Reintegração de Posse

Publicado em: 07/11/2024 Civel Direito Imobiliário
Modelo de alegações finais apresentadas pelo réu em ação de reintegração de posse, demonstrando a boa-fé na aquisição do imóvel e o exercício contínuo e pacífico da posse desde 2016. Inclui fundamentação jurídica e princípios aplicáveis à proteção possessória.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [CIDADE/UF]

Processo nº [número]

[Nome do Réu], nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o nº [número], residente e domiciliado na [endereço completo], e-mail: [endereço eletrônico], por intermédio de seu advogado que esta subscreve, nos autos da Ação de Reintegração de Posse movida por [Nome do Requerente], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I - DOS FATOS

O Réu adquiriu o imóvel objeto da presente ação de terceiro, de boa-fé, no ano de 2016. Desde então, estabeleceu residência no local juntamente com sua família, realizando benfeitorias e edificações que, hoje, constituem seu lar. A aquisição do bem foi feita de maneira lícita, mediante contrato particular de compra e venda, com a posse mansa e pacífica até o presente momento.

No entanto, o Requerente, representado pela viúva do alegado proprietário falecido, ingressou com a presente ação de reintegração de posse, alegando que o imóvel pertenceria ao falecido e que a ocupação do Réu teria ocorrido de forma indevida enquanto o antigo proprietário estava doente. Em audiência, uma testemunha arrolada pela viúva do Requerente afirmou que, em 2010, o imóvel era de fato de propriedade do falecido. Contudo, tal alegação não se sustenta, uma vez que o Réu jamais teve conhecimento de qualquer litígio envolvendo o imóvel à época da aquisição.

Além disso, a pessoa indicada na inicial como suposto invasor do imóvel nunca foi localizada, o que demonstra a fragilidade das alegações iniciais e evidencia a boa-fé do Réu na aquisição e manutenção da posse do bem.

II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

O Réu é possuidor de boa-fé do imóvel, conforme preceitua o CCB/2002, art. 1.201, pois adquiriu o bem de forma legítima, sem qualquer indício de irregularidade ou litígio em relação ao imóvel. A boa-fé do possuidor é presumida, sendo ônus da parte autora provar o contrário, o que não ocorreu no presente caso.

Ademais, a posse exercida pelo Réu é mansa, pacífica e contínua desde 2016, caracterizando o direito à proteção possessória, nos termos do CPC/2015, art. 561, I a V. O Réu, desde a aquisição, realizou diversas be"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

NARRATIVA DE FATO E DIREITO, CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Nesta ação de reintegração de posse, o Réu busca demonstrar a boa-fé na aquisição do imóvel e o exercício da posse de maneira mansa e pacífica desde 2016. O Réu comprou o bem de terceiro, sem qualquer conhecimento de litígio ou irregularidade que pudesse comprometer a legitimidade da posse. Desde então, o Réu e sua família residem no imóvel, realizando benfeitorias e utilizando-o como moradia, de forma contínua e ininterrupta.

A viúva do alegado proprietário falecido trouxe uma testemunha que afirmou que o imóvel pertencia ao falecido em 2010. No entanto, essa alegação é insuficiente para caracterizar o esbulho possessório, uma vez que não há qualquer prova de que o Réu tenha agido de maneira clandestina ou violenta ao tomar posse do imóvel. Além disso, a pessoa indicada como suposto invasor na inicial nunca foi localizada, o que evidencia a fragilidade das alegações da parte autora.

Defesas Possíveis pela Parte Contrária: A parte autora poderá insistir na alegação de que o imóvel pertencia ao falecido e que a posse do Réu é irregular. No entanto, essa tese carece de provas robustas e não demonstra qualquer ato de má-fé por parte do Réu na aquisição do bem. Além disso, a continuidade da posse pelo Réu desde 2016, sem qualquer oposição, enfraquece a alegação de esbulho.

Considerações Finais: A presente ação de reintegração de posse deve ser julgada improcedente, uma vez que o Réu adquiriu o imóvel de boa-fé, exerceu a posse de forma mansa e pacífica, e não há elementos que comprovem o esbulho alegado pela parte autora. A função social da posse e a boa-fé objetiva devem ser protegidas, garantindo ao Réu o direito de permanecer no imóvel que serve de moradia para ele e sua família.



TÍTULO:
MODELO DE ALEGAÇÕES FINAIS EM AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE


1. Introdução

As presentes alegações finais são apresentadas em defesa do réu na ação de reintegração de posse, contestando os argumentos do autor e demonstrando a boa-fé na aquisição do imóvel. O réu exerce posse contínua, pacífica e de boa-fé desde 2016, atendendo aos princípios constitucionais e ao direito possessório consagrado pela legislação brasileira.

O réu defende a função social da posse, conforme previsto na CF/88, art. 5º, XXIII, e sustenta que o imóvel vem sendo utilizado para fins habitacionais, contribuindo para a dignidade de sua família. A presente defesa busca resguardar o direito à manutenção da posse com base na legalidade, moralidade e segurança jurídica.


Legislação:
CF/88, art. 5º, XXIII: Determina que a propriedade deve cumprir sua função social.
CCB/2002, art. 1.210: Trata da proteção da posse contra turbação e esbulho.
Lei 10.257/2001, art. 2º: Dispõe sobre a função social da propriedade no contexto urbano.

Jurisprudência:
Função social posse
Posse contínua boa-fé
Reintegração posse defesa


2. Boa-fé na Posse

O réu adquiriu o imóvel em 2016 por meio de contrato particular, agindo com boa-fé e acreditando na validade jurídica da transação. Durante todo o período de posse, foram realizados investimentos no imóvel, como reformas e melhorias, comprovando o ânimo de dono e a intenção de preservá-lo como lar.

A jurisprudência brasileira reconhece que a boa-fé na posse é protegida pelo ordenamento jurídico, assegurando ao possuidor o direito de permanecer na propriedade, especialmente quando essa posse atende à sua função social. O autor da ação não demonstrou a propriedade formal nem o exercício de posse anterior, tornando a reintegração indevida.


Legislação:
CCB/2002, art. 1.201: Dispõe sobre a posse de boa-fé.
CCB/2002, art. 1.238: Estabelece o prazo de usucapião para posse ininterrupta e pacífica.
Lei 10.406/2002, art. 1.219: Garante ao possuidor de boa-fé o direito de retenção por benfeitorias.

Jurisprudência:
Posse bem imóvel
Boa-fé posse defesa
Investimentos benfeitorias posse


3. Função Social e Posse Pacífica

A função social da posse é um princípio fundamental do direito imobiliário, assegurando que a propriedade seja utilizada de maneira útil e responsável. O imóvel objeto da ação serve como residência do réu e de sua família, evidenciando sua função habitacional e o cumprimento dos requisitos legais.

Além disso, o réu exerce a posse de forma pacífica, sem qualquer ato de turbação ou ameaça à segurança jurídica da relação possessória. A proteção à posse pacífica está amparada na legislação e visa garantir a estabilidade das relações jurídicas, especialmente no contexto da moradia.


Legislação:
CF/88, art. 6º: Define a moradia como direito social fundamental.
Lei 10.406/2002, art. 1.211: Garante proteção contra esbulho possessório.
CCB/2002, art. 1.203: Dispõe sobre a manutenção da posse em caso de cumprimento da função social.

Jurisprudência:
Função social moradia
Proteção posse pacífica
Moradia direito social


4. Defesa da Ação de Posse

A ação de reintegração de posse movida pelo autor carece de elementos essenciais que demonstrem o direito à reintegração. O autor não apresentou prova suficiente de sua posse anterior ou do exercício da propriedade, conforme exigido pelo CCB/2002, art. 560. Dessa forma, a ação não merece prosperar.

O réu reitera que a manutenção da posse é essencial para a continuidade de sua vida familiar, garantindo o direito à moradia e à dignidade. A procedência da ação comprometeria a função social da propriedade e violaria os princípios constitucionais de justiça social e proteção possessória.


Legislação:
CCB/2002, art. 560: Requisitos para a ação de reintegração de posse.
CCB/2002, art. 1.238: Estabelece a usucapião como forma de aquisição da propriedade.
CF/88, art. 5º, XXII: Garante o direito à propriedade.

Jurisprudência:
Ação posse argumentação
Requisito reintegração prova
Posse direito defesa


5. Considerações Finais

Por todo o exposto, requer-se:

  1. A improcedência da ação de reintegração de posse.
  2. O reconhecimento da boa-fé e da função social da posse exercida pelo réu.
  3. A condenação do autor ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

Espera-se que este juízo reconheça a legitimidade da posse do réu, assegurando a estabilidade de sua situação possessória e preservando o princípio da dignidade da pessoa humana.


Legislação:
CF/88, art. 5º, XXII: Proteção ao direito de propriedade.
CCB/2002, art. 1.201: Previsão da posse de boa-fé.
Lei 10.257/2001, art. 2º: Determinação da função social da posse.

Jurisprudência:
Dignidade posse defesa
Improcedência reintegração justa posse
Posse bem imóvel defesa


 


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