Modelo de Alegações Finais em Ação de Busca e Apreensão com Pedido de Extinção pela Purgação da Mora e Restituição de Veículo
Publicado em: 11/01/2025 CivelProcesso CivilConsumidorEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Processo nº __________
PREÂMBULO
RÉU: Sr. A. J. dos S., brasileiro, casado, profissão __________, portador do CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________.
AUTOR: Banco __________, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº __________, com sede na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________.
O réu, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos da ação de busca e apreensão movida pelo autor, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, nos termos do CPC/2015, art. 364, expondo os fatos e fundamentos jurídicos a seguir delineados.
DOS FATOS
O autor ingressou com a presente ação de busca e apreensão, alegando inadimplemento por parte do réu em contrato de financiamento garantido por alienação fiduciária. Em razão disso, requereu a apreensão do veículo objeto do contrato.
Contudo, o réu realizou a purgação da mora na esfera administrativa, conforme comprovantes anexados aos autos. Ainda assim, o autor prosseguiu com a demanda, ignorando o acordo celebrado e os pagamentos efetuados, o que caracteriza comportamento contraditório e abusivo.
Ademais, a apreensão do veículo ocorreu em circunstâncias controvertidas, com indícios de irregularidades na execução da medida liminar, como será demonstrado a seguir.
DO DIREITO
A presente ação carece de fundamento jurídico diante da purgação da mora realizada pelo réu, conforme previsto no Decreto-lei 911/1969, art. 3º, § 2º. A regularização dos pagamentos descaracteriza o inadimplemento e impede a consolidação da posse e propriedade do bem em favor do credor fiduciário.
O comportamento do autor, ao prosseguir com a demanda mesmo após a purgação da mora, viola os princípios da boa-fé objetiva e da função social do contrato, previstos no CCB/2002, art. 422. Tal conduta configura abuso de direito, nos termos do CCB/2002, art. 187.
Além disso, a execução da medida liminar de busca e apreensão foi realizada de forma irregular, desrespeitando os arts. 212, caput, e § 1º, do CPC/2015, que exigem a observância de horário apropriado e a comunicação prévia de fatos relevantes. A controvérsia sobre o horário da diligência e a celebração do acordo "'>...