Modelo de Alegações Finais em Ação de Obrigação de Fazer com Pedido de Internação em Instituição de Longa Permanência para Pessoa Idosa
Publicado em: 02/10/2024 AdministrativoProcesso CivilConstitucional Direito PrevidenciárioEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ____________
Processo nº: ____________
AUTORA: M. F. de S. L.
RÉUS: MUNICÍPIO DE ____________ e ESTADO DE ____________
ALEGAÇÕES FINAIS
Nos autos da AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INTERNAÇÃO EM INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA, que tramita perante este juízo, vem a parte autora, por seu advogado, com fundamento no CPC/2015, art. 364 e seguintes, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, nos seguintes termos:
PREÂMBULO
Trata-se de ação proposta pela autora, pessoa idosa, com o objetivo de obter a internação em instituição de longa permanência (ILPI), devido à sua condição de saúde debilitada e à ausência de suporte familiar adequado. A parte ré, Município de ____________, alegou interferência do Ministério Público e solicitou a intimação dos irmãos da autora para compor o polo passivo, mas não compareceu à audiência de instrução, demonstrando descaso com a situação da autora.
DOS FATOS
A autora, pessoa idosa e em estado de vulnerabilidade, necessita de cuidados integrais em razão de sua condição de saúde. O relatório médico anexado aos autos comprova a necessidade de internação em instituição de longa permanência, tendo em vista a ausência de suporte familiar e financeiro para manutenção de sua dignidade.
O Município de ____________, embora tenha sido devidamente intimado, não compareceu à audiência de instrução, deixando de apresentar qualquer justificativa plausível para sua ausência. Tal conduta reforça a necessidade de intervenção judicial para assegurar à autora o direito à saúde e à assistência social, garantidos pela CF/88, art. 196 e CF/88, art. 230.
DO DIREITO
A Constituição Federal de 1988 assegura que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado (CF/88, art. 196). Ademais, o CF/88, art. 230 estabelece que a família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua dignidade e bem-estar.
No caso em tela, a autora preenche todos os requisitos para a concessão da tutela de urgência, conforme previsto no CPC/2015, art. 300. A probabilidade do direito está demonstrada pelos relatórios médicos e sociais que atestam a necessidade de internação, enquanto o perigo de dano irreparável decorre da gravidade de sua condição de saúde e da ausência de suporte familiar.
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