Modelo de Alegações Finais em Ação Penal sobre Violência Doméstica com Pedido de Absolvição ou Pena Mínima

Publicado em: 03/12/2024 Direito Penal Processo Penal
Documento de alegações finais apresentado pela defesa de Rodrigo Reinaldo da Silva em ação penal na ___ª Vara Criminal da Comarca de Catende/PE. O acusado responde pela prática do crime de lesão corporal contra sua ex-companheira, no âmbito da violência doméstica, com base no art. 129, §13, do Código Penal. A defesa argumenta ausência de provas suficientes para a condenação e requer a absolvição com fundamento no art. 386, VII, do CPP, ou, subsidiariamente, a aplicação da pena mínima prevista em lei, destacando a primariedade do réu e a inexistência de circunstâncias agravantes. O documento fundamenta-se em princípios constitucionais (contraditório e ampla defesa), jurisprudências do STF, STJ e TJSP, e na análise da relevância da palavra da vítima em crimes dessa natureza.

ALEGAÇÕES FINAIS

PROCESSO Nº XXXXXXX

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CATENDE/PE

RODRIGO REINALDO DA SILVA, já devidamente qualificado nos autos da presente ação penal movida pelo Ministério Público, vem, por meio de seu advogado constituído, com fundamento no art. 403, §3º, do Código de Processo Penal (CPP, art. 403, §3º), apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

DOS FATOS

No dia 15 de fevereiro de 2023, por volta das 8h20min, nas imediações da Quadra 43, nº 21, Bairro Alto da Jaqueira, Catende/PE, o acusado, Rodrigo Reinaldo da Silva, teria agredido fisicamente sua ex-companheira, causando-lhe lesões descritas no exame traumatológico de fls. 07, que apontou hematoma frontal sem risco à saúde ou à vida da vítima.

O Ministério Público imputou ao acusado a prática do crime previsto no art. 129, §13, do Código Penal, que trata de lesão corporal cometida contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, no âmbito da violência doméstica e familiar.

DO DIREITO

O art. 129, §13, do Código Penal prevê que a lesão corporal cometida contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino, no contexto de violência doméstica, é crime que demanda especial atenção do Poder Judiciário, em consonância com os princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da igualdade de gênero (CF/88, art. 5º, I).

Nos termos da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), a proteção à mulher em situação de violência doméstica visa assegurar a igualdade material entre os gêneros, presumindo-se a vulnerabilidade da vítima em tais contextos.

Entretanto, para a configuração do crime, é imprescindível a comprovação inequívoca da autoria e da materialidade, bem como a demonstração do dolo específico do agente em praticar a conduta por razões da condição do sexo feminino.

No presente caso, embora o exame traumatológico tenha constatado lesões leves, a defesa sustenta que não há elementos suficientes para comprovar que a conduta do acusado foi motivada por razões da condição do sexo feminino, conforme exige o tipo penal.

DA PALAVRA DA VÍTIMA

É sabido que, nos crimes"'>...

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Informações complementares

Fatos Principais

No dia 15 de fevereiro de 2023, por volta das 8h20min, o acusado, Rodrigo Reinaldo da Silva, foi acusado de agredir fisicamente sua ex-companheira, nas proximidades do Bairro Alto da Jaqueira, em Catende/PE. A vítima sofreu um hematoma frontal leve, conforme constatado no exame traumatológico anexado aos autos.

O Ministério Público imputou ao acusado a prática do crime de lesão corporal por razões da condição do sexo feminino, no âmbito de violência doméstica, conforme previsto no art. 129, §13, do Código Penal.

Fundamentos Legais

O crime em análise está previsto no art. 129, §13, do Código Penal, e está relacionado ao combate à violência doméstica e familiar contra a mulher, em consonância com os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da Constituição Federal) e da igualdade de gênero (art. 5º, I, da Constituição Federal).

Além disso, a Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) tem como objetivo assegurar a proteção das mulheres em situação de violência doméstica, presumindo sua vulnerabilidade nesse contexto. Contudo, para a caracterização do crime, é indispensável a comprovação da autoria, da materialidade e do dolo específico do agente em praticar a violência por razões da condição do sexo feminino.

A defesa argumenta que, embora as lesões tenham sido confirmadas, não há provas suficientes que demonstrem que a conduta do acusado tenha sido motivada por razões de gênero, como exige o tipo penal.

Elementos Probatórios

Nos crimes de violência doméstica, a palavra da vítima é considerada uma prova de grande relevância, conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Entretanto, essa prova deve ser corroborada por outros elementos dos autos, respeitando os princípios do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da Constituição Federal).

Jurisprudências recentes do STJ destacam que a condenação deve estar embasada em um conjunto de provas que demonstrem a autoria e a materialidade do crime, sendo insuficiente fundamentar uma decisão exclusivamente no depoimento da vítima, caso não existam outros elementos que o corroborem.

Pedidos

A defesa de Rodrigo Reinaldo da Silva pleiteia:

  1. A absolvição do acusado, com fundamento no art. 386, VII, do Código de Processo Penal, por ausência de provas suficientes para a condenação;
  2. Subsidiariamente, caso haja condenação, que seja aplicada a pena mínima prevista no art. 129, §13, do Código Penal, em razão da primariedade do réu e da ausência de circunstâncias agravantes;
  3. A garantia do direito de recorrer em liberdade, conforme o art. 387, §1º, do Código de Processo Penal.

Conclusão

Diante dos argumentos apresentados, espera-se que o juízo competente acolha as alegações da defesa, promovendo uma decisão justa e fundamentada no caso em tela.


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