Modelo de Alegações Finais em Processo Criminal com Pedido de Liberdade Provisória ou Substituição da Prisão Preventiva por Medidas Cautelares
Publicado em: 08/07/2024 Direito PenalALEGAÇÕES FINAIS
PROCESSO Nº [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA [INSERIR VARA COMPETENTE]
Réu: [NOME DO RÉU]
Vítima: [NOME DA VÍTIMA]
PREÂMBULO
O réu, [NOME DO RÉU], já devidamente qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, nos termos do artigo 403, §3º, do Código de Processo Penal (CPP), pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O réu foi denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de tentativa de homicídio contra sua companheira, [NOME DA VÍTIMA]. Consta nos autos que, após o ocorrido, o réu demonstrou arrependimento imediato, tendo tentado socorrer a vítima. Contudo, temendo represálias de populares, deixou o local.
Posteriormente, o réu apresentou-se espontaneamente à autoridade policial, prestando depoimento e colaborando com as investigações. Apesar disso, a autoridade policial representou pela decretação de sua prisão preventiva, a qual foi acolhida por este juízo. O réu não ofereceu qualquer resistência no momento de sua prisão.
Importante destacar que a vítima, em declaração constante nos autos, afirmou que a eventual liberdade do réu não lhe traria qualquer problema, manifestando, inclusive, o desejo de reatar o relacionamento para que possam cuidar juntos do filho em comum.
O réu é primário, possui bons antecedentes, residência fixa e trabalho lícito, conforme comprovado nos autos.
DO DIREITO
Inicialmente, é importante destacar que o réu demonstrou arrependimento imediato após o fato, tendo tentado socorrer a vítima. Tal conduta evidencia a ausência de periculosidade exacerbada e reforça a possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, nos termos do artigo 319 do Código de Processo Penal (CPP).
Ademais, a prisão preventiva deve ser medida excepcional, conforme preconiza o artigo 282, §6º, do CPP, sendo cabível apenas quando outras medidas cautelares se mostrarem insuficientes para garantir a ordem pública, a instrução criminal ou a aplicação da lei penal. No presente caso, não há elementos que justifiquem a manutenção da prisão preventiva, especialmente considerando que:
- O réu é primário e possui bons antecedentes;
- Possui residência fixa e trabalho lícito;
- Apresentou-se espontaneamente à autoridade policial e colaborou com as investigações;
- A vítima declarou expressamente que a liberdade do réu não lhe causará qualquer problema.
Portanto, a manutenção da prisão preventiva do réu configura afronta ao princípio da presunção de inocência, previsto no artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal de 1988 (CF/88), e ao princípio da proporcionalidade."'>...