Modelo de Alegações Finais por Memoriais em Caso de Descumprimento de Medida Protetiva: Defesa com Base na Ausência de Dolo Específico e Inconsistências Probatórias
Publicado em: 17/12/2024 Consumidor Advogado Direito Penal Processo PenalALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
PREÂMBULO
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de ___.
Processo nº ___
Nome do acusado: C. E. da S.
Por meio de seu advogado constituído, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS, nos termos do CPP, art. 403, §3º, em face da imputação do crime previsto no art. 24-A da Lei nº 11.340/06, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DOS FATOS
O acusado, C. E. da S., foi denunciado e posteriormente condenado pela prática do crime de descumprimento de medida protetiva de urgência, previsto no art. 24-A da Lei nº 11.340/06. Segundo a denúncia, o réu teria, de forma consciente e voluntária, desrespeitado a ordem judicial que determinava o seu afastamento da vítima, M. F. de S. L., sua ex-companheira.
Conforme consta nos autos, a medida protetiva foi deferida em razão de episódios de violência doméstica praticados pelo réu contra a vítima. No entanto, a defesa sustenta que não houve dolo específico por parte do acusado, além de existirem inconsistências nas provas apresentadas pela acusação.
DO DIREITO
Inicialmente, cumpre destacar que o crime previsto no art. 24-A da Lei nº 11.340/06 exige, para sua configuração, a presença do dolo específico, ou seja, a vontade consciente de descumprir a medida protetiva de urgência. No caso em tela, não restou demonstrado que o acusado agiu com tal intenção.
Ademais, a jurisprudência é pacífica ao reconhecer que, em crimes praticados no âmbito de violência doméstica, a palavra da vítima possui especial relevância probatória, desde que seja coerente e corroborada por outros elementos de convicção. No presente caso, contudo, as declarações da vítima apresentam contradições e não foram suficientemente corroboradas por outras provas, o que gera dúvida razoável quanto à autoria e materialidade do delito.
Conforme o princípio do in dubio pro reo, consagrado no CPP, art. 386, VII, na ausência de provas robustas e inequívocas, deve-se optar pela absolvição do acusado.
Além disso, é importante ressaltar que a medida protetiva teria sido descumprida em razão d"'>...
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