Modelo de Apelação Criminal: Pedido de Reforma de Sentença Condenatória por Ausência de Provas Robustas e Violação ao Princípio da Presunção de Inocência

Publicado em: 16/08/2024 Direito Penal Processo Penal
Recurso de apelação criminal interposto por réu condenado pelo crime de roubo (CP, art. 157), fundamentado na ausência de provas robustas que embasem a sentença condenatória. O documento destaca a violação ao princípio constitucional da presunção de inocência (CF/88, art. 5º, LVII) e ao in dubio pro reo, requerendo a reforma da decisão judicial. Além disso, aponta a insuficiência de elementos probatórios e a necessidade de absolvição do apelante, ou, subsidiariamente, a realização de novas diligências para apuração dos fatos. Inclui jurisprudências relevantes e solicita o encaminhamento do recurso ao Tribunal de Justiça competente.

APELAÇÃO CRIMINAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

Apelante: [NOME COMPLETO DO APELANTE, QUALIFICAÇÃO COMPLETA, CPF, ENDEREÇO ELETRÔNICO]

Apelado: Ministério Público

[NOME DO ADVOGADO], advogado regularmente inscrito na OAB sob o nº [NÚMERO], com escritório profissional situado à [ENDEREÇO COMPLETO], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPP, art. 593, I, interpor a presente:

APELAÇÃO CRIMINAL

Em face da sentença condenatória proferida nos autos do processo em epígrafe, requerendo que, após cumpridas as formalidades legais, seja o presente recurso remetido ao Egrégio Tribunal de Justiça do [ESTADO], para apreciação.

PREÂMBULO

O apelante foi condenado pela prática do crime de roubo, previsto no CP, art. 157, com base em indícios e sem a existência de provas robustas que comprovem sua participação no delito. A decisão condenatória se mostra injusta e desprovida de fundamentação suficiente, razão pela qual se busca a reforma da sentença.

DOS FATOS

O apelante foi preso temporariamente sob a suspeita de envolvimento em um crime de roubo ocorrido em [DATA]. No entanto, não foi preso em flagrante, tampouco foi reconhecido pelas vítimas como participante do delito. Durante o inquérito policial, concluiu-se que havia apenas "fortes indícios" de sua participação, sem qualquer certeza ou prova robusta que pudesse embasar a acusação.

Apesar disso, o apelante foi denunciado e, ao final da instrução processual, condenado com base em elementos frágeis e insuficientes, em total afronta ao princípio da presunção de inocência, previsto no CF/88, art. 5º, LVII.

DO DIREITO

A sentença condenatória deve ser reformada, pois não há nos autos provas suficientes para sustentar a condenação do apelante. O princípio da presunção de inocência, consagrado no CF/88, art. 5º, LVII, estabelece que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Para que ocorra uma condenação, é imprescindível a existência de provas robustas e inequívocas da autoria e materialidade do delito, o que não se verifica no presente caso.

O relatório final do inquérito policial concluiu que havia "fortes indícios" de participação do apelante, mas não a certeza necessária para uma condenação. A jurisprudência é pacífica "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de recurso de apelação interposto pela defesa do réu contra a sentença condenatória proferida pelo Juízo da ___ª Vara Criminal da Comarca de [CIDADE/ESTADO], que condenou o apelante pela prática do crime de roubo, previsto no art. 157 do Código Penal. Alega-se, em síntese, a ausência de provas robustas que fundamentem a condenação, bem como a violação do princípio da presunção de inocência, previsto no art. 5º, LVII, da Constituição Federal de 1988.

Voto

De início, cumpre salientar que o julgamento do presente recurso deve observar, como princípio basilar, o disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que determina que todas as decisões judiciais sejam fundamentadas, sob pena de nulidade.

Análise Hermenêutica dos Fatos e do Direito

A condenação criminal exige prova cabal e inequívoca da autoria e materialidade do delito, conforme o princípio da presunção de inocência, consagrado no art. 5º, LVII, da Constituição Federal. No caso em tela, verifica-se que a sentença condenatória foi fundamentada em "fortes indícios" de participação do apelante no crime de roubo, sem que houvesse nos autos qualquer prova direta ou testemunhal que confirmasse sua autoria.

Ademais, o relatório do inquérito policial concluiu que as provas apresentadas não eram suficientes para imputar a prática delitiva ao apelante com segurança. As vítimas do crime não reconheceram o apelante como autor do delito, fato que reforça a insuficiência probatória. A jurisprudência pátria é uníssona em afirmar que a condenação criminal não pode se basear em meros indícios, sob pena de afronta ao princípio do in dubio pro reo.

Fundamentos Constitucionais e Legais

O art. 386, VII, do Código de Processo Penal estabelece que o réu deve ser absolvido quando não houver provas suficientes para a condenação. No presente caso, a ausência de elementos probatórios robustos corrobora a necessidade de absolvição do apelante. A manutenção da condenação, diante da fragilidade das provas, implicaria em evidente afronta aos princípios constitucionais do devido processo legal (art. 5º, LIV, CF/88) e da presunção de inocência (art. 5º, LVII, CF/88).

Jurisprudência

A jurisprudência dos Tribunais Superiores reforça o entendimento de que a condenação penal exige prova inconteste da autoria e materialidade do delito:

  • STF - HC Acórdão/STF: "O princípio da presunção de inocência impede a condenação baseada exclusivamente em indícios."
  • STJ - RHC Acórdão/STJ: "A insuficiência de provas, aliada à dúvida razoável, impõe a absolvição do réu."

No caso em apreço, não há elementos que demonstrem, de forma inequívoca, a participação do apelante no crime de roubo, sendo imperiosa a aplicação do princípio do in dubio pro reo.

Conclusão

Diante do exposto, conheço do recurso interposto, uma vez preenchidos os requisitos de admissibilidade, e voto no sentido de dar provimento à apelação para reformar a sentença condenatória e absolver o apelante, com fundamento no art. 386, VII, do Código de Processo Penal, em razão da ausência de provas suficientes para a condenação.

É como voto.

Decisão

Por unanimidade, a Turma decide dar provimento ao recurso de apelação, reformando a sentença condenatória para absolver o apelante, com fundamento no art. 386, VII, do Código de Processo Penal, nos termos do voto do relator.


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