Modelo de Apresentação de Alegações Finais em Processo Criminal Relativo ao Crime de Estupro de Vulnerável com Pedido de Absolvição por Insuficiência de Provas

Publicado em: 19/02/2024 Direito Penal
Este documento trata da apresentação de alegações finais pelo réu C. E. da S., acusado do crime de estupro de vulnerável, conforme o artigo 217-A do Código Penal. A defesa argumenta a inexistência de provas robustas para a condenação, com base em contradições nos depoimentos e ausência de laudo pericial conclusivo, solicitando a aplicação do princípio do in dubio pro reo. O texto inclui fundamentação jurídica, análise de jurisprudências relevantes e pedidos de absolvição ou, subsidiariamente, aplicação da pena mínima prevista, além de eventual concessão de benefícios legais.

ALEGAÇÕES FINAIS

PREÂMBULO

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de ___.

Processo nº: ___

O réu, C. E. da S., já qualificado nos autos, por meio de seu advogado constituído, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, nos termos do CPP, art. 403, §3º, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

DOS FATOS

O réu foi denunciado pela prática do crime de estupro de vulnerável, tipificado no CP, art. 217-A, sob a acusação de ter mantido atos libidinosos com a vítima, M. F. dos S., menor de 14 anos. A denúncia baseia-se em depoimentos e laudos periciais apresentados ao longo da instrução processual.

Durante a instrução, foram colhidos depoimentos da vítima, testemunhas e do próprio réu, além de provas documentais e periciais. Contudo, a defesa sustenta que o conjunto probatório apresentado é insuficiente para embasar uma condenação, devendo prevalecer o princípio do in dubio pro reo.

DO DIREITO

O CP, art. 217-A, tipifica o crime de estupro de vulnerável como "ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos". Para a configuração do delito, é imprescindível a comprovação inequívoca da materialidade e da autoria.

No presente caso, a defesa destaca que:

  • Os depoimentos da vítima apresentam contradições e não foram corroborados por outras provas robustas.
  • Não há registro de laudo pericial que comprove a prática de atos libidinosos.
  • O réu negou veementemente a prática do delito, e sua negativa não foi desmentida pelas provas colhidas.

Ademais, o CPP, art. 563, estabelece que "nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa". No caso em tela, a ausência de provas suficientes gera dúvida razoável, devendo ser aplicada a absolvição com base no princípio do ...

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Preâmbulo

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de ___.

Processo nº: ___

Voto do Magistrado

Em atenção ao princípio constitucional da fundamentação das decisões judiciais, previsto no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, passo a analisar os fatos, os fundamentos constitucionais e legais apresentados, de forma a proferir decisão fundamentada.

Dos Fatos

Nos autos do processo, o réu, C. E. da S., foi denunciado pela prática do crime de estupro de vulnerável, tipificado no art. 217-A do Código Penal, sob a acusação de ter mantido atos libidinosos com a vítima, M. F. dos S., menor de 14 anos. A denúncia foi embasada em depoimentos e laudos apresentados ao longo da instrução processual.

Contudo, a defesa alega que as provas apresentadas são insuficientes para sustentar a condenação, invocando o princípio do in dubio pro reo.

Do Direito

O art. 217-A do Código Penal prevê que o crime de estupro de vulnerável se configura quando há conjunção carnal ou prática de outro ato libidinoso com menor de 14 anos. Para a condenação, exige-se a demonstração inequívoca da autoria e da materialidade.

No caso em tela, os depoimentos da vítima, embora relevantes, apresentam contradições e não foram corroborados por provas materiais robustas. Além disso, a defesa destacou a ausência de laudo pericial que comprove a prática dos atos libidinosos.

Em conformidade com o art. 5º, LV, da Constituição Federal, que assegura o devido processo legal e o contraditório, e com o art. 386, VII, do Código de Processo Penal, a insuficiência de provas constitui fundamento para a absolvição.

Jurisprudências

A jurisprudência pátria reforça a necessidade de provas robustas em casos de crimes sexuais:

  • TJSP (16ª Câmara de Direito Criminal) - Apelação Criminal Acórdão/TJSP: "Quadro probatório frágil e insuficiente para embasar a condenação do recorrente no tocante aos atos libidinosos supostamente praticados em face da vítima."
  • STJ (6ª T.) - RECURSO ESPECIAL 1.978.078 - SP: "A declaração da vítima é crucial para a condenação, quando corroborada pelo conjunto probatório. A ausência de provas complementares impede a condenação."
  • TJSP (14ª Câmara de Direito Criminal) - Apelação Criminal Acórdão/TJSP: "A palavra da vítima deve ser corroborada por provas materiais para fundamentar a condenação."

Conclusão

Assim sendo, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, e nos arts. 386, VII, e 563 do Código de Processo Penal, voto pela improcedência da denúncia, absolvendo o réu C. E. da S. da acusação de estupro de vulnerável, em razão da ausência de provas suficientes para a condenação.

Dispositivo

Diante do exposto, julgo procedente o pedido formulado pela defesa e:

  1. Absolvo o réu C. E. da S. da prática do crime de estupro de vulnerável, com fundamento no art. 386, VII, do Código de Processo Penal.
  2. Determino o arquivamento do processo, resguardando o direito de recurso às partes, nos termos da legislação vigente.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Local e data.

_____________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito


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