Modelo de Apresentação de Tréplica Reclamados em Ação Trabalhista para Impugnação de Vínculo Empregatício e Ilegitimidade Passiva do Espólio

Publicado em: 28/04/2024 Trabalhista
Documento jurídico elaborado pelos Reclamados no âmbito de uma ação trabalhista, apresentando tréplica em resposta à réplica da Reclamante. A peça argumenta a inexistência de vínculo empregatício, com base nos requisitos previstos nos artigos 3º e 5º da CLT, e na ilegitimidade passiva do primeiro Reclamado e do Espólio de L. A. Fundamenta-se no Código Civil e em jurisprudências do TRT e TST, requerendo a improcedência da ação, extinção sem julgamento de mérito e condenação da Reclamante ao pagamento de honorários.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE TRÊS RIOS – TRT1

Processo nº 0100854-73.2023.5.01.0541

TRÉPLICA

Reclamados: P. R. de O. e Espólio de L. A.

Reclamante: M. F. da S.

PREÂMBULO

Os Reclamados, P. R. de O. e Espólio de L. A., devidamente qualificados nos autos, vêm respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, apresentar TRÉPLICA, em face da réplica apresentada pela Reclamante, nos termos do artigo 437 do CPC/2015, impugnando os argumentos trazidos e reiterando as razões da contestação, pelos fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

A Reclamante, em sua réplica, insiste em alegar a existência de vínculo empregatício com os Reclamados, baseando-se em meras suposições e documentos que não comprovam a prestação de serviços. Alega, ainda, que os créditos em sua conta seriam salários, o que não encontra respaldo nos elementos probatórios constantes nos autos.

Os Reclamados reiteram que a Reclamante utilizava a residência da segunda Reclamada, L. A., como local de pernoite, sem qualquer subordinação, continuidade ou hierarquia, características indispensáveis para configuração de vínculo empregatício, conforme disposto nos artigos 3º e 5º da CLT.

DO DIREITO

1. DA AUSÊNCIA DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO

Conforme disposto nos artigos 3º e 5º da CLT, para a configuração de vínculo empregatício, é indispensável a presença dos requisitos de subordinação, pessoalidade, onerosidade e habitualidade. No presente caso, tais elementos não estão presentes, sendo a relação entre as partes meramente de auxílio humanitário.

Os créditos realizados na conta da Reclamante não possuem natureza salarial, conforme previsto na CLT, art. 464, mas sim, tratam-se de transferências realizadas pela segunda Reclamada, L. A., com o objetivo de auxiliar a Reclamante e sua família durante a pandemia de COVID-19.

2. DA ILEGITIMIDADE DO PRIMEIRO RECLAMADO

O primeiro Reclamado, P. R. de O., não residia no local onde a Reclamante alega ter prestado serviços, sendo, portanto, ilegítimo para figurar no polo passivo da presente demanda. Ademais, não há qualquer prova de que ele tenha determinado ou fiscalizado os supostos serviços, conforme alegado pela Reclamante.

3. DA INEXISTÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DO ESPÓLIO

O Espólio de"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Processo nº Acórdão/TJSP

Reclamante: M. F. da S.

Reclamados: P. R. de O. e Espólio de L. A.

Voto do Magistrado

Nos termos do artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que estabelece que "todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões", passo a proferir meu voto, analisando os fatos e fundamentos legais apresentados nos autos.

Análise Hermenêutica dos Fatos e do Direito

1. Do Fato Alegado pela Reclamante

A Reclamante pleiteia o reconhecimento de vínculo empregatício com os Reclamados, alegando a existência de subordinação, pessoalidade, onerosidade e habitualidade, elementos indispensáveis para a configuração da relação de emprego, conforme disposto nos artigos 3º e 5º da CLT. Alega, ainda, que os créditos realizados em sua conta bancária possuem natureza salarial.

2. Da Defesa dos Reclamados

Os Reclamados, por sua vez, sustentam a inexistência de vínculo empregatício, aduzindo que a Reclamante utilizava a residência da segunda Reclamada como local de pernoite, sem qualquer relação de subordinação ou prestação de serviços. Ademais, afirmam que os valores transferidos à Reclamante configuravam mera ajuda humanitária, especialmente durante o período da pandemia de COVID-19.

3. Dos Elementos Probatórios

Ao analisar os autos, verifica-se que os documentos apresentados pela Reclamante não comprovam a existência de vínculo empregatício nos moldes exigidos pela legislação trabalhista. Não há evidências de subordinação, habitualidade ou qualquer outro elemento essencial para a configuração da relação de emprego. A ausência de tais provas torna inviável o acolhimento do pedido da Reclamante.

4. Da Ilegitimidade do Primeiro Reclamado

Quanto à alegação de ilegitimidade do primeiro Reclamado, P. R. de O., restou comprovado nos autos que este não residia no local onde a Reclamante alega ter prestado serviços e tampouco tinha qualquer relação direta com as atividades supostamente desempenhadas pela Reclamante. Assim, acolho a preliminar de ilegitimidade passiva em relação ao primeiro Reclamado.

5. Da Responsabilidade do Espólio

Em relação ao Espólio de L. A., verifica-se que a Reclamada L. A. faleceu antes do ajuizamento da presente ação, não sendo possível imputar ao Espólio qualquer responsabilidade por supostas dívidas trabalhistas. Ademais, conforme o artigo 1997 do Código Civil, os herdeiros respondem pelas dívidas do falecido apenas até o limite da herança recebida, o que não é o caso dos autos.

Conclusão

Diante do exposto, considerando a ausência de provas suficientes para o reconhecimento do vínculo empregatício, bem como a ilegitimidade passiva do primeiro Reclamado e a inexistência de responsabilidade do Espólio, voto no sentido de:

  1. Reconhecer a ilegitimidade passiva do primeiro Reclamado, P. R. de O., extinguindo o processo sem resolução de mérito em relação a este;
  2. Julgar improcedente o pedido de reconhecimento de vínculo empregatício entre a Reclamante e os Reclamados;
  3. Condenar a Reclamante ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios sucumbenciais, nos termos do artigo 85 do CPC/2015, no percentual de 10% sobre o valor atualizado da causa;
  4. Determinar o arquivamento dos autos após o trânsito em julgado.

Termos Finais

Assim, com fundamento nos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, e nos termos do artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto pela improcedência da presente demanda, conforme os fundamentos acima delineados.

Três Rios, 18 de abril de 2024.

Excelentíssimo Magistrado


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