Modelo de Contestação à Ação de Prestação de Contas com Pedido de Remoção de Inventariante por Irregularidades na Administração do Espólio

Publicado em: 27/11/2024 CivelProcesso Civil Familia Sucessão
Contestação apresentada pelos herdeiros do espólio de J. L. de A. em face da ação de prestação de contas movida pelo inventariante, L. F. da S., no âmbito do processo nº 0703772-46.2023.8.07.0003, tramitando na Primeira Vara de Família, Órfãos e Sucessões de Ceilândia-DF. O documento destaca irregularidades na administração do espólio, como despesas pessoais e manutenção de veículo de uso exclusivo da viúva, violando os princípios da boa-fé, igualdade e transparência. Requer-se a rejeição das contas apresentadas, abertura de fase instrutória, remoção do inventariante e condenação ao pagamento de custas e honorários advocatícios. Fundamentos jurídicos incluem o CPC/2015 (arts. 618 e 622), o Código Civil (art. 422) e a Constituição Federal (art. 5º).

Contestação

Processo nº 0703772-46.2023.8.07.0003

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Primeira Vara de Família, Órfãos e Sucessões de Ceilândia-DF

Requerente: L. F. da S.

Requerido: Herdeiros do Espólio de J. L. de A.

PREÂMBULO

Os herdeiros do espólio de J. L. de A., devidamente qualificados nos autos, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seus procuradores, apresentar CONTESTAÇÃO à ação de prestação de contas ajuizada por L. F. da S., inventariante, nos termos do CPC/2015, art. 319, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

O inventariante, L. F. da S., apresentou ação de prestação de contas referente à administração do espólio de J. L. de A., falecido em 17/11/2022, alegando ter gerido receitas e despesas do espólio, incluindo tributos, custas processuais e manutenção de bens, além de ter depositado judicialmente a renda proveniente da locação de imóveis.

Contudo, os herdeiros identificaram irregularidades nas contas apresentadas, incluindo despesas pessoais do inventariante e de alguns herdeiros em detrimento de outros, bem como despesas de manutenção de veículo que está sob posse exclusiva da viúva, o que viola os princípios da igualdade e da transparência na administração do espólio.

DO DIREITO

O dever de prestação de contas do inventariante está previsto no CPC/2015, art. 618, VII, e art. 622, V, sendo este responsável por administrar o espólio com zelo e transparência, conforme os princípios da boa-fé (CCB/2002, art. 422) e da igualdade entre os herdeiros (CF/88, art. 5º, caput).

Ademais, o inventariante deve prestar contas de forma clara e detalhada, demonstrando a origem e a destinação de todos os recursos do espólio, sob pena de remoção do cargo (CPC/2015, art. 622, parágrafo único).

No presente caso, as contas apresentadas pelo inventariante incluem despesas pessoais e de manutenção de veículo em posse exclusiva da viúva, o que configura desvio de finalidade e afronta ao princípio da igualdade entre os herdeiros. Tais condutas são inadmissíveis e devem ser corrigidas por este Juízo.

DO PRINCÍPIO DA BOA-FÉ E DA IGUALDADE ENTRE OS HERDEIROS

O princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422) exige que o inventariante atue de forma ética e transparente na administração do espólio, evitando beneficiar-se ou favorecer determinados herdeiros em detrimento de outros. A"'>...

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Informações complementares

Resumo da Contestação no Processo nº Acórdão/TJSP

Dos Fatos

O caso envolve uma contestação apresentada pelos herdeiros do espólio de J. L. de A., falecido em 17/11/2022, em face da ação de prestação de contas ajuizada pelo inventariante L. F. da S. O inventariante alega ter realizado a administração do espólio, incluindo o pagamento de tributos, custas processuais, manutenção de bens e o depósito judicial de receitas provenientes da locação de imóveis.

No entanto, os herdeiros apontam irregularidades nas contas apresentadas, especialmente a utilização de recursos do espólio para despesas pessoais do inventariante e de alguns herdeiros, além de despesas de manutenção de veículo sob posse exclusiva da viúva. Tais condutas violariam os princípios de igualdade e transparência que devem nortear a administração do espólio.

Do Direito

O dever de prestação de contas do inventariante está previsto no Código de Processo Civil de 2015 (CPC/2015), nos artigos 618, VII, e 622, V, que determinam que o inventariante administre o espólio com zelo e transparência. Além disso, o Código Civil de 2002 (CCB/2002, art. 422) estabelece o princípio da boa-fé, enquanto a Constituição Federal de 1988 (CF/88, art. 5º, caput) assegura o princípio da igualdade entre os herdeiros.

A inclusão de despesas pessoais e de manutenção de bens de uso exclusivo da viúva configura desvio de finalidade, em afronta aos princípios mencionados. O art. 622, parágrafo único, do CPC/2015, prevê a possibilidade de remoção do inventariante que não cumpre suas obrigações ou apresenta contas irregulares.

Fundamentos Jurídicos

A jurisprudência reforça o dever de transparência e boa-fé na administração do espólio. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconhece que o inventariante deve prestar contas sem necessidade de ação autônoma (REsp Acórdão/STJ). Já o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) tem decisões que destacam a apuração de irregularidades na administração de espólios (Apelação Cível Acórdão/TJSP e Apelação Cível Acórdão/TJSP).

Dos Pedidos

Os herdeiros requerem ao Juízo:

  1. A rejeição das contas apresentadas pelo inventariante, devido às irregularidades apontadas;
  2. A abertura de fase instrutória para apuração detalhada das contas e irregularidades;
  3. A remoção do inventariante, com base no art. 622, parágrafo único, do CPC/2015;
  4. A condenação do inventariante ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, conforme o art. 85 do CPC/2015.

Considerações Finais

A narrativa apresentada demonstra a importância da transparência e do zelo na administração do espólio. O inventariante deve garantir a igualdade de tratamento entre os herdeiros, sob pena de remoção do cargo e de responsabilização jurídica.


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