Modelo de Requerimento de Prestação de Contas e Providências em Processo de Inventário com Pedido de Remoção de Inventariante por Irregularidades

Publicado em: 25/09/2024 CivelProcesso Civil Sucessão
Petição inicial apresentada por herdeiro no âmbito de um processo de inventário, pleiteando prestação de contas e providências contra o inventariante. Fundamenta-se nos artigos 619 e 622 do CPC/2015, alegando irregularidades na administração do espólio, especialmente a venda de bem imóvel sem autorização judicial e a ausência de depósito do valor em conta judicial vinculada. São requeridas medidas como prestação de contas detalhadas, depósito do valor obtido com a venda, remoção do inventariante e condenação ao pagamento de custas e honorários, com produção de provas e designação de audiência de conciliação.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE [LOCALIDADE]

Processo nº [número do processo]

REQUERIMENTO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E PROVIDÊNCIAS

Requerente: [Nome completo do herdeiro, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência]

Requerido: [Nome completo do inventariante, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência]

PREÂMBULO

O Requerente, na qualidade de herdeiro do espólio de [nome do falecido], por meio de seu advogado devidamente constituído (procuração anexa), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos arts. 619 e 622 do CPC/2015, requerer a prestação de contas e providências em face do Inventariante, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

O presente inventário foi instaurado para partilhar os bens deixados pelo falecido [nome do falecido], sendo o Requerido nomeado inventariante. Durante o curso do processo, constatou-se que o Inventariante vendeu o bem imóvel pertencente ao espólio, sem a devida autorização judicial, conforme exige o CPC/2015, art. 619.

Embora o Requerente tenha manifestado concordância com a venda, condicionou-a ao depósito do valor obtido com a alienação em conta judicial vinculada ao processo, o que não foi cumprido pelo Inventariante. Passado quase um ano, o valor da venda ainda não foi depositado, configurando grave irregularidade na administração do espólio e violação do dever de prestar contas, conforme disposto no CPC/2015, art. 622.

DO DIREITO

Nos termos do CPC/2015, art. 619, o inventariante é responsável pela administração do espólio, devendo zelar pela preservação do patrimônio até a partilha. A venda de bens do espólio sem autorização judicial constitui ato irregular, que pode ensejar a remoção do inventariante, conforme o CPC/2015, art. 622.

Além disso, o inventariante tem o dever de prestar contas de sua administração, sendo inadmissível a retenção do valor obtido com a venda do bem imóvel, sem justificativa plausível. A ausência de depósito do montante em conta judicial prejudica os herdeiros e compromete a transparência do processo de inventário.

O direito do Requerente de exigir contas está amparado pelo princípio da boa-fé e pela necessidade de garantir a correta destinação dos bens do espólio. A jurisprudência é pacífica ao reconhecer a obrigação do inventariante de prestar contas, seja de forma incidental no inventário, seja por meio de ação autônoma.

JURISPRUDÊNCIAS

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação de prestação de contas proposta por [Nome do Requerente], herdeiro do espólio de [Nome do Falecido], em face de [Nome do Requerido], inventariante do espólio. O Requerente alega que o Inventariante alienou bem imóvel pertencente ao espólio sem autorização judicial e não depositou o valor da venda em conta vinculada ao processo, contrariando os arts. 619 e 622 do CPC/2015.

Fundamentação

Dos Fatos

Conforme narrado nos autos, o Inventariante vendeu um bem imóvel do espólio sem autorização judicial, conduta que, à luz do Código de Processo Civil de 2015, art. 619, é vedada. Além disso, o montante obtido com a alienação não foi depositado em conta judicial, violando o dever de prestar contas previsto no art. 622 do mesmo diploma legal.

Do Direito

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 93, IX, estabelece que todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas. Nesse sentido, o CPC/2015 reforça o dever do inventariante de zelar pela administração do espólio, garantindo a transparência e a preservação dos bens até a partilha.

A conduta do Inventariante demonstra flagrante desrespeito às normas processuais, sendo cabível sua remoção, nos termos do art. 622 do CPC/2015. Ademais, a ausência de prestação de contas e o descumprimento de ordens judiciais configuram má administração do espólio, prejudicando os herdeiros e comprometendo a boa-fé que deve reger o processo.

Jurisprudências

A jurisprudência é pacífica ao reconhecer a obrigatoriedade de o inventariante prestar contas e observar a autorização judicial para a alienação de bens do espólio. Cito os seguintes precedentes:

1. APELAÇÃO. INVENTÁRIO. ANULAÇÃO DE SENTENÇA. TJSP, Apelação Acórdão/TJSP, Rel. Des. Carlos Alberto de Salles, j. 14/12/2024.

2. INVENTÁRIO. AÇÃO AUTÔNOMA DE EXIGIR CONTAS. TJSP (1ª Câmara de Direito Privado), Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Alexandre Marcondes, j. 15/10/2024.

Voto

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX da Constituição Federal, bem como nos arts. 619 e 622 do CPC/2015, voto para que:

  1. Seja acolhido o pedido de intimação do Inventariante para prestar contas detalhadas no prazo de 15 (quinze) dias, indicando o valor obtido com a alienação do bem imóvel e o destino dado ao montante;
  2. Seja determinado o depósito imediato do valor obtido com a venda em conta judicial vinculada ao processo;
  3. Seja decretada a remoção do Inventariante, caso reste comprovada a má administração do espólio;
  4. Sejam fixadas custas e honorários advocatícios em desfavor do Inventariante, caso se configure resistência injustificada;
  5. Seja viabilizada a produção de todas as provas admitidas em direito, caso necessário, incluindo a designação de audiência de conciliação.

Por fim, encaminhem-se os autos para cumprimento das providências cabíveis.

Conclusão

Diante do exposto, voto pela procedência do pedido formulado pelo Requerente, nos termos acima expostos.

É como voto.

[Nome do Magistrado]

Juiz de Direito


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