Modelo de Contestação à Ação de Reconhecimento de União Estável Post Mortem com Fundamentação em Direito Civil e Jurisprudência

Publicado em: 26/09/2024 CivelConstitucional Familia Sucessão
Contestação apresentada pela parte requerida contra uma ação de reconhecimento de união estável post mortem. O documento argumenta que a relação entre o autor e o de cujus não preenche os requisitos do artigo 1.723 do Código Civil, sendo caracterizada como namoro prolongado e não como união estável. Fundamenta-se em dispositivos legais do CPC/2015 e do CC, além de jurisprudências do STJ e de Tribunais Estaduais que corroboram a inexistência de união estável em casos semelhantes. Incluem-se pedidos de improcedência da ação, condenação em custas processuais e honorários advocatícios, e solicitação de produção de provas.

CONTESTAÇÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___

Processo nº: [inserir número do processo]

Requerente: [Nome da parte autora]

Requerido: [Nome da parte ré]

[Nome do Requerido], já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO à ação movida por [Nome do Requerente], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

PREÂMBULO

Nos termos do CPC/2015, art. 335, III, a presente contestação é tempestiva, considerando que o prazo para sua apresentação foi devidamente observado, conforme a contagem processual prevista no CPC/2015, art. 224 e CPC/2015, art. 231.

DOS FATOS

A parte autora alega que manteve um relacionamento de natureza estável com o de cujus por mais de 20 anos, pleiteando o reconhecimento de união estável post mortem. Contudo, a narrativa apresentada não corresponde à realidade dos fatos, uma vez que o relacionamento entre o autor e o de cujus não possuía as características essenciais para a configuração de uma união estável.

O relacionamento entre as partes era, na verdade, um namoro prolongado, sem convivência pública, contínua e com o objetivo de constituição de família, conforme exige o CC, art. 1.723. Não houve coabitação, compartilhamento de responsabilidades financeiras ou demonstração de intenção mútua de constituir família, elementos essenciais para a configuração de uma união estável.

DO DIREITO

Conforme disposto no CC, art. 1.723, a união estável é caracterizada pela convivência pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituição de família. No caso em tela, não há elementos que comprovem a existência de tais requisitos.

O simples fato de as partes terem mantido um relacionamento por longo período não é suficiente para configurar união estável. A jurisprudência é clara ao exigir a comprovação de elementos objetivos e subjetivos que demonstrem a intenção de constituir família, o que não se verifica no presente caso.

Ademais, a ausência de coabitação e de compartilhamento de responsabilidades financeiras reforça a inexistência de união estável. A relação entre as partes se limitava a um namoro,"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação judicial em que o requerente pleiteia o reconhecimento de união estável post mortem, alegando ter mantido relacionamento com o falecido por mais de 20 anos. A parte requerida, em contestação, defende que tal relação não corresponde à figura jurídica de união estável, mas sim a um namoro prolongado, sem os elementos caracterizadores exigidos pelo Código Civil (art. 1.723).

O processo está devidamente instruído, e os autos encontram-se em ordem para julgamento.

Fundamentação

Análise Hermenêutica

A presente controvérsia exige a análise dos fatos narrados pelas partes à luz da legislação vigente e da interpretação constitucional. A Constituição Federal de 1988, em seu art. 226, §3º, reconhece a união estável como entidade familiar, ressaltando a importância de sua caracterização como uma convivência pública, contínua e duradoura, com objetivo de constituição de família.

O Código Civil, no art. 1.723, especifica os requisitos necessários para a configuração da união estável, sendo indispensável a comprovação de convivência pública, contínua e duradoura, além do objetivo de formar uma família. A ausência de tais requisitos descaracteriza a união estável, impedindo seu reconhecimento jurídico.

Dos Fatos Provados

Os elementos constantes dos autos indicam que, embora as partes tenham mantido um relacionamento por longo período, não se verifica a existência de convivência pública, nem a intenção mútua de constituir família. A relação aparenta configurar um namoro prolongado, sem coabitação ou compartilhamento de responsabilidades financeiras, o que afasta a caracterização da união estável.

Jurisprudência Aplicável

Destaco, como exemplo, os seguintes precedentes:

STJ (3ª T.) - RECURSO ESPECIAL 2.082.385 - SP

Relatora: Ministra Nancy Andrighi - J. em 12/12/2023 - DJ 15/12/2023

Ementa: Direito real de habitação é instituto específico do direito sucessório, não sendo aplicável por analogia ao direito de família. União estável exige convivência pública, contínua e com objetivo de constituição de família.

TJRJ - APELAÇÃO Acórdão/TJRJ - RJ

Relator: Desembargador Jean Albert De Souza Saadi - J. em 05/02/2025 - DJ 07/02/2025

Ementa: União estável consiste em relação fática com convivência pública, contínua e com objetivo de constituição de família. Documentos e provas devem demonstrar proximidade e intenção de constituir família. Relacionamento de namoro prolongado não configura união estável.

Tais decisões corroboram o entendimento de que a ausência dos elementos essenciais afasta a possibilidade de reconhecimento da união estável no presente caso.

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige a fundamentação das decisões judiciais, e nos arts. 1.723 e 1.726 do Código Civil, julgo improcedente o pedido formulado pelo requerente de reconhecimento de união estável post mortem.

Condeno o requerente ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 85 do Código de Processo Civil.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Local], [Data]

Assinatura:

[Nome do Magistrado]

Juiz de Direito


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