Modelo de Contestação em Ação de Reconhecimento de União Estável Post Mortem com Fundamentação no CPC/2015 e no CCB/2002

Publicado em: 24/09/2024 Familia Sucessão
Contestação apresentada pelo Espólio de P. J. da S. em face da ação de reconhecimento de união estável post mortem ajuizada por V. C. R. A peça argumenta a ausência de provas robustas quanto à convivência pública, contínua e duradoura, e ao objetivo de constituição de família, conforme exigido pelo artigo 1.723 do Código Civil. Fundamenta-se no ônus probatório previsto no artigo 373, I, do CPC/2015 e traz jurisprudências aplicáveis para reforçar a improcedência do pedido da Requerente.

CONTESTAÇÃO

Processo nº [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da [INSERIR VARA COMPETENTE] da Comarca de [INSERIR COMARCA]

Requerente: V. C. R.
Requerido: Espólio de P. J. da S.

PREÂMBULO

O ESPÓLIO DE P. J. DA S., devidamente representado por seu inventariante, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional em [INSERIR ENDEREÇO COMPLETO], onde receberá intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos da ação de reconhecimento de união estável post mortem proposta por V. C. R., apresentar a presente CONTESTAÇÃO, com fundamento no CPC/2015, art. 335, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

A Requerente, V. C. R., ajuizou a presente ação alegando ter mantido união estável com o falecido P. J. da S. por um período de 11 anos, de 2011 a 2022. Contudo, não há nos autos qualquer prova robusta que demonstre a convivência pública, contínua e duradoura, com objetivo de constituição de família, conforme exige a legislação vigente.

Ademais, não há filhos advindos dessa suposta relação, nem comprovação de que o falecido e a Requerente compartilhavam responsabilidades e laços afetivos próprios de uma entidade familiar. A ausência de tais elementos compromete a caracterização da união estável.

DO DIREITO

Nos termos do CCB/2002, art. 1.723, a união estável é configurada pela convivência pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituição de família. No entanto, a Requerente não apresentou provas suficientes para demonstrar a existência de tais requisitos.

Além disso, o ônus da prova recai sobre a parte que alega os fatos constitutivos de seu direito, conforme o CPC/2015, art. 373, I. A Requerente não trouxe aos autos elementos probatórios que comprovem a convivência pública e notória com o falecido, tampouco documentos que evidenciem a comunhão de vida e interesses entre as partes.

Ressalte-se que a mera alegação de convivência não é suficiente para o reconhecimento da união estável, sendo imprescindível a comprovação de elementos objetivos e subjetivos que caracterizem a relação como uma entidade familiar.

JURISPRUDÊNCIAS...


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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Breve Relatório

Trata-se de ação de reconhecimento de união estável post mortem ajuizada por V. C. R., alegando ter mantido união estável com o falecido P. J. da S. durante o período de 11 anos (2011 a 2022). O espólio do falecido, devidamente representado por seu inventariante, apresentou contestação, sustentando a inexistência de elementos que caracterizassem a convivência pública, contínua e duradoura entre as partes, conforme os requisitos do Código Civil (art. 1.723).

II. Fundamentação

1. Da análise dos fatos

Conforme consta nos autos, a Requerente não apresentou documentação ou elementos de prova suficientes que demonstrem a convivência pública e duradoura entre as partes. A ausência de comprovação de laços afetivos, a inexistência de filhos comuns e a falta de evidências de comunhão de vida e interesses comprometem a caracterização da união estável, conforme o disposto no art. 1.723 do Código Civil.

Ademais, o ônus da prova, conforme previsto no art. 373, inciso I, do CPC/2015, recai sobre a parte autora. Não foram juntados aos autos elementos probatórios que demonstrem, de forma inequívoca, a existência de uma relação caracterizada como entidade familiar.

2. Do direito aplicável

Conforme preceitua o art. 1.723 do Código Civil, a união estável exige a convivência pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituição de família. Entretanto, a Requerente não conseguiu demonstrar a presença de tais elementos, conforme exigido pela legislação.

Além disso, jurisprudência consolidada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) reforça a necessidade de comprovação inequívoca para o reconhecimento da união estável, conforme destacado na ementa do REsp 2.082.385-SP (Rel. Min. Nancy Andrighi), que exige elementos objetivos e subjetivos que comprovem a existência de uma entidade familiar.

STJ (3ª Turma) - RECURSO ESPECIAL 2.082.385-SP

“A mera alegação não basta para o reconhecimento de união estável, sendo imprescindível a comprovação de convivência pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituição de família.”

(Rel.: Minª. Nancy Andrighi - J. em 12/12/2023 - DJ 15/12/2023)

3. Da aplicação do princípio constitucional da motivação

Em observância ao art. 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, é dever do magistrado fundamentar suas decisões de forma clara e objetiva, apresentando a relação entre os fatos, o direito aplicável e os fundamentos constitucionais. Assim sendo, a presente decisão fundamenta-se nos dispositivos legais mencionados e na ausência de provas suficientes nos autos.

III. Dispositivo

Ante o exposto, julgo improcedente o pedido de reconhecimento de união estável formulado por V. C. R., uma vez que não foram preenchidos os requisitos legais previstos no Código Civil (art. 1.723) e no Código de Processo Civil (art. 373, I).

Condeno a Requerente ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

IV. Considerações Finais

Reitera-se a confiança na aplicação do direito de forma célere, justa e eficaz, garantindo a observância dos princípios constitucionais e legais que regem o processo civil brasileiro.

[LOCAL], [DATA]

[NOME DO MAGISTRADO]
Juiz(a) de Direito


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