Modelo de Contestação Trabalhista: Defesa da Reclamada contra Alegações de Doença Ocupacional e Indenização por Danos Morais e Materiais
Publicado em: 22/02/2024 Processo Civil TrabalhistaCONTESTAÇÃO TRABALHISTA
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA ___ VARA DO TRABALHO DE [CIDADE/UF]
Processo nº: [NÚMERO DO PROCESSO]
[Nome da empresa], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], neste ato representada por seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na [endereço completo do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do CPC/2015, art. 319, apresentar:
CONTESTAÇÃO
Em face da reclamação trabalhista ajuizada por M. F. da S., já qualificado nos autos, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.
I. DOS FATOS
O Reclamante foi admitido pela Reclamada em 01/08/2022, com registro em sua CTPS, para exercer a função de [função exercida], tendo seu contrato de trabalho encerrado em 31/08/2023, por dispensa sem justa causa, com o pagamento integral das verbas rescisórias.
Durante o período contratual, o Reclamante apresentou diversos atestados médicos, a maioria com afastamentos de 15 dias, contendo os CIDs M-47, M-51.1 e M-54.5. Contudo, em 10/07/2023, o Reclamante obteve um laudo médico que o afastava por tempo indeterminado, mas não apresentou tal documento à Reclamada nem deu entrada no INSS para obtenção de benefício por incapacidade temporária, continuando a trabalhar normalmente.
Em 18/08/2023, o Reclamante apresentou novo atestado médico de 15 dias, com CID M-47, retornando ao trabalho em 31/08/2023, data em que foi dispensado. Posteriormente, ajuizou a presente ação alegando ter adquirido doença ocupacional por culpa da Reclamada, que não fornecia Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), pleiteando indenização por danos morais, estéticos e ressarcimento de despesas médicas.
II. DO DIREITO
A) DA INEXISTÊNCIA DE NEXO CAUSAL
A responsabilidade civil do empregador em casos de doença ocupacional exige a comprovação de três elementos: o dano, o nexo causal ou concausal e a culpa do empregador, conforme disposto no CCB/2002, art. 186 e CCB/2002, art. 927. No presente caso, não há qualquer prova de que as condições de trabalho tenham contribuído para o surgimento ou agravamento da moléstia do Reclamante.
O laudo médico apresentado pelo Reclamante, datado de 10/07/2023, não foi entregue à Reclamada, impossibilitando qualquer providência administrativa ou previdenciária. Além disso, o Reclamante continuou a trabalhar normalmente, o que demonstra a ausência de incapacidade laboral e a inexistência de nexo causal entre a doença alegada e as atividades desempenhadas. "'>...