Modelo de Contestação com Reconvenção em Ação de Rescisão Contratual e Adjudicação de Imóvel: Defesa do Réu e Pedido de Indenização por Danos Morais e Materiais
Publicado em: 03/05/2024 CivelCONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]
Processo nº: [Número do Processo]
[Nome completo do réu], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número], residente e domiciliado em [endereço completo], por seu advogado que esta subscreve, com endereço eletrônico [email do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO à ação de rescisão contratual cumulada com adjudicação de imóvel ajuizada por [Nome completo do autor], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
PREÂMBULO
Nos termos do CPC/2015, art. 319, o réu apresenta sua contestação e, concomitantemente, formula pedido reconvencional, considerando a conexão entre os pedidos e a necessidade de resguardar seus direitos.
DOS FATOS
O autor e o réu firmaram contrato de compra e venda de imóvel, com pagamentos mensais ajustados. O réu cumpriu regularmente suas obrigações até fevereiro de 2024, conforme comprovam os extratos bancários anexados. Contudo, devido a dificuldades financeiras momentâneas, não efetuou os pagamentos referentes aos meses de fevereiro, março e abril de 2024.
O autor, de forma arbitrária, trocou as chaves do imóvel e recusou-se a informar a nova combinação ao réu, impedindo-o de acessar o bem. Posteriormente, ajuizou a presente ação pleiteando a rescisão contratual cumulada com adjudicação do imóvel, alegando inadimplência.
O réu, buscando demonstrar sua boa-fé e intenção de adimplir suas obrigações, realizou o depósito judicial dos valores correspondentes às prestações em atraso. Contudo, o autor insiste em sua pretensão de retomar o imóvel, causando prejuízos ao réu, que se vê privado do uso do bem e sujeito a danos materiais e morais.
DO DIREITO
Inicialmente, cumpre destacar que o contrato firmado entre as partes está regido pelas disposições do CCB/2002, art. 476 e CCB/2002, art. 477, que estabelecem o princípio da boa-fé objetiva e a necessidade de cumprimento das obrigações contratuais por ambas as partes.
O inadimplemento parcial do réu não justifica a rescisão contratual imediata, especialmente considerando que ele já realizou o depósito judicial das parcelas em atraso, demonstrando sua intenção de cumprir o contrato. Tal conduta está em conformidade com o CPC/2015, art. 350, que permite a alegação de fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor.
Ademais, a troca das chaves do imóvel pelo autor configura abuso de direi"'>...