Modelo de Contestação contra Ação de Despejo c/c Cobrança de Encargos Locatícios

Publicado em: 05/11/2024 Civel Direito Imobiliário
Modelo de contestação em face de ação de despejo cumulada com cobrança de encargos locatícios, abordando os princípios da função social do contrato, boa-fé objetiva e necessidade de conciliação, com pedidos de improcedência do despejo e possibilidade de acordo para quitação dos valores.

AO JUÍZO DA ______ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARACAJU/SE

Processo nº: [número do processo]

[NOME DO CONTESTANTE], brasileiro(a), estado civil [especificar], inscrito(a) no CPF sob o nº [número do CPF], residente e domiciliado(a) na [endereço completo], e com endereço eletrônico [e-mail], por seu advogado, inscrito na OAB/[Estado] sob o nº [número da OAB], com escritório situado à [endereço completo do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO à AÇÃO DE DESPEJO C/C COBRANÇA DE ENCARGOS LOCATÍCIOS EM ATRASO COM PEDIDO LIMINAR, proposta por D. S. DE P., nos termos e fundamentos a seguir expostos:

I - DA SÍNTESE DOS FATOS

Alega o requerente que o contestante, locatário do imóvel situado na [endereço completo], deixou de arcar com as despesas de água, energia e IPTU, bem como o aluguel mensal no valor de R$ 3.500,00. O requerente pleiteia a retomada do imóvel, com despejo liminar, e a condenação do contestante ao pagamento dos encargos locatícios vencidos e vincendos.

II - DA REALIDADE DOS FATOS

O contestante reconhece a relação locatícia estabelecida com o requerente, contudo, impugna as alegações de inadimplência. As despesas de água, energia e IPTU foram devidamente pagas até [data] e os comprovantes de pagamento estão anexados.

Ademais, o atraso em alguns pagamentos de aluguel se deu em razão de dificuldades financeiras temporárias, devidamente comunicadas ao requerente, que se comprometeu a negociar tais valores. O contestante sempre buscou resolver a situação amigavelmente, solicitando o parcelamento dos valores em aberto, mas o requerente recusou-se a dialogar, optando por ingressar com a presente ação.

III - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

III.1 - DA NECESSIDADE DE TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO

Nos termos do CPC/2015, art. 319, é dever das partes buscar a resolução dos conflitos por meio da mediação ou conciliação, antes de medidas drásticas como o despejo. O contestante manifestou interesse em solucionar a questão de forma amigável, contudo, o requerente não colaborou para um desfecho consensual.

III.2 - DO PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO

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Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito, Defesas Possíveis e Considerações Finais

1. Fatos e Direito

O contestante reside no imóvel locado e tem interesse em regularizar os valores em atraso. As pendências financeiras foram causadas por dificuldades temporárias, comunicadas ao requerente, que preferiu ingressar com a ação de despejo em vez de buscar uma solução amigável. O contestante argumenta que tal postura vai de encontro aos princípios da função social do contrato e da boa-fé objetiva.

2. Defesas Possíveis pela Parte Contrária

O requerente poderá alegar que o contrato de locação foi descumprido por inadimplência, requerendo a retomada do imóvel. No entanto, a defesa do contestante se baseia na ausência de tentativas de conciliação e na possibilidade de regularização dos valores em aberto, o que deve ser considerado pelo juízo antes de autorizar uma medida extrema como o despejo.

3. Conceitos e Definições

Despejo: Ação judicial que visa retirar o inquilino de um imóvel locado, geralmente por descumprimento contratual, como falta de pagamento dos aluguéis.

Função Social do Contrato: Princípio que visa garantir que o contrato atenda aos interesses sociais, de modo a não prejudicar uma das partes em excesso.

4. Considerações Finais

A ação de despejo deve ser utilizada como último recurso, somente quando todas as tentativas de conciliação falharem. O contestante demonstrou boa-fé ao tentar negociar o pagamento dos valores em atraso, e espera que o juízo reconheça tal esforço, indeferindo a medida liminar de despejo e proporcionando uma solução justa para ambas as partes.



TÍTULO:
CONTESTAÇÃO EM AÇÃO DE DESPEJO CUMULADA COM COBRANÇA DE ENCARGOS LOCATÍCIOS


1. Introdução

A presente contestação visa responder à ação de despejo cumulada com cobrança de encargos locatícios, promovida pelo autor contra o réu, que ocupa o imóvel objeto do contrato de locação. Neste documento, serão abordados os aspectos relacionados aos princípios da função social do contrato e da boa-fé objetiva, além da possibilidade de conciliação para quitação dos débitos, com a consequente manutenção da locação. O réu busca demonstrar que o contrato de locação atende a uma função social, mantendo-se o equilíbrio entre as partes e preservando a continuidade da relação contratual.


Legislação:

CCB/2002, art. 421 – Dispõe sobre a função social do contrato.

CCB/2002, art. 422 – Estabelece a boa-fé objetiva como um dos princípios basilares dos contratos.

Lei 8.245/1991, art. 9º – Regula as hipóteses de despejo em contratos de locação.

Jurisprudência:

Despejo por Falta de Pagamento

Função Social do Contrato

Boa-Fé Objetiva no Contrato


2. Contestação à Ação de Despejo

A ação de despejo movida pelo autor sustenta-se no inadimplemento de encargos locatícios; contudo, o réu alega que a cobrança não reflete fielmente as condições previamente acordadas. Com base no princípio da função social do contrato e na preservação da moradia, o réu busca demonstrar a importância da continuidade da locação, justificando as dificuldades momentâneas no pagamento e propondo a regularização dos débitos de forma justa e equilibrada. A manutenção do contrato é fundamental para assegurar a estabilidade da relação contratual e o direito de moradia do réu.

Legislação:

CCB/2002, art. 421 – A função social do contrato exige que ele seja executado conforme os interesses sociais das partes.

Lei 8.245/1991, art. 9º – Regula o despejo por falta de pagamento de encargos locatícios.

Jurisprudência:

Ação de Despejo por Inadimplemento

Equilíbrio Contratual na Locação

Preservação da Moradia em Ações de Despejo


3. Cobrança de Encargos Locatícios

A cobrança dos encargos locatícios deve seguir os princípios de transparência e razoabilidade. O réu alega que alguns dos valores cobrados não condizem com o acordado, sendo necessária a realização de uma revisão para ajustar eventuais excessos. A prática da boa-fé objetiva demanda que ambas as partes tenham ciência clara dos valores, promovendo-se a segurança contratual e evitando-se abusos.

Legislação:

CCB/2002, art. 422 – Impõe a boa-fé objetiva e transparência nas relações contratuais.

Lei 8.245/1991, art. 23 – Prevê as responsabilidades e encargos de ambas as partes em contratos de locação.

Jurisprudência:

Cobrança Excessiva de Encargos

Boa-Fé Objetiva na Locação

Transparência nos Contratos de Locação


4. Função Social do Contrato

O princípio da função social do contrato é aplicado neste caso para justificar a continuidade da locação. Esse princípio, fundamentado no CCB/2002, art. 421, reforça a importância de se considerar a realidade socioeconômica do réu e a sua necessidade de moradia. O contrato deve ser analisado de forma a proteger o direito à moradia, e não apenas como uma obrigação econômica. A permanência do réu no imóvel não só assegura a função social do contrato, como também atende ao interesse coletivo e promove a dignidade humana.

Legislação:

CCB/2002, art. 421 – Define a função social do contrato como parâmetro para interpretação das obrigações contratuais.

CF/88, art. 5º, XXIII – Garante a função social como um dos princípios da propriedade e das relações jurídicas.

Jurisprudência:

Função Social da Locação

Dignidade Humana nos Contratos

Contrato de Locação e Habitação


5. Boa-Fé Objetiva

A boa-fé objetiva impõe a cooperação e lealdade entre as partes durante a execução do contrato de locação. Neste contexto, o réu demonstra que agiu de acordo com a boa-fé ao buscar um entendimento para a quitação dos débitos. O autor, por sua vez, deve considerar a viabilidade de um acordo que respeite a realidade econômica do réu e permita a regularização da dívida sem comprometer a continuidade do contrato. Este princípio visa a evitar a imposição de ônus excessivo a uma das partes e a promoção de um equilíbrio contratual.

Legislação:

CCB/2002, art. 422 – Disciplina a boa-fé objetiva como padrão de conduta nas relações contratuais.

Lei 8.245/1991, art. 4º – Incentiva a composição amigável em contratos de locação.

Jurisprudência:

Boa-Fé Contratual na Locação

Cooperação no Contrato de Locação

Equilíbrio Contratual e Boa-Fé


6. Pedido de Improcedência de Despejo

Com base nos fundamentos expostos, o réu requer a improcedência do pedido de despejo, considerando-se o princípio da função social do contrato e a boa-fé objetiva no trato entre as partes. O pedido do réu justifica-se pela necessidade de permanência no imóvel, fundamental para a manutenção de sua moradia, bem como pela disposição do réu em regularizar os valores em atraso. Dessa forma, o deferimento do pedido de improcedência resguarda o direito de habitação e evita um despejo injustificado.

Legislação:

CCB/2002, art. 421 – Enfatiza a função social como limitador do exercício de direitos nos contratos.

Lei 8.245/1991, art. 9º – Estipula as condições para despejo, aplicando-se a proporcionalidade e razoabilidade.

Jurisprudência:

Pedido de Improcedência em Ação de Despejo

Moradia e Improcedência do Despejo

Função Social e Improcedência no Despejo


7. Considerações Finais

Diante do exposto, o réu solicita a improcedência da ação de despejo cumulada com cobrança de encargos locatícios, considerando os princípios de função social do contrato e boa-fé objetiva, que promovem a continuidade da locação em prol da moradia e da estabilidade social. Alternativamente, o réu requer a concessão de prazo para regularizar os débitos, de modo que a relação locatícia seja preservada, atendendo aos valores da dignidade humana e do equilíbrio contratual.


 


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