Modelo de Contestação em Ação de Cobrança de Débitos Bancários: Impugnação de Contrato e Inexistência de Relação Jurídica

Publicado em: 07/05/2024 Processo CivilConsumidor
Contestação apresentada em ação de cobrança de débitos bancários, na qual o requerido impugna a autenticidade e validade jurídica do contrato apresentado pelo autor, alegando inexistência de relação jurídica entre as partes. O documento fundamenta-se no art. 373 do CPC/2015, que atribui ao autor o ônus da prova, e no Tema 1061 do STJ, que responsabiliza a instituição financeira pela comprovação da autenticidade de contratos bancários. Além disso, aborda princípios como boa-fé objetiva e transparência, e requer a improcedência da ação, com a condenação do autor ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

CONTESTAÇÃO

COBRANÇA DE DÉBITOS BANCÁRIOS

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________.

Processo nº: __________

Requerente: __________

Requerido: __________

Félix Tabera Filho, advogado inscrito na OAB/RJ sob o nº 30535, com escritório profissional situado à __________, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar a presente CONTESTAÇÃO, nos autos da ação de cobrança de débitos bancários movida por __________, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

PREÂMBULO

Nos termos do CPC/2015, art. 335, o réu apresenta sua contestação dentro do prazo legal, impugnando os fatos e fundamentos apresentados pelo autor, conforme se demonstrará a seguir.

DOS FATOS

O autor ajuizou a presente ação de cobrança alegando a existência de débitos bancários oriundos de contrato firmado entre as partes. Contudo, a narrativa apresentada não reflete a realidade dos fatos, sendo necessário esclarecer que:

  • O contrato apresentado pelo autor carece de autenticidade e validade jurídica.
  • O réu não reconhece a dívida alegada, tampouco firmou qualquer contrato com a instituição financeira autora.
  • O autor não apresentou provas suficientes que demonstrem a legitimidade da contratação e a existência do débito.

Assim, a presente contestação visa demonstrar a inexistência de relação jurídica entre as partes, bem como a improcedência dos pedidos formulados pelo autor.

DO DIREITO

Inicialmente, destaca-se que, nos termos do CPC/2015, art. 373, incumbe ao autor o ônus da prova quanto aos fatos constitutivos de seu direito. No caso em tela, o autor não apresentou elementos probatórios suficientes para comprovar a existência do débito alegado.

Ademais, em relação à autenticidade do contrato apresentado, o STJ, no Tema 1061, fixou o entendimento de que, em casos de contestação de assinatura em contratos bancários, o ônus de comprovar a autenticidade cabe à instituição financeira. Portanto, a ausência de prova pericial que ateste a validade do contrato caracteriza cerceamento de defesa, impondo-se a improcedência da ação.

Além disso, a relação jurídica entre as partes deve observar os princípios da boa-fé objetiva e da transparência, conforme disposto no CCB/2002, art. 422. No caso em questão, a ausência de comprovação da contratação legítima demonstra a violação desses princípios, reforçando a inexistência de obrigação por parte do réu.

JURISPRUDÊNCIAS

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
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Simulação de Voto

I. Relatório

O presente caso trata de ação de cobrança de débitos bancários, onde o autor alega a existência de dívida decorrente de contrato firmado entre as partes, enquanto o réu contesta a autenticidade do contrato e nega a relação jurídica.

O autor não apresentou elementos probatórios suficientes para comprovar a existência do débito alegado, sendo que o réu impugnou a validade do contrato apresentado.

II. Fundamentação

1. Dos Fatos

Analisando os autos, verifica-se que o autor baseia sua pretensão em contrato de suposta relação jurídica entre as partes. No entanto, o contrato apresentado carece de autenticidade e validade jurídica, conforme alegado pelo réu.

O réu também afirmou inexistência de prova suficiente que comprove a contratação do débito alegado. A ausência de elementos probatórios robustos por parte do autor compromete a sustentação de seu pedido.

2. Do Direito

Nos termos do artigo 373, inciso I, do Código de Processo Civil de 2015, cabe ao autor a prova dos fatos constitutivos de seu direito. No caso em tela, a ausência de demonstração da autenticidade do contrato compromete a alegação de existência da dívida.

Além disso, o entendimento consolidado pelo STJ no Tema 1061 estabelece que, em casos de contestação da assinatura em contratos bancários, o ônus da prova recai sobre a instituição financeira. A ausência de realização de perícia grafotécnica, ou qualquer outra prova que ateste a autenticidade da assinatura do réu, caracteriza cerceamento de defesa.

No tocante à relação jurídica, esta deve ser pautada pelos princípios da boa-fé objetiva e da transparência, previstos no artigo 422 do Código Civil de 2002. A ausência de comprovação válida da contratação viola tais princípios, reforçando a inexistência de obrigação por parte do réu.

3. Jurisprudências Aplicáveis

Destaco, para embasar este entendimento, as seguintes jurisprudências:

  • STJ - Tema 1061: Determina que o ônus de comprovar a autenticidade de assinatura em contratos bancários recai sobre a instituição financeira. A ausência de prova pericial caracteriza cerceamento de defesa.
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "O ônus probatório em relação à contratação legítima cabe à parte autora. Não havendo elementos probatórios claros, deve prevalecer o princípio da boa-fé objetiva em favor do réu."

III. Conclusão

À luz do exposto, verifico a ausência de elementos probatórios suficientes que demonstrem a validade do contrato apresentado pelo autor. Assim, resta configurada a falta de comprovação do direito alegado, impondo-se a improcedência da ação.

IV. Dispositivo

Por todo o exposto, voto no sentido de JULGAR IMPROCEDENTE o pedido formulado pelo autor, com fundamento no artigo 373, inciso I, do CPC, e no artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, que exige fundamentação adequada para toda decisão judicial.

Condeno o autor ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que arbitro em 10% do valor da causa, nos termos do artigo 85, §2º, do CPC/2015.

É como voto.

_____________________________________
Magistrado(a)
____ Vara Cível


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