Modelo de Contestação em Ação de Guarda Unilateral com Enfoque no Princípio do Melhor Interesse da Criança

Publicado em: 20/02/2025 Processo Civil Familia
Contestação apresentada pela genitora em uma ação de guarda unilateral ajuizada pelo genitor. O documento aborda a ausência de imparcialidade do laudo psicológico apresentado, a necessidade de observância do princípio do melhor interesse da criança (art. 227 da CF/88) e a falta de comprovação de elementos que justifiquem a alteração da guarda compartilhada vigente. A peça solicita a manutenção da guarda compartilhada, a desconsideração do laudo psicológico unilateral e a realização de estudo psicossocial por equipe técnica imparcial, além de requerer a condenação do autor ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

Contestação

Processo nº [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da [INSERIR VARA] da Comarca de [INSERIR COMARCA],

[NOME COMPLETO DA PARTE REQUERIDA], brasileira, [estado civil], [profissão], inscrita no CPF sob o nº [INSERIR CPF], residente e domiciliada na [INSERIR ENDEREÇO COMPLETO], por intermédio de seu advogado que esta subscreve, conforme instrumento de mandato anexo, com endereço eletrônico [INSERIR EMAIL], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos da ação de guarda unilateral proposta por [NOME COMPLETO DO GENITOR], apresentar a presente:

CONTESTAÇÃO

com fulcro no CPC/2015, art. 335 e seguintes, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

Trata-se de ação de guarda unilateral ajuizada pelo genitor, Sr. [NOME COMPLETO DO GENITOR], alegando que o menor [NOME COMPLETO DO MENOR] deseja permanecer exclusivamente sob sua guarda. Para tanto, o autor fundamenta seu pedido em um laudo psicológico particular, elaborado unilateralmente, que supostamente corrobora sua pretensão.

No entanto, a requerida, genitora do menor, discorda veementemente do pleito, uma vez que o laudo apresentado carece de imparcialidade e não foi submetido ao contraditório, sendo insuficiente para embasar uma decisão de tamanha relevância, que deve sempre observar o princípio do melhor interesse da criança, conforme disposto no CF/88, art. 227.

Ademais, não há qualquer elemento concreto nos autos que demonstre que a guarda compartilhada, atualmente vigente, seja prejudicial ao menor ou que a guarda unilateral pelo genitor seja a solução que melhor atenda aos interesses do infante.

DO DIREITO

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 227, consagra o princípio do melhor interesse da criança e do adolescente, determinando que a família, a sociedade e o Estado devem assegurar, com absoluta prioridade, os direitos fundamentais dos menores, garantindo-lhes o pleno desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social.

No mesmo sentido, o CCB/2002, art. 1.583, estabelece que a guarda deve ser atribuída de forma a atender prioritariamente ao interesse do menor, assegurando-lhe o convívio com ambos os genitores, salvo em situações excepcionais devidamente comprovadas.

O CPC/2015, art. 373, I, impõe ao autor o ônus de provar os fatos constitutivos de seu direito. No presente caso, o genitor não apresentou provas robustas e imparciais que justifiquem a alteração da guarda co"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação de guarda unilateral ajuizada pelo genitor, Sr. [NOME COMPLETO DO GENITOR], em face da genitora, Sra. [NOME COMPLETO DA PARTE REQUERIDA], visando a modificação da guarda compartilhada atualmente vigente para guarda unilateral. O requerente fundamenta o pedido em um laudo psicológico particular que aponta a conveniência da alteração da guarda. A genitora, por sua vez, contesta o pedido, alegando ausência de imparcialidade no laudo apresentado, além de inexistência de provas concretas que demonstrem a necessidade de alteração da guarda.

Voto do Magistrado

1. Fundamentação

Em matéria de guarda, deve prevalecer o princípio do melhor interesse da criança, consagrado no art. 227 da Constituição Federal de 1988, o qual determina que a família, a sociedade e o Estado assegurem, com absoluta prioridade, os direitos fundamentais da criança e do adolescente, visando seu pleno desenvolvimento.

O Código Civil (CCB/2002, art. 1.583) reforça que a guarda deve ser atribuída de forma a priorizar o interesse do menor, garantindo o convívio com ambos os genitores, salvo em situações excepcionais devidamente comprovadas. No caso em tela, o requerente não demonstrou, de forma suficiente e robusta, que a guarda unilateral seria mais benéfica ao menor. O laudo psicológico apresentado, além de ser unilateral, não foi submetido ao contraditório, ferindo os princípios constitucionais da ampla defesa e do devido processo legal.

Ademais, o art. 373, I, do Código de Processo Civil atribui ao autor o ônus de provar os fatos constitutivos de seu direito. A ausência de elementos probatórios concretos que evidenciem que a guarda compartilhada é prejudicial ao menor impede a modificação do atual regime de guarda.

Por fim, ressalto que a jurisprudência pátria é pacífica ao exigir ampla dilação probatória em casos que envolvam o interesse de menores, conforme se verifica no entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ - REsp 2.108.750 - GO) e do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP), que destacam a necessidade de estudos psicossociais imparciais e a prevalência do melhor interesse da criança.

2. Conclusão

Em razão da ausência de provas suficientes por parte do requerente e considerando que a guarda compartilhada atende melhor ao princípio do melhor interesse do menor, voto pela improcedência do pedido, mantendo-se o regime de guarda compartilhada atualmente vigente.

Decisão

Ante o exposto, julgo improcedente o pedido de guarda unilateral formulado pelo genitor, Sr. [NOME COMPLETO DO GENITOR], mantendo-se a guarda compartilhada. Determino ainda que seja realizado estudo psicossocial por equipe técnica imparcial, a fim de subsidiar quaisquer decisões futuras relativas à guarda do menor.

Condeno o autor ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, na forma do art. 85 do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[LOCAL], [DATA].

___________________________________________
[NOME DO MAGISTRADO]
Juiz de Direito


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