Modelo de Contestação em Ação de Pensão por Morte: Defesa do Beneficiário Reconhecido pelo INSS e Impugnação de União Estável Não Comprovada

Publicado em: 16/05/2024 Civel Direito Previdenciário
Contestação apresentada por C. E. da S., beneficiário reconhecido pelo INSS, em face de ação de pensão por morte ajuizada por M. B. T., que alega ser companheira do falecido G. B. T. A defesa argumenta a ausência de comprovação da união estável e dependência econômica da autora, conforme exigido pela Lei 8.213/91 e pelo Código Civil. A peça inclui análise jurídica, fundamentação com base na legislação e jurisprudências pertinentes, e requer a improcedência da ação, além da condenação da autora ao pagamento de custas e honorários.

CONTESTAÇÃO

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA FEDERAL DA COMARCA DE ____________

PREÂMBULO

Processo nº: ____________ Requerente: M. B. T. Requerido: Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e C. E. da S.

C. E. da S., brasileiro, estado civil ____________, profissão ____________, portador do CPF nº ____________, residente e domiciliado na ____________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, apresentar a presente CONTESTAÇÃO à ação de pensão por morte ajuizada por M. B. T., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

A requerente, M. B. T., ajuizou a presente ação requerendo o benefício de pensão por morte, alegando ser companheira do falecido G. B. T. e, portanto, dependente previdenciária nos termos da Lei 8.213/91, art. 16, I. O benefício foi negado administrativamente pelo INSS, que não reconheceu o vínculo de união estável entre a requerente e o falecido.

O contestante, C. E. da S., filho do falecido e único beneficiário reconhecido pelo INSS, foi citado para integrar a lide e, por meio desta contestação, nega veementemente o vínculo de união estável alegado pela autora, o qual não possui qualquer respaldo probatório.

DO DIREITO

A pensão por morte é um benefício previdenciário devido aos dependentes do segurado falecido, conforme disposto na Lei 8.213/91, art. 74. Para ser considerada dependente, a autora deveria comprovar a existência de união estável com o falecido, nos termos do CCB/2002, art. 1.723.

Contudo, a autora não apresentou provas robustas e inequívocas que demonstrem a convivência pública, contínua e duradoura com o falecido, com o objetivo de constituição de família. A ausência de comprovação do vínculo afasta a sua condição de dependente previdenciária.

Além disso, o INSS, ao indeferir o pedido administrativo, concluiu que a autora não preencheu os requisitos legais para a concessão do benefício. Tal decisão encontra respaldo na Lei 8.213/91, art. 16, I, que exige a comprovação do vínculo de dependência econômica e da relação de união estável.

Ressalta-se que o ônus da prova recai sobre a autora, conforme o CPC/2015, art. 373, I, se"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
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Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de ação previdenciária ajuizada por M. B. T., requerendo o benefício de pensão por morte, sob o fundamento de ser companheira do falecido G. B. T., conforme previsto na Lei nº 8.213/91, art. 16, inciso I.

O benefício foi negado administrativamente pelo INSS, que não reconheceu o vínculo de união estável entre a autora e o falecido. O contestante, C. E. da S., filho do falecido, ingressou na lide alegando a inexistência da relação de união estável e sustentando ser o único dependente habilitado ao benefício.

A controvérsia gira em torno da comprovação da união estável e da dependência econômica da requerente em relação ao falecido.

II. Fundamentação

A. Dos Fatos

A autora, M. B. T., alega que manteve união estável com o falecido G. B. T., configurando dependência econômica nos termos da legislação previdenciária. Contudo, a contestação apresentada por C. E. da S. sustenta a inexistência de provas contundentes que demonstrem a convivência pública, contínua e duradoura com o objetivo de constituição de família.

O ônus da prova recai sobre a requerente, conforme dispõe o art. 373, inciso I, do Código de Processo Civil de 2015, sendo sua responsabilidade demonstrar os fatos constitutivos do direito pleiteado.

B. Do Direito

A pensão por morte é regulamentada pela Lei nº 8.213/91, cujo art. 74 prevê que o benefício é devido aos dependentes do segurado falecido. Para comprovar a qualidade de dependente, exige-se a demonstração de união estável, conforme disposto no art. 1.723 do Código Civil.

Analisando os autos, observa-se que a autora não apresentou documentação ou provas robustas que evidenciem a convivência pública, contínua e duradoura com o falecido. Não há, nos autos, elementos suficientes para afastar a conclusão administrativa do INSS, que indeferiu o pedido com base na ausência de comprovação do vínculo.

Ademais, a jurisprudência é pacífica ao exigir a comprovação inequívoca da união estável para a concessão de benefícios previdenciários. Destacam-se os seguintes precedentes:

  • STJ, REsp. Acórdão/STJ: "A dependência deve ser comprovada nos termos da legislação previdenciária."
  • TRF4, AC 5018777-54.2014: "A ausência de comprovação de convivência pública, contínua e duradoura impede o reconhecimento de união estável."
  • TJSP, Apelação Cível 1019267-10.2022: "O indeferimento do pedido de pensão por morte foi mantido diante da ausência de provas suficientes para demonstrar a dependência econômica e o vínculo de união estável."

Portanto, não restou demonstrado que a autora preenche os requisitos legais para a concessão do benefício pleiteado.

III. Dispositivo

Diante do exposto, em conformidade com o art. 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, voto pela improcedência do pedido, mantendo-se o benefício de pensão por morte exclusivamente ao contestante, C. E. da S..

Condeno a autora ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados nos termos do art. 85, §2º, do Código de Processo Civil de 2015.

É como voto.

[Nome do Magistrado]


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