Modelo de Contestação em Ação de Prestação de Contas com Pedido de Rejeição de Constrição de Bem Imóvel e Improcedência da Ação
Publicado em: 12/02/2025 CivelProcesso CivilCONTESTAÇÃO EM AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___
Processo nº: ____________
Requerente: M. F. de S. L.
Requerido: C. E. da S.
C. E. da S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº ____________, residente e domiciliado na ____________, por intermédio de seu advogado, com endereço eletrônico ____________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO à Ação de Prestação de Contas ajuizada por M. F. de S. L., com fundamento no CPC/2015, art. 335, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
A autora ajuizou a presente ação de prestação de contas alegando suposta dívida do requerido com a mãe da falecida autora. Contudo, não há qualquer prova concreta que demonstre que o requerido seja devedor ou que tenha qualquer envolvimento com as dívidas mencionadas. O juiz da causa, ao não identificar quem deve a quem, determinou a realização de prova pericial, nomeando perito, que sequer iniciou os trabalhos.
Apesar disso, a autora, de forma precipitada, solicitou a constrição de um bem imóvel (sala comercial) pertencente ao requerido, sem qualquer comprovação de que ele seja responsável por eventual débito. Tal pedido é desprovido de fundamento e carece de suporte probatório mínimo.
DO DIREITO
A Ação de Prestação de Contas possui natureza dúplice, conforme entendimento doutrinário e jurisprudencial, e exige que a parte autora demonstre, de forma clara e inequívoca, a existência de relação jurídica que justifique a obrigação de prestar contas (CPC/2015, art. 550).
No caso em tela, não há qualquer elemento probatório que vincule o requerido às supostas dívidas mencionadas pela autora. A ausência de provas viola o princípio do ônus da prova, previsto no CPC/2015, art. 373, I, que determina ser da parte autora a responsabilidade de comprovar os fatos constitutivos de seu direito.
Ademais, o pedido de constrição do bem imóvel do requerido é manifestamente precipitado, uma vez que a perícia contábil ainda não foi realizada e não há qualquer decisão que reconheça a existência de dívida ou vínculo jurídico entre as partes. Tal medida viola o princípio da proporcionalidade e da razoabilidade, consagrados na CF/88, art. 5º, LIV e LV.
A doutrina reforça que medidas restritivas de bens devem ser adotadas com"'>...