Modelo de Contestação em Ação de Reconhecimento de Paternidade com Pedido de Anulação e Retificação de Registro Civil

Publicado em: 26/02/2024 Familia
Contestação apresentada por R. F. de S. à Ação de Reconhecimento de Paternidade cumulada com Anulação e Retificação de Registro Civil, movida por A. J. dos S., menor representado por sua genitora, M. F. de S. L. O documento fundamenta a inexistência de vínculo biológico, comprovada por exame de DNA, e aborda princípios constitucionais como a dignidade da pessoa humana e o direito à verdade biológica, além de dispositivos legais e jurisprudências aplicáveis. Requer-se a improcedência da ação e a condenação da parte autora ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

CONTESTAÇÃO

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de __________.

Processo nº __________.

R. F. de S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO à Ação de Reconhecimento de Paternidade c/c Anulação e Retificação de Registro Civil movida por A. J. dos S., menor representado por sua genitora M. F. de S. L., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

A presente demanda foi ajuizada com o objetivo de reconhecer a paternidade do menor A. J. dos S., bem como anular e retificar o registro civil, alegando-se que o contestante seria o pai biológico da criança.

Contudo, o contestante esclarece que, à época do registro, foi induzido em erro ao acreditar que era o pai biológico do menor, sendo posteriormente informado de que a genitora da criança, M. F. de S. L., mantinha relacionamento com terceiros em período compatível com a concepção.

Ademais, o contestante submeteu-se a exame de DNA, realizado por determinação judicial, cujo resultado excluiu qualquer vínculo biológico entre ele e o menor, conforme laudo pericial anexado aos autos.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que o direito à verdade biológica está diretamente relacionado à dignidade da pessoa humana, conforme preceitua o art. 1º, III, da CF/88. Nesse sentido, a imposição de uma paternidade inexistente viola não apenas o direito do contestante, mas também o direito do menor de conhecer sua verdadeira origem genética.

O art. 1.604 do CCB/2002 estabelece que a paternidade pode ser contestada mediante prova de erro ou falsidade do registro. No caso em tela, o exame de DNA constitui prova científica robusta e inequívoca, demonstrando a inexistência de vínculo biológico entre o contestante e o menor.

Ademais, o art. 1.601 do CCB/2002 prevê a possibilidade de contestação da paternidade, desde que respeitados os prazos legais e observados os princípios constitucionais aplicáveis, como o direito à identidade e à verdade bi"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação de Reconhecimento de Paternidade c/c Anulação e Retificação de Registro Civil, proposta por A. J. dos S., menor representado por sua genitora, M. F. de S. L., em face de R. F. de S., em que se discute a existência de vínculo biológico entre o contestante e o menor, à luz de exame de DNA que excluiu tal vínculo.

A parte autora pleiteia o reconhecimento judicial de vínculo de paternidade, bem como a retificação do registro civil. Por sua vez, o réu contesta a demanda, alegando erro quanto ao reconhecimento da paternidade e apresentando prova pericial que demonstra a inexistência de vínculo biológico.

Fundamentação

De acordo com o art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, "todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões". Assim, passa-se à análise dos fatos e fundamentos jurídicos apresentados.

Preliminarmente, impõe-se destacar que o direito à verdade biológica está alicerçado na dignidade da pessoa humana, princípio fundamental consagrado no art. 1º, inciso III, da CF/88. Nesse sentido, tanto o direito do menor de conhecer sua origem genética quanto o direito do contestante de não ser reconhecido como pai biológico sem o devido vínculo devem ser resguardados.

O exame de DNA realizado nos autos, devidamente submetido ao contraditório e à ampla defesa, constitui prova científica inequívoca e robusta, demonstrando a ausência de vínculo genético entre o contestante e o menor. Este fato, por si só, afasta a presunção de paternidade, nos termos do art. 1.604 do Código Civil.

Ademais, o art. 1.601 do Código Civil prevê a possibilidade de contestação da paternidade, desde que observados os requisitos legais, como no presente caso, em que se verifica a inexistência de vínculo biológico e a ausência de relação socioafetiva consolidada entre o contestante e o menor.

No âmbito processual, o art. 505, inciso I, do Código de Processo Civil admite a relativização da coisa julgada, especialmente em situações excepcionais como a presente, em que a verdade real foi comprovada por meio de exame de DNA. Tal entendimento é amplamente corroborado pela jurisprudência dos tribunais superiores, conforme precedentes colacionados aos autos.

Por fim, cumpre ressaltar que o reconhecimento de um vínculo jurídico-paternal inexistente afrontaria os princípios da dignidade da pessoa humana e da verdade real, além de causar prejuízo irreparável às partes envolvidas.

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, e nos arts. 1.601 e 1.604 do Código Civil, bem como considerando a prova pericial produzida, voto no sentido de:

  1. Julgar procedente a contestação apresentada por R. F. de S., reconhecendo a inexistência de vínculo biológico entre o contestante e o menor A. J. dos S.;
  2. Determinar a retificação do registro civil do menor, com a exclusão do nome do contestante como pai;
  3. Condenar a parte autora ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, nos termos do art. 85 do Código de Processo Civil;
  4. Determinar a expedição de ofício ao cartório competente para cumprimento da decisão, após o trânsito em julgado.

É como voto.

Termos Finais

Sala das Sessões, Data.

___________________________________________
Nome do Magistrado
Cargo: Juiz de Direito


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