Modelo de Contestação em Ação de Reconhecimento de Paternidade com Pedido de Improcedência e Requisição de Dispensa de Exame de DNA

Publicado em: 02/03/2025 CivelProcesso Civil Familia
Contestação apresentada por R. J. da S., réu em ação de reconhecimento de paternidade ajuizada por A. F. da S., com fundamento no CPC/2015, art. 335. O réu refuta as alegações da autora, demonstrando que não há vínculo biológico ou convivência com a mãe da autora. Argumenta ainda pela inexistência de evidências que justifiquem um exame de DNA e requer a improcedência da ação, conforme jurisprudência e princípios constitucionais como a dignidade da pessoa humana e a segurança jurídica.

CONTESTAÇÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ________

Processo nº: [inserir número do processo]

Nome do Réu: R. J. da S. [qualificação completa: estado civil, profissão, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência]

Nome da Autora: A. F. da S. [qualificação completa: estado civil, profissão, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência]

R. J. da S., já devidamente qualificado nos autos da ação de reconhecimento de paternidade movida por A. F. da S., vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, com fundamento no CPC/2015, art. 335, apresentar a presente:

CONTESTAÇÃO

Em face da Ação de Reconhecimento de Paternidade ajuizada por A. F. da S., pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor:

PREÂMBULO

Conforme determina o CPC/2015, art. 319, o Réu apresenta sua contestação, requerendo desde já a improcedência da ação, com a análise dos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

A autora, A. F. da S., ajuizou a presente ação alegando ser filha biológica do réu, R. J. da S. Contudo, tais alegações não correspondem à verdade, conforme será demonstrado.

1. A autora é filha legítima do marido de sua mãe, que a reconheceu como filha, fato comprovado pela certidão de nascimento anexada à inicial.

2. O réu e a mãe da autora nunca tiveram qualquer tipo de relação, seja amorosa ou de convivência. Especificamente:

  • O réu e a mãe da autora nunca foram namorados ou amantes.
  • O réu e a mãe da autora nunca frequentaram as respectivas residências.
  • O réu e a mãe da autora nunca trabalharam juntos, estudaram juntos ou frequentaram os mesmos lugares públicos ou privados.

3. Diante disso, é impossível que o réu seja o pai biológico da autora.

DO DIREITO

O ordenamento jurídico brasileiro assegura o direito à verdade biológica, mas também protege o direito de defesa e a dignidade da pessoa humana, conforme previsto na CF/88, art. 5º, incisos V e X.

Ademais, o réu não pode ser compelido a realizar exame de DNA em situações onde não há qualquer indício ou prova mínima que justifique a alegação de paternidade, conforme entendimento consolidado na jurisprudência.

O CPC/2015, art. 373, inciso I, estabe"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de ação de reconhecimento de paternidade ajuizada por A. F. da S. em face de R. J. da S., sob os fundamentos de que o réu seria seu pai biológico. O réu apresentou contestação, defendendo a inexistência de qualquer vínculo biológico ou afetivo com a autora, requerendo, por conseguinte, a improcedência do pedido.

Dos Fatos

A autora alega ser filha biológica do réu, mas não apresentou indícios concretos que corroborem tal afirmativa. O réu, por sua vez, sustenta que:

  • O marido da mãe da autora a reconheceu como filha legítima, conforme consta na certidão de nascimento.
  • Jamais manteve qualquer relação, amorosa ou de convivência, com a mãe da autora.
  • Não há elementos que indiquem a existência de vínculo biológico entre ele e a autora.

Do Direito

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, incisos V e X, assegura a inviolabilidade da intimidade, vida privada e dignidade da pessoa humana. Além disso, o Código de Processo Civil de 2015, em seu artigo 373, inciso I, impõe à parte autora o ônus da prova dos fatos constitutivos do seu direito.

No presente caso, a autora não apresentou qualquer prova mínima que justifique a realização de exame de DNA para comprovação da paternidade. A jurisprudência pátria é clara ao vedar a imposição de tal exame quando não há elementos indiciários suficientes para sustentar a alegação de paternidade.

\"[...] Pedido de anulação da sentença de procedência da ação. Acolhimento. Homologação das provas produzidas. Inteligência do CPC, art. 382, § 2º. Sentença reformada. [...] Eventuais consequências da não exibição de parte dos documentos que tenham sido solicitados e não exibidos pela ré, não podem aqui ser pontuadas, de modo que somente na hipótese de eventual ação de conhecimento que vier a ser ajuizada, a apelada poderá questioná-las. [...]\"
TJSP (28ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Barretos - Rel.: Des. Eduardo Gesse - J. em 20/08/2024

Tal entendimento demonstra que o exame de DNA não pode ser utilizado como instrumento de prova sem que haja indícios mínimos que sustentem a alegação de paternidade.

Da Fundamentação

Com base no artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, que exige que todas as decisões judiciais sejam devidamente fundamentadas, entendo que a ausência de elementos probatórios apresentados pela autora inviabiliza o prosseguimento da demanda.

A dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF/88) e o direito à intimidade (art. 5º, X, da CF/88) do réu não podem ser violados em razão de alegações infundadas. Assim, a imposição de exame de DNA, sem qualquer indício que justifique tal medida, configuraria afronta aos princípios constitucionais mencionados.

Dispositivo

Ante o exposto, voto no sentido de:

  1. Julgar improcedente o pedido formulado na presente ação de reconhecimento de paternidade, reconhecendo a inexistência de vínculo biológico entre a autora e o réu.
  2. Dispensar o réu da realização de exame de DNA, diante da ausência de provas mínimas que justifiquem tal medida.
  3. Condenar a autora ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do artigo 85 do CPC/2015, fixados em 10% sobre o valor atualizado da causa.

Conclusão

Por fim, ressalto que a presente decisão está fundamentada na análise minuciosa dos fatos e do direito aplicável, em conformidade com o artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988. Reafirmo, assim, o compromisso deste juízo com a imparcialidade e a busca pela verdade real.

É como voto.

[Local], [Data]

Magistrado: [Nome do Magistrado]


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