Modelo de Contestação em Ação de Reintegração de Posse: Defesa de Posse Legítima e Impugnação de Alegações de Fraude

Publicado em: 22/07/2024 Civel
Contestação apresentada em ação de reintegração de posse, na qual a Ré, devidamente qualificada, refuta alegações de esbulho apresentadas pela Autora. O documento discute a ausência de posse legítima da Autora, fundamenta a legitimidade da posse da Ré com base em documentos probatórios e legislação aplicável (CPC/2015, art. 561 e CCB/2002, art. 1.196), e requer a improcedência da ação. Inclui pedidos de condenação da Autora ao pagamento de custas processuais, honorários advocatícios e a concessão de gratuidade de justiça à Ré.

CONTESTAÇÃO EM AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Processo nº: [inserir número do processo]

Nome da Ré: R. S. da S. [qualificação completa: estado civil, profissão, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência]

Nome da Autora: A. J. da S. [qualificação completa: estado civil, profissão, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência]

PREÂMBULO

R. S. da S., já devidamente qualificada nos autos da presente Ação de Reintegração de Posse movida por A. J. da S., vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, apresentar sua CONTESTAÇÃO, com fulcro no CPC/2015, art. 335 e seguintes, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

A Autora, A. J. da S., ajuizou a presente ação de reintegração de posse alegando ter sido esbulhada pela Ré, R. S. da S., no imóvel situado em [endereço completo]. Contudo, a Autora jamais exerceu posse sobre o referido imóvel, tendo manipulado, fraudado e simulado uma suposta posse que teria sido concedida por seu genitor, o qual, por sua vez, não entregou a posse à sua ex-esposa, ora Ré.

O imóvel em questão foi objeto de litígios anteriores envolvendo o ex-marido da Ré, que, antes de falecer, ocultou-se por longo tempo para não ser intimado em ações de despejo. A Ré, por sua vez, sempre exerceu a posse direta e legítima do imóvel, conforme demonstram os documentos probatórios já anexados aos autos.

Portanto, resta evidente que a Autora não possui qualquer direito sobre o imóvel, seja de propriedade, seja de posse, sendo a presente ação desprovida de fundamento jurídico e fático.

DO DIREITO

I - DA AUSÊNCIA DE POSSE DA AUTORA

Nos termos do CPC/2015, art. 561, para que seja concedida a reintegração de posse, é necessário que o autor comprove: (i) sua posse; (ii) o esbulho praticado pelo réu; (iii) a data do esbulho; e (iv) a perda da posse. No presente caso, a Autora não conseguiu demonstrar nenhum desses requisitos, especialmente a posse, que jamais exerceu.

Ademais, a posse alegada pela Autora é fruto de simulação e fraude, conforme demonstram os documentos juntados pela Ré, que comprovam sua propriedade e posse legítima do imóvel.

II - DA LEGITIMIDADE DA POSSE DA RÉ

A Ré, R. S. da S., exerce a posse direta e legítima do imóvel desde [data], conforme comprovam os documentos anexados aos autos, incluindo [descrever os documentos, como escritura, comprovantes de pagamento, etc.]. Tal posse foi exercida de forma contínua, pacífica e com ânimo de dono, nos termos do CCB/2002, art. 1.196.

Além disso, a Autora não apresentou qualquer prova de que tenha exercido posse sobre o imóvel em algum momento, limitando-se a alegações "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de ação de reintegração de posse ajuizada por A. J. da S., alegando ter sido esbulhada pela Ré, R. S. da S., em relação ao imóvel situado em [endereço completo]. A Autora afirma que exercia a posse do referido imóvel e que, mediante ato ilícito, foi privada dessa posse.

A Ré, em sua contestação, sustenta que a Autora jamais exerceu posse sobre o imóvel e que a presente ação carece dos requisitos legais, conforme o disposto no CPC/2015, art. 561. Ademais, alega que exerce posse contínua, pacífica e com ânimo de dono desde [data], anexando documentos comprobatórios aos autos.

II. Fundamentação

1. Da análise dos fatos

Conforme disposto nos autos, a Autora não conseguiu demonstrar, de maneira suficiente, os requisitos necessários para a procedência de uma ação de reintegração de posse, conforme preceitua o art. 561 do CPC/2015, que exige: (i) a posse da parte autora; (ii) o esbulho praticado pela parte ré; (iii) a data do esbulho; e (iv) a perda da posse.

A ausência de comprovação de posse por parte da Autora é um ponto central. Além disso, os documentos apresentados pela Ré demonstram que esta exerce posse legítima e contínua sobre o imóvel, conforme os princípios estabelecidos no CCB/2002, art. 1.196.

2. Da aplicação da legislação

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 93, IX, estabelece que "todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões". Nesse sentido, é dever do magistrado analisar os fatos apresentados à luz dos princípios constitucionais e legais.

A posse da Ré, demonstrada mediante documentos juntados aos autos, encontra respaldo no CCB/2002, art. 1.196, que a define como "o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade". Além disso, a ausência de elementos probatórios que demonstrem o alegado esbulho por parte da Ré torna a pretensão da Autora juridicamente insubsistente.

3. Da jurisprudência aplicável

A jurisprudência consolidada reforça que a ausência de comprovação dos requisitos do CPC/2015, art. 561, inviabiliza o pedido de reintegração de posse. Nesse sentido:

"Nos termos do CPC/2015, art. 561, é imprescindível que o autor demonstre os requisitos legais para a procedência da ação possessória. A ausência de comprovação de posse, esbulho ou perda da posse torna o pedido improcedente." (TJSP, Apelação Cível n° [inserir número], Rel. Des. [inserir nome], julgado em [data]).

III. Conclusão

Ante o exposto, com fundamento no art. 561 do CPC/2015 e art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto no sentido de julgar improcedente o pedido da Autora, A. J. da S., reconhecendo a posse legítima da Ré, R. S. da S., sobre o imóvel objeto da lide.

Condeno a parte Autora ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, fixados em [inserir percentual ou valor], nos termos do art. 85 do CPC/2015.

IV. Dispositivo

Em razão do exposto, voto por:

  1. Julgar improcedente a ação de reintegração de posse;
  2. Reconhecer a posse legítima da Ré, R. S. da S., sobre o imóvel descrito nos autos;
  3. Condenar a Autora ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

É como voto.

[Local], [Data]

Magistrado(a): [Nome do Magistrado]


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