Modelo de Contestação em Ação Declaratória de Filiação Socioafetiva de Maternidade e Paternidade
Publicado em: 02/12/2024 Processo Civil FamiliaContestação
Ação Declaratória de Filiação Socioafetiva de Maternidade Através de Litisconsórcio e de Paternidade “Post Mortem”
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de ____________.
Processo nº: ____________
Nome do Réu: A. J. dos S.
Nome do Autor: B. M. dos S.
A. J. dos S., já qualificado nos autos da presente ação, por intermédio de seu advogado constituído, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO à Ação Declaratória de Filiação Socioafetiva de Maternidade Através de Litisconsórcio e de Paternidade “Post Mortem”, proposta por B. M. dos S., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DOS FATOS
A presente ação foi ajuizada pelo autor com o objetivo de obter o reconhecimento de filiação socioafetiva de maternidade e paternidade “post mortem”, alegando que manteve relação de convivência e afeto com os pretensos genitores afetivos.
O autor sustenta que, desde tenra idade, conviveu com os falecidos, sendo tratado como filho e reconhecido publicamente como tal. Contudo, a narrativa apresentada carece de provas robustas e inequívocas que demonstrem a posse de estado de filho, elemento essencial para o reconhecimento da filiação socioafetiva.
Além disso, há resistência por parte dos herdeiros e do espólio, o que evidencia a controvérsia acerca da existência do vínculo alegado.
DO DIREITO
A filiação socioafetiva é reconhecida pelo ordenamento jurídico brasileiro como uma forma legítima de parentesco, conforme disposto no CCB/2002, art. 1.593, que estabelece que o parentesco pode ser natural ou civil, dependendo este último de outra origem, inclusive da socioafetividade.
No entanto, para que seja reconhecida a filiação socioafetiva, é imprescindível a comprovação da posse de estado de filho, caracterizada pela convivência pública, contínua e duradoura, com demonstração de afeto, tratamento como filho e reconhecimento social dessa condição.
No caso em tela, o autor não apresentou provas suficientes para demonstrar a posse de estado de filho em relação aos pretensos genitores afetivos, especialmente no que tange à convivência pública e ao reconhecimento social.
Ademais, a resistência apresentada "'>...