Modelo de Contrarrazões ao Agravo de Instrumento: Defesa de Decisão Judicial em Favor da Coisa Julgada e Separação dos Poderes

Publicado em: 11/05/2024 AdministrativoProcesso Civil
Este documento contém as contrarrazões ao agravo de instrumento interposto pela Fazenda Pública Municipal contra decisão de primeiro grau que privilegiou a coisa julgada, determinando o cumprimento imediato de sentença transitada em julgado. O agravado argumenta pela prevalência do título executivo judicial sobre o decreto municipal, fundamentando-se nos princípios constitucionais da coisa julgada, segurança jurídica e separação dos poderes. O documento apresenta jurisprudências relevantes, reafirma a impossibilidade de suspensão da liminar deferida e requer o desprovimento do recurso.

CONTRARRAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR RELATOR DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE [INSERIR ESTADO]

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

Agravante: Fazenda Pública Municipal

Agravado: [INSERIR NOME DO AGRAVADO]

Origem: [INSERIR VARA DE ORIGEM]

Assunto: Contrarrazões ao Agravo de Instrumento

PREÂMBULO

[INSERIR NOME DO AGRAVADO], já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas CONTRARRAZÕES AO AGRAVO DE INSTRUMENTO, interposto pela FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL, nos termos do CPC/2015, art. 1.019, II, requerendo o regular processamento e a posterior remessa ao Egrégio Tribunal de Justiça para julgamento.

DOS FATOS

Trata-se de agravo de instrumento interposto pela Fazenda Pública Municipal contra decisão proferida pelo juízo de primeiro grau que, em sede de execução de sentença, determinou que decreto municipal não pode se sobrepor a decisão judicial transitada em julgado.

A decisão agravada deferiu liminar em favor do agravado, reconhecendo a prevalência do título judicial transitado em julgado, em conformidade com os princípios da coisa julgada e da segurança jurídica, determinando o cumprimento imediato da obrigação pela Fazenda Pública Municipal.

Inconformada, a agravante interpôs o presente recurso, requerendo a suspensão da liminar deferida, sob o argumento de que o decreto municipal possui força normativa suficiente para afastar a decisão judicial.

DO DIREITO

A decisão agravada encontra-se em plena conformidade com o ordenamento jurídico, especialmente com os princípios constitucionais da coisa julgada e da separação dos poderes.

1. DA COISA JULGADA

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, XXXVI, dispõe que "a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada". A coisa julgada, portanto, é instituto que visa garantir a estabilidade das relações jurídicas, impedindo que decisões judiciais transitadas em julgado sejam desrespeitadas.

No caso em análise, há um título judicial transitado em julgado, cuja eficácia não pode ser afastada por ato administrativo, como um decreto municipal. A prevalência da coisa julgada sobre normas infraconstitucionais é pacífica na doutrina e jurisprudência, sendo inadmissível que a Fazenda Pública Municipal utilize de decreto para descumprir decisão judicial.

2. DA SEPARAÇÃO DOS PODERES

O princ�"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pela Fazenda Pública Municipal contra decisão proferida pelo Juízo de primeiro grau que, em sede de execução de sentença, determinou que decreto municipal não pode se sobrepor a decisão judicial transitada em julgado.

A decisão agravada deferiu liminar em favor do agravado, reconhecendo a prevalência do título judicial transitado em julgado, em conformidade com os princípios da coisa julgada e da segurança jurídica, determinando o cumprimento imediato da obrigação pela Fazenda Pública Municipal.

A agravante, inconformada, sustenta que o decreto municipal possui força normativa suficiente para afastar a decisão judicial e requer a suspensão da liminar concedida.

Voto

1. Da Coisa Julgada

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, inciso XXXVI, estabelece que "a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada". A coisa julgada tem por objetivo garantir a estabilidade das relações jurídicas, impedindo que decisões judiciais transitadas em julgado sejam desrespeitadas.

No caso em análise, há um título judicial transitado em julgado, cuja eficácia não pode ser afastada por ato administrativo, como um decreto municipal. Assim sendo, a prevalência da coisa julgada sobre normas infraconstitucionais é pacífica na jurisprudência e na doutrina, não sendo admissível a tentativa da Fazenda Pública Municipal de descumprir decisão judicial por meio de decreto.

2. Da Separação dos Poderes

O princípio da separação dos poderes, consagrado no art. 2º da Constituição Federal de 1988, assegura a independência e a harmonia entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A tentativa da agravante de sobrepor um decreto municipal a uma decisão judicial transitada em julgado viola flagrantemente esse princípio, subvertendo a autoridade das decisões judiciais e comprometendo a segurança jurídica.

3. Da Impossibilidade de Suspensão da Liminar

A suspensão da liminar deferida pelo juízo de primeiro grau não se justifica. A decisão agravada está fundamentada na supremacia da coisa julgada e na necessidade de cumprimento imediato do título executivo judicial. Além disso, a Fazenda Pública Municipal não demonstrou prejuízo irreparável ou de difícil reparação que pudesse justificar a suspensão da medida.

4. Fundamentação Constitucional

O voto está fundamentado no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige que todas as decisões do Poder Judiciário sejam devidamente fundamentadas. A análise dos fatos e do direito no presente caso demonstra que a decisão agravada está em plena consonância com os princípios constitucionais da coisa julgada (art. 5º, XXXVI) e da separação dos poderes (art. 2º).

Conclusão

Ante o exposto, voto pelo desprovimento do Agravo de Instrumento, mantendo-se integralmente a decisão agravada que determinou o cumprimento imediato da obrigação pela Fazenda Pública Municipal, em respeito à coisa julgada e aos princípios constitucionais aplicáveis.

Condeno a agravante ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do art. 85, §2º, do Código de Processo Civil de 2015.

É como voto.

Decisão

Acordam os Desembargadores da [INSERIR CÂMARA] do Tribunal de Justiça do Estado [INSERIR ESTADO], por unanimidade, em conhecer e negar provimento ao recurso interposto pela Fazenda Pública Municipal, nos termos do voto do Relator.

[LOCAL], [DATA].

____________________________
[NOME DO MAGISTRADO]
Relator


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