Modelo de Contrarrazões ao Recurso em Sentido Estrito - Tráfico de Drogas

Publicado em: 31/10/2024 Direito Penal Processo Penal
Modelo de contrarrazões ao recurso em sentido estrito interposto pelo Ministério Público contra decisão que relaxou a prisão em flagrante de acusado de tráfico de drogas, com fundamentos na inviolabilidade do domicílio e na ilegalidade da busca e apreensão sem mandado judicial.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DA ___ CÂMARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

Processo n.º: ___________

RECORRIDO: D.P.L.

RECORRENTE: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PERNAMBUCO

NOME COMPLETO DO ADVOGADO, OAB/UF n.º __________, com endereço eletrônico __________, advogado constituído do recorrido D.P.L., vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar CONTRARRAZÕES AO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, interposto pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PERNAMBUCO, nos autos da ação penal em epígrafe, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

I - DOS FATOS

Conforme consta no procedimento policial, no dia 04 de abril de 2024, na Rua Pedro Duca, n. 134, bairro Centro, Catende/PE, o recorrido D.P.L foi preso em flagrante pela suposta prática do crime tipificado na Lei 11.343/2006, art. 33 (tráfico de drogas).

Durante rondas realizadas por policiais militares, estes teriam recebido informações de populares acerca da prática de tráfico de drogas. Ao se dirigirem ao local indicado, localizaram o recorrido, encontrando em seu poder 04 pedras de crack e, em sua residência, mais 34 pedras de crack e 17 "big bigs" de maconha. Em seu interrogatório policial, o recorrido negou a traficância e afirmou não ter sido agredido durante a abordagem.

Em audiência de custódia, o Juízo do Polo de Audiências de Custódia de Palmares/PE relaxou a prisão em flagrante, sob o argumento de que houve violação dos preceitos constitucionais na busca pessoal e domiciliar realizada sem mandado judicial, em desacordo com os requisitos previstos na CF/88, art. 5º, XI e CPP, art. 244.

O Ministério Público, inconformado com a decisão que relaxou a prisão em flagrante, interpôs recurso em sentido estrito, buscando a reforma da decisão para que seja reconhecida a legalidade da prisão e decretada a segregação cautelar do recorrido.

II - DO MÉRITO

Colenda Câmara, com a devida vênia ao entendimento do parquet, a decisão que relaxou a prisão em flagrante do recorrido D.P.L. merece ser mantida, tendo em vista a manifesta ilegalidade da abordagem pol"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito e Defesas Oponíveis

O recorrido foi preso em flagrante no dia 04 de abril de 2024 pela suposta prática do crime de tráfico de drogas, conforme Lei 11.343/2006, art. 3333. A prisão ocorreu após policiais militares receberem informações de populares acerca de uma suposta atividade de tráfico. Durante a abordagem, os policiais encontraram 04 pedras de crack e, em seguida, localizaram 34 pedras de crack e 17 "big bigs" de maconha na residência do recorrido.

Em audiência de custódia, a prisão foi relaxada pelo juízo competente, ao fundamento de que a busca pessoal e domiciliar foram realizadas sem mandado judicial e sem a presença de fundadas suspeitas, em desrespeito ao CPP, art. 244 e a CF/88, art. 5º, XI, que assegura a inviolabilidade do domícilio.

As defesas oponíveis pelo parquet incluem a alegação de que a situação de flagrante justificaria o ingresso no domicílio sem mandado, considerando o crime permanente de tráfico de drogas. No entanto, a defesa do recorrido argumenta que a ausência de elementos mínimos que configurassem fundadas razões torna ilegal a busca e a apreensão realizadas, devendo ser mantida a decisão que relaxou a prisão.

Conceitos e Definições

  • Busca Pessoal: Procedimento realizado por agentes de segurança para verificar se a pessoa possui consigo objetos que constituam corpo de delito. Deve ser fundamentada por fundadas suspeitas.

  • Inviolabilidade do Domicílio: Direito fundamental garantido pela Constituição Federal que impede o ingresso de terceiros em residência sem consentimento, salvo exceções previstas em lei.

  • Flagrante Delito: Situação em que o agente é surpreendido enquanto comete ou acaba de cometer uma infração penal.

Considerações Finais

As contrarrazões ao recurso em sentido estrito visam manter a decisão de primeiro grau que reconheceu a ilegalidade da prisão em flagrante do recorrido, garantido-lhe o direito à liberdade. A atuação policial desrespeitou os limites constitucionais e legais, pois a busca pessoal e domiciliar foram realizadas sem elementos suficientes que justificassem a medida, em clara violação aos direitos fundamentais.



TÍTULO:
CONTRARRAZÕES AO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO CONTRA RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE POR TRÁFICO DE DROGAS


  1. Introdução

Nas presentes contrarrazões, busca-se a manutenção da decisão que relaxou a prisão em flagrante do acusado de tráfico de drogas, em razão da ilegalidade da busca e apreensão realizada sem o devido mandado judicial. A fundamentação centra-se no princípio da inviolabilidade do domicílio, garantido pela CF/88, art. 5º, XI, e na necessidade de observância estrita dos requisitos para a privação da liberdade de um cidadão. Dessa forma, defende-se a legalidade e adequação da decisão de relaxamento, tendo em vista a proteção dos direitos fundamentais.

A decisão de relaxamento da prisão em flagrante encontra respaldo na jurisprudência e doutrina que tratam da nulidade das provas obtidas de forma ilícita, especialmente quando há violação ao domicílio sem mandado judicial em casos que não configuram situações excepcionais. Argumenta-se, assim, que a manutenção do relaxamento é medida que respeita o devido processo legal e protege os direitos assegurados ao cidadão.

Legislação:

CF/88, art. 5º, XI. Estabelece a inviolabilidade do domicílio, salvo em caso de flagrante delito ou com ordem judicial.

CPP, art. 157. Dispõe sobre a inadmissibilidade das provas obtidas por meio ilícito.

Jurisprudência:

Inviolabilidade do Domicílio e Flagrante

Prova Ilícita no Processo Penal

Relaxamento de Prisão por Ilegalidade


  1. Contrarrazões

As contrarrazões ao recurso em sentido estrito interposto pelo Ministério Público demonstram a improcedência da pretensão de reforma da decisão que relaxou a prisão. Argumenta-se que a prisão em flagrante deve ser fundamentada na legalidade estrita e que, no caso, a ausência de um mandado judicial para a entrada no domicílio do acusado torna a prova obtida inadmissível. Tal medida assegura a inviolabilidade do lar, conforme garantido pela CF/88, art. 5º, XI, e pelo CPP, art. 157.

A defesa sustenta que a decisão que relaxou a prisão em flagrante foi correta e fundamentada, pois a entrada no domicílio do acusado sem autorização judicial ou circunstâncias justificáveis configura uma ilegalidade. Esse entendimento visa garantir a integridade dos direitos fundamentais e evitar o uso de provas obtidas por meios ilícitos, protegendo o devido processo legal.

Legislação:

CPP, art. 310. Dispõe sobre a análise da legalidade da prisão em flagrante pelo juiz.

CF/88, art. 5º, LVI. Proíbe a utilização de provas obtidas por meios ilícitos.

Jurisprudência:

Contrarrazões ao Recurso em Sentido Estrito

Ilegalidade em Busca no Domicílio

Proteção aos Direitos Fundamentais em Flagrante


  1. Recurso em Sentido Estrito

O recurso em sentido estrito interposto pelo Ministério Público visa reverter a decisão de relaxamento da prisão, argumentando que a prisão em flagrante do acusado de tráfico de drogas foi legítima. Contudo, tais alegações não se sustentam diante da ausência de mandado judicial para a busca no domicílio do acusado. Este recurso, portanto, não possui amparo legal, uma vez que desconsidera a proteção constitucional ao domicílio e a vedação de provas ilícitas.

A utilização do recurso em sentido estrito para contestar o relaxamento de prisão exige que sejam respeitados os direitos constitucionais do acusado, especialmente quanto à legalidade das provas. No presente caso, o recurso se mostra inadequado, pois a entrada no domicílio sem autorização judicial infringe a CF/88, art. 5º, XI, reforçando a necessidade de manutenção do relaxamento da prisão.

Legislação:

CPP, art. 581. Define os casos em que cabe recurso em sentido estrito.

CF/88, art. 5º, LVI. Refere-se à proibição de provas ilícitas no processo penal.

Jurisprudência:

Recurso em Sentido Estrito contra Relaxamento de Prisão

Prova Ilícita e Recurso Penal

Constitucionalidade do Domicílio sem Mandado


  1. Tráfico de Drogas

A acusação de tráfico de drogas não é suficiente, por si só, para justificar a entrada no domicílio sem autorização judicial. No presente caso, a presunção de flagrante não autoriza a violação do domicílio, sendo essencial o cumprimento dos requisitos legais para que a busca e apreensão sejam válidas. A simples suspeita de tráfico de drogas não autoriza a violação das garantias constitucionais do acusado.

Ainda que a situação envolva suspeitas de crimes graves, como o tráfico de drogas, a inviolabilidade do domicílio é um direito fundamental e deve ser resguardada. A ilegalidade da prova obtida de forma invasiva e sem mandado judicial compromete a validade do flagrante e justifica o relaxamento da prisão.

Legislação:

Lei 11.343/2006, art. 33. Define o crime de tráfico de drogas e suas penas.

CF/88, art. 5º, XI. Garante a inviolabilidade do domicílio, ressalvando casos de flagrante.

Jurisprudência:

Tráfico de Drogas e Domicílio sem Mandado

Prisão em Flagrante e Direitos no Tráfico

Mandado Judicial em Tráfico e Domicílio


  1. Inviolabilidade do Domicílio

O princípio da inviolabilidade do domicílio é uma das mais fortes garantias constitucionais, estabelecendo que a entrada em residência sem mandado judicial somente é permitida em casos excepcionais de flagrante. A decisão que relaxou a prisão em flagrante do acusado tem respaldo na necessidade de proteção à privacidade do lar e nos limites impostos à atuação estatal, que deve observar rigorosamente a legalidade.

Nesse sentido, qualquer prova obtida com violação do domicílio é nula e não pode subsidiar uma prisão em flagrante. A defesa do direito ao domicílio integra os princípios fundamentais do ordenamento jurídico, sendo essencial para a preservação das liberdades individuais contra ações abusivas.

Legislação:

CF/88, art. 5º, XI. Estabelece a inviolabilidade do domicílio e os requisitos para a entrada sem mandado.

CPP, art. 157. Determina a inadmissibilidade das provas ilícitas, como aquelas obtidas sem autorização judicial.

Jurisprudência:

Inviolabilidade do Domicílio sem Mandado

Prova Ilícita e Inviolabilidade do Domicílio

Entrada no Domicílio com Mandado e Flagrante


  1. Considerações Finais

Conclui-se que as contrarrazões ao recurso interposto pelo Ministério Público têm fundamento na preservação dos direitos constitucionais do acusado. A decisão que relaxou a prisão em flagrante com base na ilegalidade da busca e apreensão realizada sem mandado judicial deve ser mantida, pois respeita o princípio da inviolabilidade do domicílio e protege o devido processo legal.

A violação das garantias fundamentais, como o direito à privacidade e à legalidade das provas, invalida a prisão em flagrante e exige o reconhecimento da ilegalidade das provas. Assim, a manutenção do relaxamento da prisão é medida que visa assegurar a justiça e a efetiva proteção aos direitos individuais do acusado.

Legislação:

CF/88, art. 5º, LVI. Determina a inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos.

CPP, art. 310. Determina a análise da prisão em flagrante pelo juiz quanto à sua legalidade.

Jurisprudência:

Considerações Finais sobre Relaxamento de Prisão

Manutenção dos Direitos Individuais na Prisão

Ilegalidade das Provas em Prisões de Flagrante


 


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