Modelo de Contrarrazões ao Recurso Especial Interposto pelo INSS sobre Cumulação de Benefícios Previdenciários e Aplicação de Prazo Decadencial

Publicado em: 24/01/2025 Processo Civil Direito Previdenciário
Documento de contrarrazões ao recurso especial apresentado pelo INSS em processo envolvendo a cessação de benefício previdenciário por alegação de cumulação indevida. As contrarrazões defendem a aplicação do prazo decadencial de 10 anos previsto no art. 103-A da Lei nº 8.213/91, reforçando a segurança jurídica e a estabilidade das relações jurídicas, com base em doutrina e jurisprudência consolidada. Inclui pedidos de não conhecimento ou desprovimento do recurso e condenação ao pagamento de honorários advocatícios.

CONTRARRAZÕES AO RECURSO ESPECIAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Processo nº 1055822-73.2020.4.01.3400
Apelante: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
Apelada: M. O. de B. B.

M. O. de B. B., já qualificada nos autos, por meio de seus procuradores, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas CONTRARRAZÕES AO RECURSO ESPECIAL interposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, com fundamento no art. 1.030, §2º, do CPC/2015, requerendo o encaminhamento das presentes contrarrazões ao Superior Tribunal de Justiça.

PREÂMBULO

Egrégio Superior Tribunal de Justiça, as razões do recurso especial interposto pelo INSS não merecem prosperar, conforme se demonstrará a seguir.

DOS FATOS

A presente demanda versa sobre o restabelecimento de pensão por morte, concedida à recorrida em 11/12/1987, em razão do falecimento de seu primeiro cônjuge, pelo programa FUNRURAL, e outra pensão concedida em 27/06/2006, em virtude do falecimento de seu segundo cônjuge. O INSS, ora recorrente, cessou o benefício sob a alegação de cumulação indevida de benefícios previdenciários incompatíveis.

Em primeira e segunda instâncias, foi reconhecida a aplicação do prazo decadencial previsto no art. 103-A da Lei nº 8.213/91, anulando-se o ato administrativo de cessação do benefício. O INSS, inconformado, interpôs recurso especial, alegando a inaplicabilidade do prazo decadencial em razão da supremacia do interesse público, com fundamento no art. 2º da Lei nº 9.784/99.

DO DIREITO

O recurso especial interposto pelo INSS não merece provimento, uma vez que o acórdão recorrido está em conformidade com a legislação vigente e com a jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça.

O art. 103-A da Lei nº 8.213/91 estabelece expressamente o prazo decadencial de 10 anos para a revisão de atos administrativos que concedem benefícios previdenciários. Tal dispositivo visa garantir a segurança jurídica e a estabilidade das relações jurídicas, princípios fundamentais do ordenamento jurídico brasileiro.

A tese do INSS de que o prazo decadencial não se aplica em razão da supremacia do interesse público não encontra respaldo legal. O art. 2º da Lei nº 9.784/99, invocado pelo recorrente, não tem o condão de afastar a aplicação do prazo decadencial, que é norma específica e prevalente no caso em tela.

Ademais, a cumulação de benefícios previdenciários pela recorrida foi concedida de forma legítima, com base nas regras vigentes à época, não havendo qualquer irregularidade que justifique a revisão ou cessação dos benefí"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Dos Fatos

A presente demanda trata de questionamento acerca da cessação de benefício previdenciário referente à pensão por morte, anteriormente concedida à recorrida, sob alegação do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS de cumulação indevida de benefícios previdenciários. Após decisão favorável à recorrida em primeira e segunda instâncias, o INSS interpôs recurso especial, alegando a inaplicabilidade do prazo decadencial previsto no art. 103-A da Lei nº 8.213/91, com base na supremacia do interesse público, conforme disposto no art. 2º da Lei nº 9.784/99.

Da Fundamentação

A controvérsia posta nos autos gira em torno da aplicação do prazo decadencial de 10 anos, previsto no art. 103-A da Lei nº 8.213/91, para a revisão de atos administrativos que concedem benefícios previdenciários.

O referido dispositivo legal tem como objetivo resguardar a segurança jurídica e a estabilidade das relações entre Administração Pública e administrados, limitando o poder de autotutela da Administração após o decurso de determinado prazo.

A tese sustentada pelo INSS, de inaplicabilidade do prazo decadencial em nome da supremacia do interesse público, não encontra amparo no ordenamento jurídico. Isso porque o art. 103-A da Lei nº 8.213/91 é norma específica e prevalece sobre disposições genéricas, como o art. 2º da Lei nº 9.784/99. Ademais, conforme amplamente reconhecido pela doutrina e jurisprudência, a decadência administrativa é um instituto que visa garantir a previsibilidade e a estabilidade das relações jurídicas, sendo inadmissível sua relativização em hipóteses como a dos autos.

Nesse sentido, destaco o entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça no julgamento do Recurso Especial nº Acórdão/STJ:

\"O prazo decadencial para a revisão de atos administrativos que concedem benefícios previdenciários é de 10 anos, conforme previsto no art. 103-A da Lei nº 8.213/91.\"

Ressalto, ainda, que a cumulação de benefícios previdenciários concedidos à recorrida foi realizada de forma legítima, em conformidade com as regras vigentes à época, não havendo qualquer irregularidade que justifique a revisão ou cessação do benefício após o decurso do prazo decadencial.

Conclusão

Diante do exposto, reconheço a validade do acórdão recorrido e a conformidade de sua decisão com a legislação e a jurisprudência aplicáveis. Assim, voto:

  1. Pelo conhecimento do recurso especial interposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS;
  2. Para, no mérito, negar-lhe provimento, mantendo o acórdão recorrido em sua integralidade;
  3. Pela condenação do recorrente ao pagamento de honorários advocatícios, nos termos do art. 85, §11, do CPC/2015.

É como voto.

Termos Finais

Sala de Sessões, em [data].

___________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito

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