Modelo de Contrarrazões ao Recurso Inominado em Ação de Intermediação Imobiliária com Pedido de Reconhecimento de Ilegitimidade Passiva e Ausência de Litigância de Má-Fé
Publicado em: 24/05/2024 CivelEXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]
Processo nº: [Número do Processo]
Recorrente: A. J. dos S.
Recorrido: T. R. de F. e A. J. dos S.
CONTRARRAZÕES AO RECURSO INOMINADO
Por intermédio de seu advogado, devidamente constituído nos autos, o Recorrido, com fundamento no art. 42 da Lei nº 9.099/95, vem, respeitosamente, apresentar suas CONTRARRAZÕES AO RECURSO INOMINADO, requerendo o encaminhamento dos autos à Turma Recursal para apreciação e julgamento.
PREÂMBULO
Excelentíssimos Senhores Juízes, o presente recurso interposto pelo Recorrente não merece prosperar, haja vista que a sentença de primeiro grau foi proferida com base em elementos sólidos de prova e em conformidade com o ordenamento jurídico vigente. Assim, requer-se a manutenção integral da sentença, pelos fundamentos que seguem.
I. DOS FATOS
Trata-se de ação na qual o Autor, ora Recorrente, afirma ser corretor de imóveis e que intermediou a promessa de compra e venda de um imóvel pertencente aos Réus, ora Recorridos. Alega que foi ajustada comissão de corretagem a ser paga em três parcelas de R$ 22.000,00 cada, sendo emitidas três notas promissórias. Contudo, afirma que apenas duas parcelas foram quitadas, restando a última.
Os Recorridos, em contestação, demonstraram que a promessa de compra e venda foi anulada devido à imperícia do Autor, que deixou de observar gravames existentes no imóvel, inviabilizando a segurança jurídica da transação. Além disso, foi arguida a ilegitimidade passiva da Ré Társila, pois a nota promissória foi emitida exclusivamente pelo Réu Aldo.
A sentença reconheceu a intermediação do Autor, mas entendeu que ele não falhou na prestação do serviço, condenando os Recorridos ao pagamento de R$ 22.000,00, rejeitando o pedido contraposto e aplicando-lhes a pena de litigância de má-fé.
II. DO DIREITO
A) DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA RÉ TÁRSILA
Conforme dispõe o art. 54, IV, do Decreto nº 2.044/08, a nota promissória deve conter a assinatura do sacador. No caso, a nota promissória objeto da ação foi assinada apenas pelo Réu Aldo, não havendo qualquer menção à Ré Társila. Assim, é evidente sua ilegitimidade passiva, devendo o processo ser extinto sem resolução de mérito em relação a ela, nos termos do CPC/2015, art. 485, VI.
B) DA IMPERÍCIA DO AUTOR E DA ANULAÇÃO DO NEGÓCIO
O Autor, na qualidade de corretor, tinha o dever de diligência e de prestar informa"'>...