Modelo de Contrarrazões de Apelação

Publicado em: 15/05/2024 Constitucional Direito Penal Processo Penal
Petição de contrarrazões de apelação onde o Ministério Público apelou com o fundamento de que a decisão do julgamento perante o tribunal do júri foi manifestamente contrária às provas dos autos.

Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de [Estado]

Processo nº: [Número do Processo]

Apelante: Ministério Público

Apelada: [Nome da Ré], [Nacionalidade], [Estado Civil], [Profissão], portadora do RG nº [número] e CPF nº [número], residente e domiciliada na [Endereço da Ré].

Vara de Origem: [Vara de Origem]

CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO

[Nome da Ré], já qualificada nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO, em face do recurso interposto pelo Ministério Público, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

I. DO RESUMO DOS FATOS

O Ministério Público apelou da decisão do Tribunal do Júri, alegando que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária às provas dos autos. Na fase inquisitorial, a ré confessou que teria mandado matar a amante de seu esposo. Contudo, durante a instrução processual, a ré negou veementemente a contratação de qualquer pessoa para cometer o homicídio.

II. DO DIREITO

Fundamento Legal e Constitucional

O CPP, art. 593, III, do Código de Processo Penal dispõe que caberá apelação das decisões do Tribunal do Júri quando a decisão dos jurados for manifestamente contrária à prova dos autos. No entanto, a soberania dos veredictos do Tribunal do Júri está garantida pela CF/88, art. 5º, XXXVIII,  "c", da Constituição Federal.

Argumentação Jurídica

1. Soberania dos Veredictos do Tribunal do Júri

O princípio da soberania dos veredictos do Tribunal do Júri deve ser respeitado. Os jurados, representantes diretos da sociedade, analisaram as provas apresent"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
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Narrativa de Fato e Direito

A narrativa dos fatos aborda a apelação interposta pelo Ministério Público contra a decisão do Tribunal do Júri, que absolveu a ré. A contrarrazão fundamenta-se na soberania dos veredictos, na ausência de provas conclusivas e na contradição entre a confissão extrajudicial e a negativa durante a instrução processual. A defesa argumenta que a decisão dos jurados deve ser mantida, respeitando-se os princípios constitucionais e processuais.

Conceitos e Definições

Contrarrazões de Apelação: Peça processual apresentada pela parte apelada em resposta ao recurso de apelação interposto pela parte adversa, visando defender a manutenção da decisão recorrida.

Tribunal do Júri: Órgão do Poder Judiciário competente para julgar crimes dolosos contra a vida, composto por um juiz de direito e jurados leigos, representantes da sociedade.

Confissão Extrajudicial: Declaração feita pelo acusado fora do âmbito judicial, durante a fase inquisitorial, que deve ser corroborada por outras provas para ter valor probatório.

Considerações Finais

As contrarrazões de apelação visam garantir a manutenção da decisão do Tribunal do Júri, que absolveu a ré com base na análise das provas apresentadas durante o julgamento. A soberania dos veredictos dos jurados deve ser respeitada, conforme previsto na Constituição Federal, e a confissão extrajudicial, sem a devida corroboração, não pode fundamentar uma condenação. A defesa dos direitos da ré é essencial para assegurar a justiça e a equidade processual.

 

O Tribunal do Júri, no Brasil, é um órgão judicial previsto na Constituição Federal de 1988, destinado ao julgamento de crimes dolosos contra a vida, tais como homicídio, infanticídio, aborto e instigação ao suicídio. Abaixo estão os principais fundamentos legais que regem o Tribunal do Júri:

1. Constituição Federal de 1988

A Constituição Federal assegura a instituição do Tribunal do Júri, estabelecendo seus princípios e garantias:

  • CF/88, art. 5º, inciso XXXVIII: "É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
    • a) a plenitude de defesa;
    • b) o sigilo das votações;
    • c) a soberania dos veredictos;
    • d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;"

2. Código de Processo Penal ( Decreto-Lei 3.689/1941)

O Código de Processo Penal (CPP) regulamenta o funcionamento do Tribunal do Júri, detalhando o procedimento desde a denúncia até o julgamento final:

  • CPP, art. 406 a CPP, art. 497: Esses artigos disciplinam o procedimento do júri, que se divide em duas fases: a instrução preliminar (primeira fase) e o julgamento em plenário (segunda fase).

3. Legislação Complementar

  • Lei 11.689/2008: Esta lei trouxe significativas alterações ao procedimento do Tribunal do Júri, visando torná-lo mais célere e eficiente.
  • Lei 13.964/2019 (Pacote Anticrime): Introduziu modificações no processo penal, incluindo disposições que afetam o Tribunal do Júri, como mudanças nas regras de competência e nos procedimentos para a realização do júri.

4. Princípios Fundamentais

Os princípios que norteiam o Tribunal do Júri são essenciais para garantir a justiça e a imparcialidade dos julgamentos:

  • Princípio da Plenitude de Defesa: Assegura ao acusado o direito de se defender amplamente, utilizando todos os meios legais disponíveis.
  • Princípio do Sigilo das Votações: Garante que a votação dos jurados seja secreta, protegendo-os de pressões externas.
  • Princípio da Soberania dos Veredictos: As decisões dos jurados não podem ser alteradas por juízes ou tribunais superiores.
  • Princípio da Competência para Julgar Crimes Dolosos Contra a Vida: O Tribunal do Júri é competente exclusivamente para julgar crimes dolosos contra a vida.

5. Procedimento do Tribunal do Júri

O procedimento do Tribunal do Júri é dividido em duas fases:

  • Primeira Fase (Judicium Accusationis): Fase de instrução preliminar, onde o juiz verifica a admissibilidade da acusação e decide se o caso deve ir a julgamento pelo júri. Nessa fase, ocorre a audiência de instrução e julgamento, onde são colhidas provas e ouvidas testemunhas.
  • Segunda Fase (Judicium Causae): Fase do julgamento em plenário, onde os jurados (cidadãos convocados) decidem sobre a culpa ou inocência do réu. O julgamento é presidido por um juiz togado, e os jurados votam de forma secreta sobre os quesitos apresentados.

Esses fundamentos legais e princípios garantem que o Tribunal do Júri funcione de maneira justa e imparcial, respeitando os direitos dos acusados e promovendo a justiça penal.


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