Modelo de Apelação Criminal: Pedido de Anulação de Julgamento do Tribunal do Júri por Nulidades Processuais e Revisão de Dosimetria
Publicado em: 13/02/2025 Direito Penal Processo PenalAPELAÇÃO CRIMINAL
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara do Tribunal do Júri da Comarca de __________.
Processo nº: __________
Apelante: R. S. de A.
Apelado: Ministério Público
R. S. de A., já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPP, art. 593, III, interpor a presente APELAÇÃO CRIMINAL, em face da sentença condenatória proferida pelo Egrégio Tribunal do Júri, requerendo que seja recebida e remetida ao Tribunal de Justiça do Estado de __________, para apreciação.
Termos em que pede deferimento.
Local e data.
___________________________
Advogado/OAB nº __________
DOS FATOS
O apelante foi condenado pelo Tribunal do Júri como incurso no crime de homicídio simples, com base no CP, art. 121, caput. Durante a dosimetria da pena, o magistrado reconheceu a primariedade do réu, mas negou a aplicação da atenuante prevista no CP, art. 65, I, por ser menor de 21 anos à época dos fatos, além de justificar a negativa com base na gravidade da conduta.
Durante os debates entre acusação e defesa, surgiram dúvidas sobre a causa mortis da vítima. O laudo de exame de necropsia constatou fraturas em todos os ossos do crânio e da face, com perda de elementos e massa encefálica. As testemunhas de acusação alegaram ter visto o réu desferir duas pauladas na cabeça da vítima. Contudo, o esquema de lesões indicava uma única ferida, e o perito esclareceu que a causa mortis foi decorrente de ação contundente, afastando a possibilidade de uso de instrumentos como pau, pedra, arma branca ou arma de fogo.
O magistrado, ao proferir a sentença de pronúncia, utilizou trecho do depoimento da testemunha L. S., que não havia sido submetido ao contraditório judicial, prejudicando a ampla defesa do acusado. A defesa interpôs recurso em sentido estrito (RESE) alegando excesso de linguagem, mas não obteve êxito na reforma da sentença. O Ministério Público utilizou o depoimento contaminado para fundamentar sua tese, influenciando o convencimento dos jurados.
DO DIREITO
Inicialmente, é imperioso destacar que a sentença de pronúncia deve respeitar os princípios do contraditório e da ampla defesa, previstos no CF/88, art. 5º, LV. A utilização de depoimento que não passou pelo crivo do contraditório viola frontalmente esses princípios, configurando nulidade absoluta.
Ademais, o reconhecimento da primariedade do réu e sua condição de menor de 21 anos à época dos fatos impõe a aplicação da atenuante prevista no Para ter acesso a íntegra dessa peça processual Adquira um dos planos de acesso do site, ou caso você já esteja cadastrado ou já adquiriu seu plano clique em entrar no topo da pagina: