Modelo de Defesa Administrativa no PROCON: Contestação sobre Prestação de Serviço de Usina Fotovoltaica com Fundamentação no Código de Defesa do Consumidor

Publicado em: 18/06/2024 Consumidor
Defesa administrativa apresentada pela empresa prestadora de serviço de instalação de usina fotovoltaica perante o PROCON, em razão de reclamação do consumidor sobre erro técnico no cabeamento. O documento aborda os fatos relacionados ao contrato firmado, a geração de energia pela usina instalada, a inadimplência da última parcela contratual pelo consumidor e a ausência de comprovação de lucros cessantes. Baseia-se no Código de Defesa do Consumidor (CDC) e no Código de Processo Civil (CPC), destacando o compromisso da empresa em corrigir o defeito e requerendo o cumprimento das obrigações contratuais por parte do consumidor.

DEFESA ADMINISTRATIVA NO PROCON

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO - USINA FOTOVOLTAICA

PREÂMBULO

À Ilustríssima Autoridade do PROCON,

A empresa **[NOME DA EMPRESA RÉ]**, inscrita no CNPJ sob o nº **[CNPJ DA EMPRESA RÉ]**, com sede na **[ENDEREÇO COMPLETO]**, vem, respeitosamente, apresentar sua DEFESA ADMINISTRATIVA, nos autos do processo administrativo nº **[NÚMERO DO PROCESSO]**, com base nos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

A Reclamante, **[NOME DA RECLAMANTE]**, contratou a Ré para a construção de uma usina fotovoltaica, conforme contrato firmado em **[DATA DO CONTRATO]**, com previsão de pagamento parcelado. O contrato previa que a última parcela seria quitada tão logo a CEMIG realizasse a ligação da usina à rede elétrica, o que ocorreu em outubro de 2023.

Após a instalação, foi constatado um erro técnico no cabeamento utilizado, que estava subdimensionado. A Ré reconheceu o equívoco e prontificou-se a corrigir o defeito imediatamente. Contudo, a Reclamante recusou-se a adimplir a última parcela do contrato, alegando o defeito e pleiteando lucros cessantes.

Desde a ligação da usina à rede elétrica, em outubro de 2023, a unidade consumidora tem gerado energia normalmente. No entanto, a ausência do pagamento da última parcela tem dificultado a substituição do cabeamento pela Ré, que depende desses recursos para realizar a correção.

DO DIREITO

A relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), que estabelece os direitos e deveres de consumidores e fornecedores. A Ré reconhece o erro técnico e reafirma seu compromisso em corrigir o defeito no cabeamento, conforme o disposto no CDC, art. 20, que prevê a reparação de vícios de qualidade nos serviços prestados.

Contudo, a Reclamante não pode se eximir de cumprir sua obrigação contratual, especialmente considerando que a usina fotovoltaica está em pleno funcionamento desde outubro de 2023, gerando energia para a unidade consumidora. O inadimplemento da última parcela configura descumprimento contratual por parte da Reclamante, prejudicando a execução da correção pela Ré.

Ademais, o pleito de lucros cessantes é descabido, pois não há comprovação de prejuízos efetivos decorrentes do defeito no cabeamento. A usina está operando normalmente, e a Reclamante não demonstrou qualquer impacto financeiro concreto que justifique t"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de processo administrativo instaurado no âmbito do PROCON, em que a Reclamante [NOME DA RECLAMANTE] pleiteia a condenação da Ré, [NOME DA EMPRESA RÉ], em razão de defeitos técnicos identificados na instalação de uma usina fotovoltaica. O pedido inicial inclui o pagamento de lucros cessantes e o reconhecimento de responsabilidade da Ré. A Ré, por sua vez, requer o adimplemento da última parcela do contrato como condição para a substituição do cabeamento identificado como subdimensionado, além de negar os lucros cessantes.

Voto do Magistrado

1. Dos Fatos

De acordo com os autos, a Reclamante firmou contrato com a Ré para a instalação de uma usina fotovoltaica, cuja entrega foi concluída em outubro de 2023. Após a ativação da usina, constatou-se que o cabeamento utilizado estava subdimensionado, o que foi reconhecido pela Ré, que prontificou-se a corrigir o defeito. Contudo, a Reclamante recusou-se a adimplir a última parcela contratual, pleiteando lucros cessantes em razão do alegado defeito.

É inquestionável que a usina está em pleno funcionamento desde sua ligação à rede elétrica, conforme informações apresentadas. Todavia, a ausência do pagamento pela Reclamante impossibilita a Ré de efetuar a substituição do cabeamento, o que configura um entrave à resolução do problema.

2. Do Direito

O caso em análise é regido pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), que protege o consumidor e determina a reparação de vícios de qualidade nos serviços prestados, conforme o art. 20 do CDC. Contudo, o artigo 476 do Código Civil estabelece que "nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro". Assim, a Reclamante não pode condicionar o cumprimento de sua obrigação ao suposto vício técnico, especialmente quando a Ré já manifestou disposição para sanar o problema.

Quanto ao pedido de lucros cessantes, a Reclamante não apresentou provas efetivas de prejuízos financeiros decorrentes do defeito. Nos termos do art. 373, I, do CPC/2015, cabe à parte autora comprovar os fatos constitutivos de seu direito, o que não foi observado no presente caso. Ademais, a usina encontra-se em plena operação, gerando energia normalmente, o que afasta a tese de prejuízo econômico significativo.

3. Da Jurisprudência

Os tribunais pátrios têm decidido reiteradamente que a demonstração de prejuízo efetivo é condição essencial para a concessão de indenizações por lucros cessantes. Além disso, em contratos de consumo, a boa-fé é princípio que deve ser observado por ambas as partes, exigindo-se o cumprimento das obrigações contratuais. A título ilustrativo, destaco:

  • TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Para caracterizar a responsabilidade da ré, concessionária de serviço público, pelo evento danoso, ainda que na modalidade objetiva, imprescindível é a comprovação do nexo de causalidade entre a prestação de serviços e os danos causados."
  • TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP: "A relação de consumo não implica o reconhecimento automático do direito postulado na inicial. Inversão do ônus da prova que somente é cabível no caso de ser verossímil a alegação do consumidor."

4. Conclusão

Diante do exposto, entendo que a Reclamante não provou os prejuízos alegados, tampouco demonstrou a existência de lucros cessantes. Por outro lado, a Ré agiu em conformidade com o Código de Defesa do Consumidor ao dispor-se a corrigir o defeito técnico identificado. No entanto, tal reparação depende do cumprimento da obrigação contratual por parte da Reclamante.

Decisão

Com base na análise hermenêutica entre os fatos e o direito, voto por conhecer o recurso interposto pela Ré e dar-lhe provimento, nos seguintes termos:

  1. Determinar que a Reclamante adimple a última parcela do contrato no prazo de 10 (dez) dias;
  2. Reconhecer o compromisso da Ré de corrigir o defeito no cabeamento da usina fotovoltaica no prazo de 30 (trinta) dias após o pagamento da última parcela;
  3. Julgar improcedente o pedido de lucros cessantes, por ausência de comprovação de prejuízo efetivo;
  4. Arquivar o processo administrativo, com a consequente extinção de quaisquer penalidades à Ré.

É como voto.

[NOME DO MAGISTRADO]


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