Modelo de Contestação com Reconvenção: Defesa contra Ação de Indenização e Pedido Contraposto de Danos Morais
Publicado em: 08/10/2024 Direito Penal Processo PenalCONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE ÁUREA – RS
1. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
S. F., brasileira, solteira, do lar, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, Áurea/RS, CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado infra-assinado, com escritório profissional situado na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, Cidade/UF, onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua
CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO
à ação de indenização por danos morais movida por M. F. e A. R., já qualificados nos autos, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
2. SÍNTESE DOS FATOS
A parte autora ajuizou a presente demanda alegando que a ré teria cometido o crime de difamação ao divulgar, por meio da internet, informações supostamente inverídicas sobre a vida pessoal de M. F., notadamente quanto à sua união estável com A. R. e à existência de um filho comum, bem como ao recebimento indevido de benefício governamental.
Ocorre que as informações divulgadas por S. F. são verídicas e baseadas em documentos e denúncias formais realizadas desde o ano de 2021 junto às autoridades competentes, sem que qualquer providência tenha sido tomada. Exauridas as vias administrativas, a ré recorreu às redes sociais para dar publicidade a um fato de interesse público, especialmente por envolver possível fraude contra a Administração Pública.
Além disso, a autora e seu companheiro, A. R., passaram a praticar reiteradas ofensas contra a ré e sua filha, G. C., proferindo xingamentos como “puta”, “vadia”, “vagabunda” e “maconheira”, inclusive imputando falsamente a posse de entorpecentes, o que configura grave violação à honra e imagem da ré e de sua filha.
3. PRELIMINARES
Inexistência de ato ilícito – ausência de pressuposto da responsabilidade civil
Nos termos do CCB/2002, art. 186, para que haja obrigação de indenizar, é necessário que o agente pratique ato ilícito, com culpa ou dolo, que cause dano a outrem. No presente caso, a ré apenas exerceu seu direito constitucional de liberdade de expressão e de denúncia de irregularidades, não havendo qualquer conduta ilícita a ensejar reparação.
4. DO MÉRITO
As alegações da parte autora não merecem prosperar. A ré apenas divulgou informações verídicas, de interesse público, após reiteradas tentativas frustradas de ver o caso apurado pelas autoridades competentes. A autora, ao invés de comprovar a falsidade das informações, intenta calar a ré por meio de ação judicial infundada.
Ademais, a conduta da autora e de seu companheiro extrapola qualquer limite do razoável, ao ofenderem a ré e sua filha com palavras de baixo calão, em via pública, e imputarem falsamente a prática de crime, o que configura, por sua vez, ato ilícito passível de indenização por danos morais.
5. DO DIREITO
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