Modelo de Defesa em Medidas Protetivas de Urgência no Âmbito da Lei Maria da Penha com Fundamentação Jurídica e Pedido de Revogação
Publicado em: 12/02/2025 Constitucional Advogado Direito Penal Processo PenalDEFESA EM MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
LEI MARIA DA PENHA
PREÂMBULO
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da ___ Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de __________.
Processo nº: __________
Requerido: C. E. da S.
Requerente: M. F. de S. L.
C. E. da S., brasileiro, estado civil __________, profissão __________, portador do CPF nº __________, residente e domiciliado na __________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua DEFESA no âmbito das medidas protetivas de urgência deferidas em favor de M. F. de S. L., com fundamento nos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
DOS FATOS
Trata-se de medidas protetivas de urgência deferidas com base na Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), em razão de alegações de violência doméstica e familiar supostamente praticadas pelo Requerido contra a Requerente. Contudo, o Requerido nega veementemente as acusações, afirmando que os fatos narrados pela Requerente não correspondem à realidade.
Importante destacar que as medidas protetivas foram concedidas em caráter liminar, sem a oitiva prévia do Requerido, o que, embora permitido pela legislação, exige posterior contraditório para assegurar a ampla defesa, conforme previsto na CF/88, art. 5º, LV.
DO DIREITO
Inicialmente, cumpre destacar que as medidas protetivas de urgência possuem natureza jurídica de tutela provisória cautelar, conforme entendimento consolidado pelo STJ. Tais medidas são concedidas em caráter precário e visam proteger a integridade física e psíquica da vítima, conforme disposto na Lei 11.340/2006, art. 22, I, II e III.
Entretanto, para a manutenção dessas medidas, é imprescindível a demonstração de elementos concretos que indiquem a existência de situação de risco atual ou iminente. No caso em tela, não há elementos suficientes que justifiquem a manutenção das medidas protetivas impostas, uma vez que não foi comprovada a existência de perigo real à integridade da Requerente.
Ademais, a decisão judicial que impõe ou mantém medidas protetivas deve observar a cláusula rebus sic stantibus, ou seja, deve ser fundamentada na análise do contexto fático e jurídico vigente, conforme previsto na Lei 11.340/2006, art. 19, §§ 5º e 6º, e corroborado pela jurisprudência.
Por fim, destaca-se que o contraditório e a ampla defesa são princípios constitucionais basil"'>...