Modelo de Defesa em Pedido de Conversão de Pena Restritiva de Direitos em Privativa de Liberdade com Base no Art. 44, §4º do Código Penal

Publicado em: 05/09/2024 Processo Civil Direito Penal Processo Penal
Petição apresentada à Vara de Execuções Penais para contestar o pedido de conversão de pena restritiva de direitos em pena privativa de liberdade, com fundamento no artigo 44, §4º, do Código Penal. O documento argumenta que o descumprimento das condições impostas não foi injustificado, respaldando-se nos princípios constitucionais da proporcionalidade e individualização da pena, além de jurisprudências favoráveis. A peça requer o indeferimento do pedido do Ministério Público e, subsidiariamente, a aplicação de medida menos gravosa.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DA COMARCA [INSERIR COMARCA]

Processo nº [INSERIR NÚMERO]

[NOME DO REQUERENTE], já qualificado nos autos da execução penal em epígrafe, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional indicado no rodapé desta peça, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua

DEFESA EM PEDIDO DE CONVERSÃO DE PENA RESTRITIVA DE DIREITOS EM PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE

nos termos do artigo 44, §4º, do Código Penal (CP), pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

DOS FATOS

O Requerente foi condenado à pena restritiva de direitos, consistente em [DESCREVER A PENA RESTRITIVA DE DIREITOS IMPOSTA], em razão de sentença condenatória transitada em julgado. Contudo, em razão de alegado descumprimento da pena alternativa, o Ministério Público requereu a conversão da pena restritiva de direitos em pena privativa de liberdade, nos termos do CP, art. 44, §4º.

Ocorre que o Requerente não descumpriu injustificadamente as condições impostas, conforme será demonstrado a seguir, razão pela qual não há que se falar em conversão da pena restritiva de direitos.

DO DIREITO

Nos termos do CP, art. 44, §4º, a conversão de pena restritiva de direitos em privativa de liberdade somente é possível em caso de descumprimento injustificado das condições impostas. Assim, é imprescindível que o descumprimento seja analisado sob a ótica da razoabilidade e da proporcionalidade, considerando as circunstâncias concretas do caso.

Ademais, a jurisprudência é pacífica no sentido de que a conversão da pena deve ser medida excepcional, aplicável apenas quando não houver justificativa plausível para o descumprimento. Nesse sentido, o Tribunal de Justiça de São Paulo já decidiu que, quando o cumprimento da obrigação é demonstrado na primeira oportunidade, após a decisão de reconversão, não se pode falar em descumprimento injustificado (TJSP, Agravo de Execução Penal 0017369-19.2024.8.26.0502).

No caso em tela, o Requerente [DESCREVER AS JUSTIFICATIVAS OU PROVAS DE CUMPRIMENTO DA PENA], o que evidencia que não houve descumprimento injustificado das condições impostas.

Por fim, destaca-se que a conversão da pena restritiva de direitos em privativa de liberdade deve ser analisada à luz dos princípios da proporcionalidade e da individualização da pena, previstos no CF/88, art. 5º, XLVI. A imposição de uma pena mais gravosa, sem que haja justificativa suficiente, viola tais princípios e configura medida desproporcional.

JURISPRUDÊNCIAS

TJSP (12ª Câmara de Direito Criminal) - Agravo de Execução Penal 0017369-19.2024.8.26.0502 - Campinas...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue abaixo a simulação de um voto do magistrado, estruturado em HTML:

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de pedido formulado pelo Ministério Público, requerendo a conversão da pena restritiva de direitos imposta ao Requerente em pena privativa de liberdade, nos termos do artigo 44, §4º, do Código Penal, sob a alegação de descumprimento das condições impostas na sentença penal condenatória.

O Requerente, por sua vez, apresentou defesa demonstrando que o eventual descumprimento foi devidamente justificado e que não houve, portanto, descumprimento injustificado a ensejar a conversão da pena.

Fundamentação

Nos termos do artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, "todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade". Assim, passo à análise dos fatos e do direito aplicável ao caso em tela.

1. Da conversão da pena restritiva de direitos

A conversão da pena restritiva de direitos em pena privativa de liberdade é medida excepcional, aplicável apenas nos casos previstos no artigo 44, §4º, do Código Penal, ou seja, no caso de descumprimento injustificado das condições impostas na sentença condenatória.

No caso concreto, o Requerente apresentou justificativas plausíveis para o suposto descumprimento, conforme restou demonstrado pelas provas documentais anexadas aos autos, inclusive com a comprovação do cumprimento das condições em momento oportuno.

A jurisprudência é pacífica no sentido de que a conversão somente se justifica quando houver descumprimento injustificado das condições impostas. Nesse sentido, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu no Agravo de Execução Penal nº Acórdão/TJSP que, "quando demonstrado o cumprimento da obrigação na primeira oportunidade, logo após a decisão de reconversão de penas, não se pode falar em descumprimento injustificado".

2. Dos princípios constitucionais aplicáveis

A análise do presente caso deve observar os princípios da proporcionalidade e da individualização da pena, previstos no artigo 5º, inciso XLVI, da Constituição Federal. A conversão da pena restritiva de direitos em pena privativa de liberdade, sem a devida comprovação de descumprimento injustificado, configuraria medida desproporcional e violação aos direitos fundamentais do Requerente.

Ademais, a imposição de uma pena mais gravosa sem fundamento legítimo afronta o princípio da dignidade da pessoa humana, norteador do ordenamento jurídico brasileiro.

Conclusão

Diante do exposto, considerando a ausência de descumprimento injustificado das condições impostas ao Requerente, voto pelo indeferimento do pedido de conversão da pena restritiva de direitos em pena privativa de liberdade.

Subsidiariamente, caso não seja esse o entendimento, sugiro a aplicação de medidas menos gravosas ao Requerente, nos termos do artigo 44, §4º, do Código Penal.

Decisão

Pelo exposto, julgo improcedente o pedido do Ministério Público, mantendo a pena restritiva de direitos originalmente imposta ao Requerente.

Determino que o Requerente seja intimado para dar continuidade ao cumprimento das condições impostas na sentença penal condenatória, sob pena de eventual conversão futura, caso se configure novo descumprimento injustificado.

Intimem-se as partes e cumpra-se.

[LOCAL], [DATA]

[NOME DO MAGISTRADO]

Juiz de Direito

### Explicação: 1. O documento foi estruturado em seções bem definidas, como Relatório, Fundamentação, Conclusão e Decisão. 2. Citações e jurisprudências foram organizadas conforme o padrão jurídico. 3. Foi utilizado HTML semântico para garantir clareza e boa formatação do conteúdo. 4. Estilos simples foram aplicados para uma leitura agradável e profissional.

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