Modelo de Defesa em Processo Administrativo no Ministério Público do Trabalho por Atraso no Pagamento de Salários

Publicado em: 30/11/2023 Trabalhista
Modelo de defesa apresentado ao Ministério Público do Trabalho (MPT) em processo administrativo instaurado devido a suposto atraso no pagamento de salários aos empregados. O documento descreve os fatos ocorridos, esclarece as circunstâncias excepcionais que levaram ao atraso, apresenta fundamentos jurídicos baseados na boa-fé, princípios constitucionais e jurisprudências aplicáveis, e solicita o arquivamento do processo ou aplicação de penalidade proporcional. Inclui pedidos de análise de provas e possível audiência para esclarecimentos.

DEFESA EM PROCESSO ADMINISTRATIVO DO MPT POR ATRASO NO PAGAMENTO DE SALÁRIOS

PREÂMBULO

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Procurador(a) do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho, na cidade de [inserir cidade], Estado de [inserir estado].

A empresa [nome da empresa], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [inserir número], com sede à [endereço completo], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua DEFESA no Processo Administrativo instaurado pelo Ministério Público do Trabalho, em razão de suposto atraso no pagamento de salários, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O presente processo administrativo foi instaurado em razão de denúncia de atraso no pagamento de salários aos empregados da empresa [nome da empresa]. A denúncia aponta que os pagamentos referentes aos meses de [inserir meses] não foram realizados dentro do prazo legal.

A empresa reconhece que houve atrasos pontuais nos pagamentos, mas esclarece que tais atrasos decorreram de circunstâncias excepcionais e alheias à sua vontade, como [descrever motivos, por exemplo: crise econômica, bloqueio de contas, etc.]. Ademais, todos os salários em atraso já foram devidamente quitados, conforme comprovantes anexos.

DO DIREITO

Inicialmente, é importante destacar que o atraso no pagamento de salários, embora reprovável, não configura, por si só, conduta dolosa ou reiterada que justifique a imposição de sanções administrativas severas. Conforme preceitua a CF/88, art. 7º, X, é direito dos trabalhadores a proteção contra a retenção salarial, mas tal direito deve ser analisado em consonância com os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade (CF/88, art. 5º, LIV).

A empresa agiu de boa-fé e adotou todas as medidas possíveis para regularizar a situação, demonstrando seu compromisso com os direitos trabalhistas de seus empregados. Ademais, o CPC/2015, art. 319, IV, exige que os fatos sejam analisados com base nas provas apresentadas, e, neste caso, os comprovantes de pagamento já anexados demonstram a regularização da situação.

No âmbito doutrinário, destaca-se o entendimento de que a aplicação de penalidades administrativas deve observar o princípio da proporcionalidade, conforme leciona José dos Santos Carvalho Filho: "A sanção administrativa deve ser aplicada de forma proporcional à gravidade da infração cometida, considerando-se as circunstâncias do caso concreto e a conduta do infrator".

Ainda, é necessário observ"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de processo administrativo instaurado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), em razão de denúncia de atraso no pagamento de salários por parte da empresa [nome da empresa]. Os atrasos referem-se aos meses de [inserir meses], conforme apontado na inicial. A empresa, em sua manifestação, reconheceu os atrasos, mas alegou que foram causados por circunstâncias excepcionais e alheias à sua vontade. Ademais, informou que já regularizou os pagamentos, apresentando comprovantes como forma de prova.

Fundamentação

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, é imprescindível que as decisões judiciais sejam fundamentadas, sob pena de nulidade. Assim, passo à análise hermenêutica dos fatos e fundamentos apresentados.

Inicialmente, à luz do art. 7º, X, da CF/88, que assegura aos trabalhadores a proteção contra a retenção salarial, verifica-se que o atraso no pagamento de salários caracteriza infração aos direitos fundamentais do trabalhador. No entanto, tal infração deve ser analisada sob os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, conforme disposto no art. 5º, LIV, da Constituição.

Verifico que a empresa reconheceu os atrasos, mas demonstrou ter adotado medidas para regularizar a situação. Os comprovantes de pagamento anexados ao processo confirmam a quitação dos valores devidos, o que denota a boa-fé da parte reclamada. A análise doutrinária, como lecionado por José dos Santos Carvalho Filho, reforça que a aplicação de sanções administrativas deve ser proporcional à gravidade da infração e às circunstâncias do caso concreto.

Ademais, não se verifica conduta dolosa ou reiterada por parte da empresa que justifique a imposição de sanções severas. O princípio do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CF/88) foi devidamente observado, permitindo à empresa apresentar suas justificativas e provas.

No tocante à jurisprudência, destaco os seguintes precedentes que corroboram a necessidade de proporcionalidade e fundamentação adequada na aplicação de penalidades administrativas:

  • Apelação Cível Acórdão/TJSP (TJSP): "Configura-se cerceamento de defesa quando há ausência de análise de provas ou de fundamentação adequada para eventual sanção."
  • RRAg 11316-62.2020.5.15.0132 (TST): "A aplicação de penalidades administrativas deve respeitar os princípios da segurança jurídica e da proporcionalidade, considerando-se as circunstâncias do caso concreto e a boa-fé do infrator."

Por fim, observo que não há elementos nos autos que demonstrem má-fé ou reincidência da empresa, o que reforça a necessidade de aplicação de uma solução justa e proporcional ao caso.

Voto

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, voto no sentido de conhecer o processo administrativo em questão e dar procedência parcial ao pedido da parte reclamada, determinando o arquivamento do processo, tendo em vista a regularização dos pagamentos e a ausência de dolo ou má-fé por parte da empresa.

Subsidiariamente, caso entenda o colegiado pela aplicação de penalidade, que esta seja proporcional às circunstâncias do caso concreto, considerando a boa-fé da empresa e a inexistência de reiterada conduta ilícita.

Conclusão

Por todo o exposto, voto pelo arquivamento do processo administrativo, com a devida homologação por este Tribunal.

É como voto.

[Local], [data].

_______________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz do Trabalho
[Contato: telefone e e-mail]


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