Modelo de Defesa Preliminar em Caso de Denúncia por Estupro de Vulnerável com Pedido de Arquivamento ou Absolvição Sumária

Publicado em: 25/09/2024 Direito Penal Processo Penal
Defesa preliminar apresentada em processo penal no qual o réu é denunciado pela prática de estupro de vulnerável (art. 213 do CP, combinado com art. 226, II e art. 61, II, "h"). O documento argumenta a ausência de provas materiais e a fragilidade probatória, invocando o princípio da presunção de inocência (art. 5º, LVII da CF/88) e requerendo o arquivamento da denúncia ou a absolvição sumária com base no art. 397 do CPP. Inclui fundamentação jurídica, jurisprudências pertinentes e pedidos subsidiários para produção de provas e audiência de conciliação.

DEFESA PRELIMINAR

PROCESSO Nº [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA [INSERIR VARA COMPETENTE]

Réu: [NOME COMPLETO DO RÉU, QUALIFICAÇÃO COMPLETA, CPF, ENDEREÇO ELETRÔNICO, RESIDÊNCIA].
Advogado: [NOME COMPLETO DO ADVOGADO, OAB/UF, ENDEREÇO ELETRÔNICO].

[NOME COMPLETO DO RÉU], já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPP, art. 396-A, apresentar sua DEFESA PRELIMINAR, nos termos que seguem.

PREÂMBULO

O réu foi denunciado pela suposta prática do crime de estupro, tipificado no CP, art. 213, combinado com o CP, art. 226, II, e agravado pelo disposto no CP, art. 61, II, "h". Contudo, a presente defesa preliminar visa demonstrar a ausência de elementos probatórios suficientes para a instauração da ação penal, bem como a necessidade de absolvição sumária, nos termos do CPP, art. 397.

DOS FATOS

Segundo a denúncia, o réu teria praticado atos libidinosos contra a vítima [NOME DA VÍTIMA], menor de 14 anos, em circunstâncias que configurariam o crime de estupro de vulnerável. A acusação baseia-se, essencialmente, nos depoimentos da vítima e de testemunhas, sem a devida comprovação material dos fatos narrados.

O réu nega veementemente as acusações, afirmando que os fatos narrados não ocorreram e que não há qualquer elemento probatório que sustente a denúncia. Ademais, a narrativa apresentada pela acusação carece de consistência e apresenta contradições que comprometem sua credibilidade.

DO DIREITO

A presente defesa preliminar fundamenta-se nos seguintes argumentos jurídicos:

1. DA FRAGILIDADE PROBATÓRIA

Conforme entendimento consolidado, o crime de estupro é considerado um delito de natureza não transeunte, ou seja, deixa vestígios que podem ser comprovados por meio de exame pericial, nos termos do CPP, art. 158. No caso em tela, não há qualquer prova técnica que corrobore a versão apresentada pela vítima, sendo insuficiente, por si só, a palavra da ofendida para sustentar a denúncia.

2. DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA

O princípio da presunção de inocência, consagrado no CF/88, art. 5º, LVII, estabelece que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença "'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de análise de recurso interposto pelo réu [NOME COMPLETO DO RÉU], contra sentença proferida pelo Juízo da [INSERIR VARA COMPETENTE], que o condenou pela prática do crime de estupro de vulnerável, tipificado no artigo 217-A do Código Penal. Em síntese, a defesa alega ausência de provas suficientes para a condenação, requerendo sua absolvição com base na presunção de inocência e na falta de comprovação material dos fatos.

Voto

1. Do Conhecimento do Recurso

O recurso interposto preenche os requisitos de admissibilidade, sendo tempestivo, com a devida representação processual e atendendo às exigências formais previstas na legislação processual penal. Assim, conheço do presente recurso.

2. Da Fragilidade Probatória

Conforme dispõe o artigo 158 do Código de Processo Penal, nos crimes que deixam vestígios, é imprescindível a realização de exame pericial para comprovação da materialidade delitiva. No caso em análise, verifica-se que a condenação do réu baseou-se exclusivamente nos depoimentos da vítima, sem que houvesse suporte técnico ou probatório adicional que corroborasse as alegações.

Embora a palavra da vítima possua especial relevância em casos dessa natureza, conforme entendimento jurisprudencial consolidado, sua validade depende de harmonia e coerência com outros elementos probatórios. No presente caso, a narrativa apresentada apresenta contradições que comprometem sua credibilidade.

3. Da Presunção de Inocência

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso LVII, consagra o princípio da presunção de inocência, segundo o qual ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. A simples existência de alegações não acompanhadas de elementos concretos que demonstrem a autoria e materialidade do delito é insuficiente para justificar a condenação do réu.

4. Da Ausência de Justa Causa

Conforme o artigo 395, inciso III, do Código de Processo Penal, a inexistência de justa causa para a ação penal enseja o arquivamento do processo. No caso em análise, a ausência de elementos probatórios mínimos que indiquem a prática do delito impõe o reconhecimento da inviabilidade da condenação imposta ao réu.

Conclusão

Diante do exposto, em interpretação hermenêutica à luz dos fatos e fundamentos legais, voto no sentido de dar provimento ao recurso interposto pela defesa, para, com fundamento no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal, absolver o réu [NOME COMPLETO DO RÉU], ante a insuficiência de provas para a condenação.

Decisão

Ante o exposto, nos termos do artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, e com fundamento no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal, voto pela procedência do pedido recursal e, consequentemente, pela absolvição do réu.

Por fim, é como voto.

Local, [DATA].

_________________________

[NOME DO MAGISTRADO]

Juiz de Direito


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