Modelo de Defesa Prévia em Ação Penal com Base na Lei Maria da Penha: Argumentação de Insuficiência Probatória e Nulidades Processuais
Publicado em: 21/02/2025 Advogado Direito Penal Processo PenalDEFESA PRÉVIA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE __________
Processo nº: _____________
Nome do Acusado: C. E. da S.
Por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional situado à Rua __________, nº ___, Bairro __________, CEP __________, e endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos da ação penal que lhe move o Ministério Público, apresentar sua DEFESA PRÉVIA, com fulcro no art. 396-A do CPP, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
PREÂMBULO
O acusado foi denunciado pela prática do crime previsto no art. 129, § 13º do CP, em contexto de violência doméstica, conforme os moldes da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). A presente peça tem por objetivo demonstrar a inexistência de elementos probatórios suficientes para sustentar a acusação, bem como apontar nulidades processuais e requerer a absolvição do acusado.
DOS FATOS
Conforme narra a denúncia, o acusado, no dia __/__/____, teria supostamente agredido fisicamente sua companheira, M. F. de S. L., causando-lhe lesões corporais descritas no laudo pericial. A acusação sustenta que o fato ocorreu no contexto de violência doméstica e familiar, configurando o crime de lesão corporal qualificada pelo § 13º do art. 129 do CP.
O acusado, no entanto, nega veementemente os fatos narrados, afirmando que não houve qualquer agressão, sendo a denúncia baseada exclusivamente em declarações unilaterais da suposta vítima, sem suporte probatório suficiente para embasar a acusação.
DO DIREITO
Preliminarmente, cumpre destacar que a denúncia carece de elementos mínimos que comprovem a materialidade e a autoria do delito imputado ao acusado, violando o princípio da presunção de inocência, consagrado no art. 5º, LVII da CF/88.
Além disso, a palavra da vítima, embora relevante em casos de violência doméstica, não pode ser considerada prova absoluta, especialmente quando desacompanhada de outros elementos probatórios que a corroborem, conforme preceitua o CPP, art. 156.
Ademais, a ausência de testemunhas presenciais e a inexistência de provas materiais robustas tornam a acusação insustentável, sendo imperativo o reconhecimento da in"'>...