Modelo de Embargos à Execução Fiscal para Impugnar Cobrança Indevida de Contribuição de Melhoria com Base em Fatos e Fundamentos Jurídicos

Publicado em: 17/04/2024 Tributário
Este documento apresenta Embargos à Execução Fiscal propostos por um contribuinte em face de uma cobrança de contribuição de melhoria pelo Município, que é considerada indevida. Fundamentado no Código Tributário Nacional (art. 81), Constituição Federal (arts. 5º, II, e 150, II) e no Código de Processo Civil (art. 784, III e art. 919, §1º), o embargante alega a inexistência de benefícios diretos ao imóvel, ausência de valorização imobiliária e violação aos princípios da legalidade e isonomia tributária. O documento também inclui jurisprudências relevantes e requer a suspensão liminar da execução fiscal, a declaração da inexigibilidade do tributo e a condenação do Município ao pagamento de honorários e custas processuais.

EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara da Fazenda Pública da Comarca de ___________.

A. J. dos S., brasileiro, estado civil __________, profissão __________, portador do CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional situado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 784, III, propor os presentes:

EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL

Em face do Município de __________, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DOS FATOS

O embargante recebeu notificação para recolhimento de contribuição de melhoria no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), supostamente em razão de obras realizadas pelo Município de __________. Contudo, o imóvel de propriedade do embargante está localizado em área distante do local onde foram realizadas as melhorias, não havendo qualquer benefício direto ou valorização do bem.

Assim, o embargante entende que a cobrança é indevida, uma vez que não preenche os requisitos legais para a exigência da contribuição de melhoria, conforme será demonstrado a seguir.

DO DIREITO

A contribuição de melhoria é tributo instituído para custear obras públicas que resultem em valorização imobiliária, conforme disposto no CTN, art. 81. Para sua exigência, é necessário que o imóvel do contribuinte seja diretamente beneficiado pela obra, o que não ocorre no presente caso.

O imóvel do embargante está localizado em área distante do local das obras, não tendo havido qualquer valorização ou benefício direto. Dessa forma, a cobrança viola os princípios da legalidade e da isonomia tributária, previstos no CF/88, art. 5º, II, e no CF/88, art. 150, II.

Ademais, o Município não demonstrou a existência de valorização do imóvel ou qualquer relação entre a obra"'>...

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RELATÓRIO

Trata-se de Embargos à Execução Fiscal, propostos por A. J. dos S., em face do Município de __________, objetivando a declaração de inexigibilidade da contribuição de melhoria no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), sob o argumento de que o imóvel do embargante não foi diretamente beneficiado pelas obras que justificaram a cobrança tributária.

O Município, por sua vez, sustenta a regularidade da cobrança, alegando que as obras realizadas trouxeram benefícios gerais à região e que os requisitos legais foram devidamente cumpridos.

É o relatório.

FUNDAMENTAÇÃO

1. Dos Fatos

Conforme consta nos autos, o embargante recebeu notificação para o pagamento de contribuição de melhoria, alegadamente em razão de obras realizadas pelo Município. Contudo, o imóvel do embargante está localizado em área distante das referidas obras, não havendo evidências de qualquer benefício direto ou valorização imobiliária.

2. Do Direito

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 150, II, estabelece o princípio da isonomia tributária, vedando tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente. Além disso, o artigo 5º, II, consagra o princípio da legalidade, determinando que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei.

No caso específico da contribuição de melhoria, o Código Tributário Nacional, em seu artigo 81, condiciona a exigibilidade desse tributo à valorização imobiliária direta, decorrente da obra pública. Sendo assim, para que a cobrança seja legítima, é necessário comprovar que o imóvel do contribuinte foi beneficiado pela obra, o que não ocorre no presente caso.

Ademais, nos termos do artigo 373, II, do Código de Processo Civil de 2015, cabe ao Município demonstrar a existência de valorização imobiliária do imóvel do embargante, ônus do qual não se desincumbiu, conforme análise dos documentos apresentados.

3. Jurisprudência

O entendimento jurisprudencial é pacífico ao exigir a demonstração de benefício direto ao imóvel para a validade da cobrança da contribuição de melhoria. Nesse sentido, colaciono os seguintes precedentes:

  • STJ: AgInt no AREsp. Acórdão/STJ - Relator Ministro Antonio Carlos Ferreira, Quarta Turma, julgado em 21/2/2022: "A exigibilidade de tributo deve observar os requisitos de certeza, liquidez e exigibilidade, sob pena de nulidade."
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Relator Des. Achile Alesina, julgado em 08/10/2024: "Execução fiscal deve observar os requisitos de certeza e liquidez do título exequendo, sob pena de nulidade."

4. Conclusão

Diante dos fatos e fundamentos apresentados, resta evidente que a cobrança da contribuição de melhoria, no caso concreto, não atende aos requisitos estabelecidos pela legislação tributária. A ausência de comprovação de benefício direto ao imóvel do embargante torna inexigível o tributo, por violação aos princípios constitucionais da legalidade e da isonomia.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, com fundamento no artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto no sentido de julgar procedentes os Embargos à Execução Fiscal, declarando a inexigibilidade da contribuição de melhoria no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) e determinando a extinção da execução fiscal em questão.

Condeno o Município de __________ ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, nos termos do artigo 85 do Código de Processo Civil de 2015.

É como voto.

TERMOS FINAIS

Cidade, data.

___________________________________________

Magistrado


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