Modelo de Embargos à Execução por Excesso de Penhora: Fundamentação Jurídica e Pedido de Suspensão de Atos Executivos
Publicado em: 28/08/2023 CivelEMBARGOS À EXECUÇÃO POR EXCESSO DE PENHORA
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCALIDADE]
[NOME COMPLETO DO EMBARGANTE], brasileiro(a), estado civil [especificar], profissão [especificar], portador(a) do CPF nº [informar], residente e domiciliado(a) na [endereço completo], endereço eletrônico [informar], por meio de seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 917, apresentar EMBARGOS À EXECUÇÃO, em face de [NOME COMPLETO DO EMBARGADO], brasileiro(a), estado civil [especificar], profissão [especificar], portador(a) do CPF nº [informar], residente e domiciliado(a) na [endereço completo], endereço eletrônico [informar], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O embargante foi surpreendido com a penhora de bens no curso da execução promovida pelo embargado, no processo nº [informar]. Contudo, a penhora realizada revelou-se excessiva, uma vez que os bens constritos ultrapassam o valor necessário para a satisfação do crédito exequendo.
Conforme se verifica nos autos da execução, o valor do débito exequendo é de R$ [informar], enquanto os bens penhorados possuem valor estimado em R$ [informar], conforme laudo de avaliação anexo. Tal desproporcionalidade viola o princípio da menor onerosidade ao devedor, previsto no CPC/2015, art. 805.
DO DIREITO
O CPC/2015, art. 917, §2º, III, prevê expressamente que o excesso de penhora é matéria passível de alegação em sede de embargos à execução. No caso em tela, a constrição de bens em valor superior ao necessário para a satisfação do crédito exequendo caracteriza evidente excesso de penhora.
Ademais, o CPC/2015, art. 805, consagra o princípio da menor onerosidade ao devedor, determinando que a execução deve ser realizada pelo meio menos gravoso. A manutenção da penhora excessiva afronta tal princípio, impondo ao embargante um ônus desnecessário e desproporcional.
Conforme a doutrina, o princípio da menor onerosidade busca equilibrar os interesses das partes no processo executivo, garantindo que o credor obtenha a satisfação de seu crédito sem causar prejuízo desnecessário ao devedor. Nesse sentido, ensina Fredie Didier Jr.: "A execução deve ser realizada de forma a causar o menor sacrifício possível ao devedor, desde que não comprometa a efetividade do processo executivo."
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