Modelo de Embargos de Terceiros para Anulação de Penhora sobre Imóvel Adquirido de Boa-Fé

Publicado em: 07/04/2024 Processo Civil
Petição inicial de Embargos de Terceiros fundamentada no CPC/2015, art. 674, com pedido de anulação de penhora incidente sobre imóvel adquirido de boa-fé, em defesa do direito de propriedade e posse do embargante. A ação é movida contra o credor responsável pela constrição judicial, que recaiu indevidamente sobre o bem do autor, violando a Constituição Federal e o Código Civil. O documento traz detalhamento dos fatos, fundamentos jurídicos, jurisprudências e pedidos relacionados à suspensão liminar da penhora, anulação da constrição e condenação do embargado ao pagamento dos ônus sucumbenciais.

EMBARGOS DE TERCEIROS

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ____________.

A. J. dos S., brasileiro, casado, empresário, portador do CPF nº ____________, residente e domiciliado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, por meio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional situado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 674, propor:

EMBARGOS DE TERCEIROS

em face de B. F. da S., brasileiro, solteiro, comerciante, portador do CPF nº ____________, residente e domiciliado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O embargante adquiriu, de boa-fé, o imóvel situado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, conforme contrato de compra e venda celebrado em ___/___/_____, quando o bem estava livre de qualquer gravame ou ônus.

No entanto, foi surpreendido com a penhora do referido imóvel, determinada nos autos do processo de execução nº ____________, em trâmite perante este Juízo, movido pelo embargado contra terceiro que não possui qualquer relação com o embargante.

A constrição judicial recaiu sobre o bem adquirido pelo embargante, mesmo este não sendo parte na relação processual que originou a penhora, violando seu direito de propriedade e posse, garantidos pela Constituição Federal e pela legislação infraconstitucional.

DO DIREITO

Os embargos de terceiros são o instrumento processual adequado para a proteção da posse e da propriedade de quem não é parte no processo em que foi determinada a constrição judicial, conforme disposto no CPC/2015, art. 674.

O direito de propriedade do embargante é garantido pela CF/88, art. 5º, XXII, que assegura a inviolabilidade do direito à propriedade. Ademais, o CCB/2002, art. 1.245, §1º, estabelece que a transferência da propriedade de bens imóveis ocorre com o registro do título no cartório competente, o que foi devidamente realizado pelo embargante.

A penhora sobre o imóvel adquirido pelo embargante configura constrição inde"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue abaixo uma simulação de voto do magistrado, em formato HTML, considerando o contexto do caso descrito no documento jurídico fornecido:

Simulação de Voto

RELATÓRIO

Trata-se de Embargos de Terceiros interpostos por A. J. dos S. em face de B. F. da S., visando à liberação de penhora incidentemente determinada sobre o imóvel situado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________. Segundo o embargante, o imóvel foi adquirido de boa-fé, livre de qualquer ônus ou gravame, sendo surpreendido pela constrição judicial determinada nos autos de processo de execução nº ____________, do qual o embargante não faz parte.

O embargante alega violação de seu direito à propriedade, garantido pela Constituição Federal, e fundamenta seu pedido no art. 674 do CPC/2015, que prevê a medida dos embargos de terceiros como instrumento para proteção de bens de quem não é parte no processo constritivo.

É o relatório.

FUNDAMENTAÇÃO

A controvérsia apresentada nos autos restringe-se à análise da legitimidade da penhora incidente sobre o imóvel adquirido pelo embargante, à luz do direito de propriedade e da boa-fé na aquisição do bem.

Inicialmente, cumpre destacar que a Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, XXII, assegura o direito à propriedade, declarando-o inviolável. Ainda, o Código Civil de 2002, em seu art. 1.245, §1º, dispõe que a transferência da propriedade de bens imóveis se opera com o registro do título aquisitivo no cartório competente, o que, conforme alegado e não contraditado, foi devidamente realizado pelo embargante.

Ademais, o art. 674 do Código de Processo Civil de 2015 estabelece que os embargos de terceiros são cabíveis para excluir constrição judicial sobre bens de titularidade de quem não seja parte no processo. No caso em tela, o embargante não figurou em qualquer relação jurídica que pudesse justificar a constrição imposta ao imóvel de sua propriedade.

A boa-fé do embargante é presumida, conforme reiterada jurisprudência, e não há qualquer indício nos autos de que tenha agido de forma fraudulenta ou com má-fé na aquisição do imóvel. Pelo contrário, os documentos apresentados indicam que o bem foi adquirido em momento anterior à penhora e que, à época da aquisição, o imóvel encontrava-se livre de quaisquer ônus ou gravames.

Por fim, aplica-se ao caso o princípio da causalidade, segundo o qual aquele que deu causa à constrição indevida deve arcar com os ônus sucumbenciais, conforme disposto na Súmula 303 do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

DECISÃO

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige a fundamentação de todas as decisões judiciais, bem como nos arts. 5º, XXII, da CF/88, 1.245, §1º, do Código Civil de 2002, e 674 do Código de Processo Civil de 2015, JULGO PROCEDENTES os embargos de terceiros interpostos por A. J. dos S., para:

  1. Declarar a nulidade da penhora incidente sobre o imóvel situado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________;
  2. Determinar a exclusão do referido imóvel do polo passivo da execução nº ____________;
  3. Condenar o embargado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes fixados em 10% sobre o valor da causa, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Cidade ____________, ___ de ____________ de ____.

Juiz de Direito

### Explicação: 1. Estrutura do HTML**: Ele está estruturado com títulos `

` e `

` para organizar as seções do voto do magistrado, como o relatório, fundamentação e decisão. 2. Parágrafos e listas**: Os parágrafos `

` foram usados para descrever os fundamentos e conclusões, enquanto as listas `

    ` organizam os pedidos e decisões. 3. Decisão fundamentada**: O voto foi elaborado com base nos dispositivos legais mencionados no documento (CF/88, CPC/2015, CC/2002) e na jurisprudência citada. 4. Compromisso com a clareza**: O texto é conciso, respeitando o formato jurídico de uma decisão fundamentada.


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