Modelo de Embargos de Terceiro para Desconstituição de Penhora Indevida sobre Imóvel de Terceiro de Boa-Fé
Publicado em: 07/06/2023 CivelProcesso CivilPETIÇÃO INICIAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE _____________
Nome do Embargante: A. J. dos S., brasileiro, casado, comerciante, portador do CPF nº _____________, residente e domiciliado na Rua _____________, nº ___, Bairro _____________, CEP _____________, e-mail _____________.
Nome do Embargado: Banco XYZ S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº _____________, com sede na Rua _____________, nº ___, Bairro _____________, CEP _____________, e-mail _____________.
PREÂMBULO
O Embargante, por intermédio de seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos arts. 674 e seguintes do CPC/2015, propor a presente ação de EMBARGOS DE TERCEIRO, em razão de penhora injusta sobre bem de sua propriedade, conforme os fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
DOS FATOS
O Embargante é legítimo proprietário do imóvel localizado na Rua _____________, nº ___, Bairro _____________, conforme comprova a matrícula nº _____________ do Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de _____________. O bem foi adquirido por meio de contrato de compra e venda firmado em ___/___/____, com escritura pública devidamente registrada em ___/___/____.
No entanto, o referido imóvel foi objeto de penhora em ação de execução movida pelo Embargado contra o Sr. C. E. da S., terceiro que não possui qualquer relação jurídica com o Embargante. A constrição judicial foi realizada sem que houvesse averbação premonitória ou qualquer registro que vinculasse o imóvel à dívida executada.
Tal situação causou grave prejuízo ao Embargante, que, na qualidade de terceiro de boa-fé, teve seu direito de propriedade violado, razão pela qual busca a desconstituição da penhora indevida.
DO DIREITO
Nos termos do CPC/2015, art. 674, os embargos de terceiro são cabíveis para proteger a posse ou propriedade de bens que tenham sido indevidamente constritos em processo judicial do qual o embargante não é parte. O Embargante, na qualidade de proprietário do imóvel penhorado, possui legitimidade ativa para propor a presente ação.
A penhora realizada pelo Embargado é manifestamente indevida, uma vez que o imóvel foi adquirido pelo Embargante em data anterior à constrição judicial, conforme comprova a documentação anexa. Ademais, não há qualquer registro na matrícula do bem que demonstre a existência de fraude à execução ou má-fé por parte do Embargante, sendo aplicáveis ao caso as Súmulas 84 e 375 do STJ.
O direito de propriedade do Embargante é garantido pela CF/88, art. 5º, XXII, que assegura a inviolabilidade do direito à propriedade. A manutenção da penhora sobre o imóvel configura afronta direta a esse princípio constitucional, além de violar o princípio da boa-fé objetiva, amplamente reconhecido no ordenamento jurídico brasileiro.
Por fim, o CPC/2015, art. 8"'>...