Modelo de Embargos de Terceiro para Desconstituição de Penhora Indevida sobre Bem de Família em Execução Fiscal

Publicado em: 07/06/2023 Processo Civil
Ação de Embargos de Terceiro proposta por legítimo proprietário de imóvel residencial, utilizado como bem de família, em face da Fazenda Pública Estadual. O documento fundamenta a impenhorabilidade do bem nos termos da Lei 8.009/90 e da CF/88, art. 5º, XXII, e busca a desconstituição da penhora incidente sobre o imóvel, alegando constrição judicial indevida, já que o embargante não é parte na execução fiscal. Apresenta fundamentos jurídicos, doutrina, jurisprudência, e requer medida liminar, além da condenação da embargada em custas e honorários.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE _____________

Distribuição por dependência aos autos da Execução Fiscal nº _____________

PREÂMBULO

A. J. dos S., brasileiro(a), estado civil ____________, profissão ____________, portador(a) do CPF nº ____________ e RG nº ____________, residente e domiciliado(a) na Rua ____________, nº ____________, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, endereço eletrônico ____________, por intermédio de seu advogado, com endereço profissional na Rua ____________, nº ____________, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, endereço eletrônico ____________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, arts. 674 a 681, propor a presente:

EMBARGOS DE TERCEIRO

em face da FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE ____________, pessoa jurídica de direito público, com sede na Rua ____________, nº ____________, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O embargante é legítimo proprietário do imóvel localizado na Rua ____________, nº ____________, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, conforme comprova a matrícula nº ____________ do Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de ____________. O referido bem foi objeto de constrição judicial nos autos da Execução Fiscal nº ____________, movida pela Fazenda Pública do Estado de ____________, em razão de débitos tributários atribuídos exclusivamente ao executado, M. F. de S. L..

O imóvel em questão é utilizado como residência familiar do embargante, sendo, portanto, impenhorável nos termos da Lei 8.009/90, art. 1º, caput. A constrição judicial é indevida, pois o embargante não é parte na relação jurídica que deu origem à execução fiscal, tampouco é responsável pelos débitos tributários cobrados.

DO DIREITO

Os Embargos de Terceiro são o instrumento processual adequado para proteger a posse ou a propriedade de bens de terceiro que tenham sido objeto de constrição judicial indevida, conforme disposto no CPC/2015, art. 674. O embargante, na qualidade de legítimo proprietário do imóvel penhorado, possui interesse jurídico e legitimidade ativa para a propositura da presente ação.

Nos termos da Lei 8.009/90, art. 1º, caput, o imóvel residencial é impenhorável, salvo nas exceções previstas na própria lei, o que não se aplica ao presente caso. A constrição judicial sobre o bem do embargante viola o direito fundamental à propriedade, garantido pela CF/88, art. 5º, XXII, e o princípio da dignidade da pessoa humana, previsto no CF/88, art. 1º, III.

Ademais, o CTN, art. 123, estabelece que convenções particulares não podem alterar a sujeição passiva tributária, de modo que eventual acordo entre o embargante e o executado acerca da partilha de bens não transfere ao embargante a responsabilidade pelos débitos tributários do executado.

Doutrina

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Fatos Relevantes

O senhor(a) A. J. dos S., legítimo proprietário de um imóvel localizado na Rua ____________, nº ____________, na cidade de ____________, Estado de ____________, teve seu bem residencial objeto de penhora nos autos da Execução Fiscal nº ____________, movida pela Fazenda Pública do Estado de ____________. Essa execução visa a satisfação de débitos tributários atribuídos exclusivamente ao executado M. F. de S. L., com quem o embargante não possui qualquer vínculo jurídico ou responsabilidade sobre tais débitos.

O imóvel é utilizado como residência familiar do embargante, conforme comprova a matrícula nº ____________ do Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de ____________. Por se tratar de bem de família, o imóvel é protegido pela impenhorabilidade disposta na Lei 8.009/90, art. 1º, caput. A constrição judicial sobre o referido imóvel é, portanto, indevida e afronta os direitos constitucionais do embargante.

Fundamentos Jurídicos

A presente ação, denominada Embargos de Terceiro, encontra respaldo no art. 674 do CPC/2015, sendo o instrumento jurídico adequado para proteger a posse ou propriedade de terceiros que tenham seus bens afetados por constrições judiciais indevidas. O embargante possui legitimidade ativa, pois não é parte na relação jurídica que originou a execução fiscal, nem possui qualquer responsabilidade pelos débitos cobrados.

De acordo com a Lei 8.009/90, art. 1º, o imóvel residencial é impenhorável, salvo exceções que não se aplicam ao caso. Além disso, a penhora viola o direito à propriedade garantido pela CF/88, art. 5º, XXII, e o princípio da dignidade da pessoa humana, previsto no CF/88, art. 1º, III.

A legislação tributária, em seu CTN, art. 123, também reforça que convenções particulares não alteram a sujeição passiva tributária, o que significa que qualquer acordo ou partilha envolvendo o imóvel não transfere ao embargante a responsabilidade pelos débitos do executado.

Doutrina

O renomado doutrinador Humberto Theodoro Júnior define os embargos de terceiro como "o remédio processual destinado a proteger a posse ou propriedade de quem, não sendo parte no processo, sofre constrição judicial sobre bens que possui ou que lhe pertencem". Assim, o embargante tem o direito de pleitear a desconstituição da penhora.

Maria Helena Diniz complementa que "a impenhorabilidade do bem de família visa resguardar a entidade familiar, assegurando-lhe um patrimônio mínimo necessário à subsistência e dignidade". Este entendimento é crucial no caso em análise, uma vez que o imóvel penhorado é utilizado como residência familiar do embargante.

Jurisprudência

A jurisprudência tem confirmado o entendimento de que bens de família são impenhoráveis em casos análogos:

  • TJSP (15ª Câmara de Direito Público) - Apelação Acórdão/TJSP: Reconhecida a impenhorabilidade do imóvel residencial de propriedade do embargante. Uso residencial do bem comprovado e proteção da Lei 8.009/90 aplicada.
  • TJSP (15ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: Embargos de terceiro julgados procedentes, resguardando os direitos do coproprietário sobre o imóvel penhorado.
  • TJSP (24ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: Sentença de procedência em embargos de terceiro, reconhecendo o direito do embargante à proteção contra penhora.

Síntese e Pedido

O embargante busca, com os presentes Embargos de Terceiro, a proteção de seu direito de propriedade e de sua dignidade familiar, pleiteando:

  1. Suspensão imediata da penhora sobre o imóvel residencial;
  2. Citação da Fazenda Pública do Estado de ____________ para contestação;
  3. Procedência dos embargos, com a desconstituição definitiva da penhora;
  4. Condenação da Fazenda Pública ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

A proteção do patrimônio familiar e o respeito aos direitos constitucionais são fundamentais para a manutenção da justiça neste caso.


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