Modelo de Emenda à Petição Inicial em Caso de Fraude em Plataforma de E-commerce: Direito do Consumidor e Responsabilidade Objetiva

Publicado em: 25/01/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Emenda à petição inicial apresentada em processo judicial, em que o autor, vítima de fraude em plataforma de e-commerce, narra falhas na prestação de serviço, violação de dados e prejuízos financeiros. O documento fundamenta os pedidos com base no Código de Defesa do Consumidor (art. 14, art. 49 e art. 6º, I), requerendo o ressarcimento dos valores pagos, indenização por danos materiais e morais, além de medidas para produção de provas e acesso a registros eletrônicos conforme o Marco Civil da Internet. Traz jurisprudências recentes e detalha as violações sofridas pelo consumidor.

EMENDA À PETIÇÃO INICIAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Processo nº: [inserir número do processo]

Autor: [inserir nome do autor]

Réu: [inserir nome do réu]

PREÂMBULO

O Autor, [inserir nome completo do autor], já qualificado nos autos, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, em atenção à determinação judicial, apresentar a presente EMENDA À PETIÇÃO INICIAL, nos termos do art. 319 do CPC/2015, para adequar a inicial às exigências formuladas por este Juízo, conforme exposto a seguir.

DOS FATOS

O Autor foi vítima de fraude ao realizar uma compra em uma plataforma de e-commerce. Após efetuar o pagamento via PIX para a aquisição de um produto, o mesmo não foi entregue. Durante o processo de compra, o suporte da plataforma entrou em contato com o Autor por meio do WhatsApp, orientando-o a realizar diversas operações financeiras, como abertura de conta corrente, solicitação de cartão de crédito e empréstimos. Além disso, o suporte obteve informações sensíveis, como limites de crédito e dados bancários do Autor.

Posteriormente, foram realizadas transferências e compras não autorizadas utilizando os dados do Autor, gerando prejuízos financeiros. O Autor tentou exercer seu direito de arrependimento e cancelamento da compra, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor, mas não obteve resposta satisfatória da plataforma, que não entregou o produto nem estornou os valores pagos.

O Autor contatou a operadora de cartão de crédito, que inicialmente creditou os valores contestados, mas, após 120 dias, cancelou definitivamente os pagamentos. O Autor anexa à presente emenda provas documentais, como prints de conversas, imagens do site da plataforma e registros das operações bancárias, para comprovar os fatos narrados.

DO DIREITO

A relação entre o Autor e a plataforma de e-commerce é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), sendo caracterizada como relação de consumo, conforme o art. 2º e art. 3º do CDC. A responsabilidade da plataforma é objetiva, nos termos do art. 14 do CDC, sendo esta responsável pelos danos causados ao consumidor em razão de falhas na prestação de seus serviços.

O direito de arrependimento, previsto no art. 49 do CDC, garante ao consumidor o prazo de 7 (sete) dias para desistir da compra realizada fora do estabelecimento comercial, com a devolução integral dos valores pagos. O Autor exerceu tal direito, mas não obteve resposta satisfatória da plataforma.

Ademais, a falha de segurança da plataforma, que permitiu o acesso de terceiros aos dados do Autor, configura violação ao dever de segurança "'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação movida pelo Autor, que relata ter sido vítima de fraude em uma plataforma de e-commerce, configurando prejuízos financeiros e falha na prestação de serviço. O pedido inclui o ressarcimento de valores, indenização por danos morais e materiais, e a aplicação do direito de arrependimento, com fundamento no Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Fundamentação

A Constituição Federal de 1988, no art. 93, inciso IX, dispõe que \"todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões\". Assim sendo, passo a apresentar os fundamentos desta decisão com base nos fatos narrados e nas normas aplicáveis.

Dos Fatos e do Direito

O Autor demonstrou, por meio dos documentos anexados aos autos, que foi vítima de fraude ao realizar uma compra em uma plataforma digital, sofrendo prejuízos financeiros decorrentes de transações não autorizadas. A narrativa é corroborada pelas provas documentais apresentadas, tais como registros de conversas, comprovantes de pagamento e capturas de tela.

A relação jurídica entre o Autor e a plataforma é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), conforme os arts. 2º e 3º, que caracterizam a relação de consumo. O art. 14 do CDC estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor pelos danos causados ao consumidor em razão de falhas na prestação de serviços. Além disso, o direito de arrependimento, previsto no art. 49 do CDC, assegura ao consumidor o direito de desistir da compra realizada fora do estabelecimento comercial, com a devolução integral dos valores pagos.

A falha de segurança da plataforma, que permitiu o acesso indevido aos dados do Autor, configura violação ao art. 6º, inciso I, do CDC, que trata do dever de segurança e proteção ao consumidor. Também se observa a negligência da plataforma em adotar medidas de prevenção contra fraudes, o que caracteriza falha grave na prestação do serviço.

Das Jurisprudências

A jurisprudência pátria reforça o entendimento de que os fornecedores de serviços digitais são responsáveis pelos danos causados ao consumidor em decorrência de falhas de segurança e práticas fraudulentas:

  • TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"É legítima a condenação por danos morais em razão de falha de segurança em plataforma digital que resulta em vazamento de dados pessoais e prejuízos financeiros ao consumidor.\"
  • STJ, REsp. Acórdão/STJ: \"Os fornecedores respondem objetivamente pelos danos materiais decorrentes de fraudes em suas operações, conforme a teoria do risco da atividade e o disposto no CDC, art. 14.\"

Do Pedido e da Procedência

Considerando as provas apresentadas, os fundamentos legais e a jurisprudência aplicável, entendo que o pedido do Autor é procedente. A plataforma de e-commerce falhou em cumprir seu dever de segurança e em garantir a proteção do consumidor, sendo responsável pelos prejuízos causados.

Determino a condenação da Ré ao ressarcimento integral dos valores pagos pelo Autor, bem como ao pagamento de indenização por danos morais, considerando o evidente abalo emocional e o prejuízo financeiro. Além disso, a Ré deverá arcar com os custos do processo, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

Decisão

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido do Autor para:

  • Condenar a Ré ao ressarcimento dos valores pagos pelo Autor, devidamente corrigidos;
  • Condenar a Ré ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais);
  • Determinar que a Ré adote medidas de segurança para evitar novas ocorrências de fraude;
  • Conceder justiça gratuita ao Autor, considerando sua condição socioeconômica.

Com base no art. 369 do CPC/2015, defiro a produção de provas documentais complementares, caso necessário, para execução da presente decisão.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Local], [Data].

Magistrado: [Nome do Magistrado]


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