Modelo de Emenda à Petição Inicial: Ação de Reparação por Falha na Prestação de Serviço e Operações Fraudulentas em E-commerce

Publicado em: 24/01/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Apresentação de emenda à petição inicial em ação do Juizado Especial Cível, fundamentada no Código de Defesa do Consumidor, com pleito de devolução de valores pagos, indenização por danos materiais e morais, e inversão do ônus da prova. O caso envolve falha na entrega de produto adquirido em plataforma de e-commerce, operações financeiras fraudulentas e descumprimento do direito de arrependimento. Inclui anexos probatórios e pedidos de informações a empresas envolvidas, referentes a transações financeiras e interações digitais.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

Processo nº: [inserir número do processo]

EMENDA À PETIÇÃO INICIAL

Nome completo do autor: A. J. dos S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº [inserir], RG nº [inserir], residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico [email].

Vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, em atenção à determinação judicial, apresentar a presente EMENDA À PETIÇÃO INICIAL, nos termos do CPC/2015, art. 319, para complementação dos fatos, fundamentos jurídicos e pedidos, conforme exposto a seguir:

DOS FATOS

O autor realizou uma compra em uma plataforma de e-commerce, efetuando o pagamento via PIX para a chave fornecida pelo vendedor. Após o pagamento, o produto não foi entregue, e o vendedor apresentou diversas justificativas, como a necessidade de contato com a transportadora, que nunca ocorreu. Além disso, o autor foi induzido a realizar outras operações financeiras, como abertura de conta, solicitação de cartão de crédito e empréstimos, sob orientação de um suposto suporte da plataforma, que utilizava o WhatsApp para comunicação.

Durante este período, foram realizadas transferências para terceiros desconhecidos e tentativas de compras com cartões de crédito do autor, algumas das quais foram bloqueadas pela operadora. Apesar de o autor ter solicitado o cancelamento da compra com base no direito de arrependimento (CDC, art. 49), a plataforma e o vendedor não atenderam ao pedido. O autor, cliente da plataforma há mais de 20 anos, contestou os pagamentos junto às operadoras de cartão, que, após análise, cancelaram definitivamente os valores cobrados.

O autor anexa à presente emenda provas documentais, incluindo prints de conversas no WhatsApp, imagens do site da plataforma e registros das operações bancárias realizadas (ver anexos).

DO DIREITO

O direito do autor encontra amparo no Código de Defesa do Consumidor (CDC), que estabelece a responsabilidade objetiva dos fornecedores de serviços (CDC, art. 14). A falha na prestação do serviço, evidenciada pela não entrega do produto e pelas operações fraudulentas realizadas, configura descumprimento do contrato e violação dos direitos do consumidor.

Nos termos do CDC, art. 49, o consumidor tem o direito de desistir da compra no prazo de 7 dias, contados da assinatura do contrato ou do recebimento do produto, quando a aquisição ocorrer fora do estabelecimento comercial. O autor exerceu este direito tempestivamente, mas não obteve resposta satisfatória da plataforma ou do vendedor.

Além disso, a fraude perpetrada pelo suposto suporte da plataforma viola o dever de segurança e transparência previsto no CDC, art. 6º, III. A responsabilidade da plataforma é objetiva, não sendo necessária a comprovação de culpa, bastando a demonstração do dano e do nexo causal.

...


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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação movida por A. J. dos S. em face de empresas de comércio eletrônico e operadoras financeiras, pleiteando a devolução de valores pagos por produto não entregue, bem como a reparação por danos materiais e morais decorrentes de fraudes e falhas na prestação de serviços.

Fundamentação

Dos Fatos

O autor realizou a compra de um produto em plataforma de e-commerce, efetuando o pagamento via PIX. Após a transação, o produto não foi entregue, e o vendedor apresentou justificativas evasivas. Além disso, o autor foi submetido a fraudes, sendo orientado a realizar operações financeiras como abertura de conta, solicitação de cartão de crédito e empréstimos, por meio de um suposto suporte da plataforma. As transferências realizadas causaram-lhe prejuízos financeiros.

O autor tentou exercer o direito de arrependimento, previsto no art. 49 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), mas não obteve retorno satisfatório. A ausência de entrega e as fraudes configuram falhas graves no serviço prestado pela plataforma, violando os deveres de segurança e transparência previstos no CDC, art. 6º, III.

Do Direito

O caso em análise encontra amparo no Código de Defesa do Consumidor, que estabelece a responsabilidade objetiva dos fornecedores de serviços (CDC, art. 14). A falha na prestação do serviço, evidenciada pela ausência de entrega do produto e pelas operações fraudulentas, configura descumprimento contratual e violação dos direitos do consumidor.

Nos termos do CDC, art. 49, o consumidor tem o direito de desistir da compra no prazo de 7 dias, contados do recebimento do produto, quando a aquisição ocorrer fora do estabelecimento comercial. O autor exerceu tal direito de forma tempestiva, mas não obteve a restituição dos valores pagos.

A responsabilidade da plataforma é objetiva, sendo irrelevante a comprovação de culpa, nos termos do CDC, art. 14. Verifica-se, ainda, que as operações fraudulentas demonstram a fragilidade do sistema de segurança da plataforma, que não garantiu a proteção dos dados e das transações financeiras do autor.

Jurisprudência Aplicada

1. TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP

«A teoria finalista mitigada do CDC aplica-se a empresa de pequeno porte em situação de vulnerabilidade técnica e econômica, cabendo a inversão do ônus da prova e a responsabilização objetiva das fornecedoras por falhas na prestação de serviços.»

2. TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP

«Os fornecedores respondem objetivamente pelos danos materiais decorrentes de fraudes em suas operações, conforme a teoria do risco da atividade e o disposto no CDC, art. 14.»

Decisão

Com base nos fatos apresentados, no direito aplicável e nas jurisprudências colacionadas, entendo que estão presentes os requisitos legais para a procedência parcial do pedido. Reconheço que houve falha na prestação do serviço e que os danos materiais causados ao autor devem ser reparados. No entanto, não há elementos suficientes para a condenação por danos morais, considerando que a violação dos direitos do consumidor, embora grave, não configura necessariamente dano à sua personalidade.

Dessa forma, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, e nos artigos 6º, 14 e 49 do Código de Defesa do Consumidor, julgo:

  1. Procedente o pedido de devolução integral dos valores pagos pelo autor, devidamente corrigidos;
  2. Procedente o pedido de inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do CDC;
  3. Improcedente o pedido de condenação por danos morais;
  4. Determinar a produção de provas documentais e testemunhais, caso necessário, para a instrução do feito.

Conclusão

Ante o exposto, julgo parcialmente procedente a ação, condenando os réus à devolução dos valores pagos, com correção monetária, e determinando a inversão do ônus da prova. Eventuais outras diligências serão realizadas conforme a instrução do processo.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

[Local], [Data]

____________________________________

[Nome do Magistrado]


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