Modelo de Emenda à Petição Inicial em Representação Eleitoral por Abuso de Poder de Autoridade

Publicado em: 08/10/2024 Eleitoral
Emenda à petição inicial apresentada em representação eleitoral por abuso de poder de autoridade, visando a adequação aos requisitos previstos no art. 22 da Lei Complementar 64/1990 e art. 6º da Resolução TSE nº 23.735/2024. O documento descreve a conduta do representado, policial militar, que utilizou-se de sua condição funcional para coagir eleitores, violando a liberdade de voto e a isonomia do processo eleitoral. Inclui fundamentos jurídicos, jurisprudências relevantes e pedidos como a instauração de investigação judicial eleitoral e a declaração de inelegibilidade do representado.

EMENDA À PETIÇÃO INICIAL

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da ___ª Zona Eleitoral da Comarca de __________ – Estado de __________

2. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES

REPRESENTANTE: M. F. de S. L., brasileira, solteira, professora, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e RG nº XX.XXX.XXX-X, residente e domiciliada na Rua __________, nº ___, Bairro __________, CEP XXXXX-XXX, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected].

ADVOGADO: A. J. dos S., inscrito na OAB/UF sob o nº XXXXX, com escritório profissional situado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, CEP XXXXX-XXX, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected].

REPRESENTADO: C. E. da S., brasileiro, casado, policial militar, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX e RG nº XX.XXX.XXX-X, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, CEP XXXXX-XXX, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected].

3. BREVE SÍNTESE DOS FATOS

A Representante ajuizou representação eleitoral por abuso de poder em face do Representado, C. E. da S., policial militar, que, mesmo fora do serviço, utilizou-se de sua condição funcional para coagir eleitores durante o período eleitoral. Conforme narrado na petição inicial, o Representado, em diversas ocasiões, abordou cidadãos em via pública, proferindo ameaças veladas e explícitas, com o intuito de influenciar o voto em favor de determinado candidato, o que configura abuso de poder de autoridade.

O juízo eleitoral, ao analisar a petição inicial, determinou a sua emenda, a fim de adequar os pedidos aos termos do art. 22 da Lei Complementar 64/1990 e do art. 6º da Resolução TSE nº 23.735/2024, sob pena de indeferimento da inicial.

4. FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA

Em atenção à respeitável decisão judicial, a presente emenda visa adequar os pedidos e fundamentos jurídicos da representação eleitoral, conforme exigido pela legislação vigente.

Nos termos do art. 22 da LC 64/1990, a representação por abuso de poder deve conter a exposição dos fatos e a indicação das provas, bem como o pedido de abertura de investigação judicial eleitoral. Já o art. 6º da Res. TSE 23.735/2024 estabelece que a petição inicial deve conter a qualificação das partes, a exposição dos fatos e fundamentos jurídicos, o pedido com suas especificações, o valor da causa, as provas pretendidas e a opção pela audiência de conciliação, quando cabível.

Assim, a presente emenda visa atender integralmente aos requisitos legais e regulamentares, possibilitando o regular prosseguimento da ação e a apuração dos fatos narrados.

5. DO DIREITO

O abuso de poder de autoridade, nos termos do art. 22 da LC 64/1990, caracteriza-se pela utilização indevida de cargo público com o fim de interferir na liberdade do voto. No caso em tela, o Representado, mesmo fora de serviço, utilizou-se de sua condição de policial militar para intimidar eleitores, o que configura clara violação à normalidade e legitimidade das eleições.

O princípio da isonomia entre os candidatos e da liberdade de voto dos eleitores, ambos pilares do processo democrático, foram frontalmente violados pela conduta do Representado. A CF/88, art. 14, §9º, prevê a possib"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I – Relatório

Trata-se de representação eleitoral ajuizada por M. F. de S. L. em face de C. E. da S., policial militar, sob alegação de prática de abuso de poder de autoridade durante o período eleitoral. A inicial foi emendada conforme determinação judicial, atendendo aos requisitos previstos no art. 22 da Lei Complementar 64/1990 e no art. 6º da Resolução TSE nº 23.735/2024.

Consta na petição que o Representado, mesmo fora de serviço, utilizou-se de sua condição funcional para coagir eleitores em via pública, proferindo ameaças veladas e explícitas visando promover determinado candidato, o que comprometeria a normalidade e a legitimidade das eleições.

II – Fundamentação

Inicialmente, registro que o art. 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, impõe ao magistrado o dever de fundamentar suas decisões, permitindo o controle e a previsibilidade dos atos jurisdicionais.

Superada a análise da regularidade formal da emenda à petição inicial, constato que a Representante atendeu às exigências legais, apresentando exposição clara dos fatos, fundamentos jurídicos pertinentes, pedidos certos e determinados, além da indicação das provas pretendidas.

Nos termos do art. 22 da LC 64/1990, o abuso de autoridade se caracteriza pela utilização indevida de cargo público em benefício de candidato, partido ou coligação, e pode ensejar a decretação de inelegibilidade do agente por até 8 (oito) anos.

As alegações constantes na inicial, se comprovadas, revelam conduta grave e incompatível com a lisura do processo eleitoral. A utilização da autoridade policial para coagir eleitores representa desequilíbrio no pleito e fere frontalmente os princípios da isonomia entre os candidatos e da liberdade de voto, pilares do Estado Democrático de Direito.

É necessário garantir que a vontade popular se manifeste de forma livre e consciente. A coação, ainda que indireta ou simbólica, proveniente de agente público armado e investido de autoridade, representa ameaça real à integridade do processo eleitoral.

Destaco, ainda, a jurisprudência consolidada do Tribunal Superior Eleitoral no sentido de que a prática de abuso de poder, quando suficientemente demonstrada, enseja a procedência da representação e a aplicação das sanções previstas na legislação eleitoral.

III – Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 22 da Lei Complementar nº 64/1990, no art. 6º da Resolução TSE nº 23.735/2024 e à luz do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, CONHEÇO da representação e JULGO PROCEDENTE o pedido formulado por M. F. de S. L., reconhecendo a prática de abuso de poder de autoridade por parte de C. E. da S.

Declaro, por conseguinte, a inelegibilidade do Representado pelo prazo de 8 (oito) anos, nos termos do art. 1º, inciso I, alínea "d", da LC 64/1990, contados a partir da eleição em que se deu o ilícito.

Determino, ainda, a comunicação da presente decisão ao Tribunal Regional Eleitoral competente para fins de registro e cumprimento.

IV – Disposições Finais

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas legais.

Comarca de __________, ___ de __________ de 2024.

Juiz Eleitoral


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