Modelo de Defesa apresentada contra representação eleitoral por divulgação de pesquisa falsa, com fundamentação jurídica e solicitação de improcedência

Publicado em: 02/10/2024 Eleitoral
Defesa elaborada em resposta à representação eleitoral movida pelo Ministério Público Eleitoral, que acusa o requerido de divulgar pesquisa eleitoral não registrada na Justiça Eleitoral, em desacordo com a Lei nº 9.504/1997, art. 33. A peça argumenta a ausência de dolo na conduta, invocando direitos constitucionais como a liberdade de expressão (art. 5º, IV, da CF/88) e princípios da proporcionalidade e razoabilidade. Requer a improcedência da ação, produção de provas, audiência de conciliação e, se necessário, a gratuidade de justiça.

DEFESA - REPRESENTAÇÃO PESQUISA FALSA JUSTIÇA ELEITORAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ ELEITORAL DA ___ª ZONA ELEITORAL DE [LOCALIDADE]

Processo nº: [inserir número do processo]

Requerente: Ministério Público Eleitoral

Requerido: [Nome completo do Requerido - conforme instruções]

[Nome completo do Requerido], brasileiro(a), [estado civil], [profissão], portador(a) do CPF nº [inserir número], residente e domiciliado(a) em [endereço completo], por intermédio de seu advogado(a) que esta subscreve, com endereço profissional indicado no rodapé desta peça, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua DEFESA nos autos da Representação Eleitoral em epígrafe, com fundamento nos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

PREÂMBULO

Trata-se de representação eleitoral promovida pelo Ministério Público Eleitoral, que alega a divulgação de pesquisa eleitoral falsa por parte do Requerido, em desacordo com a legislação eleitoral vigente. A presente peça busca demonstrar a inexistência de dolo na conduta do Requerido, bem como a ausência de elementos que caracterizem a infração eleitoral imputada.

DOS FATOS

O Requerido foi acusado de divulgar pesquisa eleitoral que não teria sido registrada junto à Justiça Eleitoral, conforme exigido pela Lei nº 9.504/1997, art. 33. A referida pesquisa foi compartilhada em redes sociais, sem que houvesse qualquer intenção de manipular ou influenciar o eleitorado de forma ilícita.

Importante destacar que o Requerido apenas compartilhou informações recebidas de terceiros, sem verificar a veracidade ou a regularidade do registro da pesquisa. Não houve, portanto, qualquer intenção deliberada de descumprir a legislação eleitoral.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que a legislação eleitoral exige o registro prévio de pesquisas eleitorais junto à Justiça Eleitoral, conforme disposto na Lei nº 9.504/1997, art. 33. No entanto, para que se configure a infração eleitoral, é necessário que haja dolo na conduta do agente, ou seja, a intenção deliberada de violar a norma.

No presente caso, o Requerido agiu sem dolo, limitando-se a compartilhar informações recebidas de terceiros. A ausência de intenção dolosa afasta a configuração da infração eleitoral, conforme entendimento consolidado na jurisprudência.

Ademais, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, inciso IV, assegura a liberdade de expressão como direito fundamental. A punição do Requerido por compartilhar informações, sem comprovação de dolo, configuraria violação a esse direito constitucional.

Por fim, destaca-se que a aplicação de penalidades eleitorais deve observar os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, conforme previsto no CPC/2015, art. 8º. No caso em tela, a ausência de dolo e a inexistência de prejuízo efetivo ao processo eleitoral tornam desproporcional qualquer sanção ao Requerido.

JURISPRUD�"'>...


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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de representação eleitoral movida pelo Ministério Público Eleitoral contra o Requerido, acusado de divulgar pesquisa eleitoral não registrada, em desacordo com a legislação eleitoral.

O tema central do presente julgamento é a análise da ocorrência de infração eleitoral, considerando a conduta do Requerido, a exigência de registro prévio de pesquisas nos termos da Lei nº 9.504/1997, art. 33, e a necessidade de comprovação de dolo para configuração da infração.

Voto do Magistrado

Com base na Constituição Federal de 1988, art. 93, IX, é dever do magistrado fundamentar todas as decisões judiciais. Assim, passo à análise dos fatos e fundamentos jurídicos apresentados nos autos.

Análise dos Fatos

O Requerido foi acusado de divulgar pesquisa eleitoral não registrada junto à Justiça Eleitoral, conforme exigido pela Lei nº 9.504/1997. Entretanto, verifica-se dos autos que o Requerido apenas compartilhou informações recebidas de terceiros, sem comprovação de intenção dolosa em descumprir a norma.

A ausência de elementos que demonstrem a intenção de manipular ou influenciar o eleitorado descaracteriza a configuração da infração eleitoral.

Análise do Direito

A legislação eleitoral, em especial a Lei nº 9.504/1997, art. 33, exige o registro prévio de pesquisas eleitorais. No entanto, para que se configure infração, é imprescindível a comprovação do dolo, ou seja, da intenção deliberada de violar a norma.

Além disso, a Constituição Federal, em seu art. 5º, IV, assegura a liberdade de expressão como direito fundamental. A aplicação de penalidades sem a devida comprovação de dolo configuraria violação a esse direito, além de desrespeitar os princípios da proporcionalidade e razoabilidade previstos no CPC/2015, art. 8º.

Por fim, a jurisprudência consolidada reforça a necessidade de respeito ao contraditório e à ampla defesa, bem como a aplicação de sanções proporcionais, quando cabíveis.

Jurisprudência Aplicável

Para embasar a presente decisão, destaco as seguintes jurisprudências:

  • Apelação Cível 1001686-16.2021.8.26.0441 – TJSP: Cerceamento de defesa por ausência de intimação para manifestação sobre documentos juntados.
  • Apelação Cível Acórdão/TJSP – TJSP: Importância de prevenir atos contrários à dignidade da justiça e evitar postulações protelatórias.
  • Apelação Cível Acórdão/TJSP – TJSP: Extinção de processo por descumprimento de ordem judicial nos termos do CPC, art. 485, VI.

Decisão

Diante do exposto, considerando a ausência de dolo por parte do Requerido, bem como o direito constitucional à liberdade de expressão e os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, voto pela improcedência da representação eleitoral movida pelo Ministério Público Eleitoral.

Declaro, portanto, que o Requerido não cometeu infração eleitoral, uma vez que sua conduta não configurou violação dolosa das normas previstas na Lei nº 9.504/1997, art. 33.

Assim, julgo improcedente o pedido formulado pelo Ministério Público Eleitoral.

Dispositivo

Ante o exposto, conheço do recurso interposto pelo Requerido e, no mérito, dou-lhe provimento, julgando improcedente a representação eleitoral. Determino, ainda, o arquivamento dos autos, com as devidas comunicações de estilo.

Termos em que,

Pede deferimento.

[Localidade], [Data].

Magistrado: [Nome do Magistrado]


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