Modelo de Impugnação à Competência Territorial em Ação de Guarda de Menor com Base no CPC/2015, art. 53, II

Publicado em: 26/01/2025 Processo Civil Familia
Petição de impugnação à competência territorial apresentada por A. J. dos S. em ação de guarda de menor movida por M. F. de S. L., fundamentada no CPC/2015, art. 53, II, que determina o foro do domicílio do menor como competente. O documento defende o princípio do melhor interesse da criança e solicita a remessa dos autos ao foro correto, destacando jurisprudências relevantes e a importância da proximidade do juízo com a realidade do menor.

IMPUGNAÇÃO À COMPETÊNCIA TERRITORIAL

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de ____________.

Processo nº: _____________

A. J. dos S., brasileiro(a), estado civil __________, profissão __________, portador(a) do CPF nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliado(a) na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por seu(sua) advogado(a) que esta subscreve, com endereço profissional na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos da ação de guarda de menor movida por M. F. de S. L., apresentar a presente IMPUGNAÇÃO À COMPETÊNCIA TERRITORIAL, com fundamento no CPC/2015, art. 64, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

Trata-se de ação de guarda de menor ajuizada por M. F. de S. L., genitora do menor __________, perante este juízo. Contudo, a presente demanda foi proposta em comarca diversa daquela em que reside o menor e onde se encontra estabelecida sua rotina habitual, contrariando o princípio do melhor interesse da criança e o disposto no CPC/2015, art. 53, II, que estabelece a competência do foro do domicílio do menor para ações que envolvam guarda.

A parte autora, ao ajuizar a ação em comarca distinta, desconsiderou a necessidade de proximidade do juízo com o local onde se encontram os elementos probatórios e as condições de vida do menor, o que pode prejudicar a celeridade e a efetividade da prestação jurisdicional.

DO DIREITO

A competência territorial para ações que envolvam guarda de menor é definida pelo CPC/2015, art. 53, II, que determina que o foro competente é o do domicílio do menor. Tal regra visa assegurar a proteção integral e o melhor interesse da criança, conforme preconizado pelo CF/88, art. 227.

O princípio do melhor interesse da criança é um dos pilares do Direito de Família e deve orientar todas as decisões judiciais que envolvam menores. A proximidade do juízo com o local onde o menor reside é essencial para garantir uma análise adequada das circunstâncias fáticas e das provas, além de facilitar o acompanhamento da situação pela rede de proteção local.

A doutrina reforça que a competência territorial em ações de guarda não é uma mera questão processual, mas sim uma garantia de qu"'>...

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Informações complementares

Segue abaixo a simulação de voto fundamentada na Constituição Federal de 1988, art. 93, IX, apresentada em formato HTML:

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de impugnação à competência territorial apresentada pelo(a) requerido(a), nos autos da ação de guarda de menor, proposta pela parte autora em comarca diversa daquela em que reside o menor e onde se encontra estabelecida sua rotina habitual. A parte requerida fundamenta-se no art. 53, II, do Código de Processo Civil de 2015, que estabelece o foro do domicílio do menor como competente para ações que envolvam guarda.

A parte requerida alega que o ajuizamento da ação em comarca distinta contraria o princípio do melhor interesse da criança, prejudicando a proximidade do juízo com os elementos probatórios e as condições de vida do menor, em afronta ao art. 227 da Constituição Federal de 1988.

Fundamentação

A presente questão envolve a análise da competência territorial para ações que tratem de guarda de menor, sendo imprescindível o exame do arcabouço legal e constitucional que norteia o caso.

Inicialmente, o art. 53, II, do Código de Processo Civil de 2015 estabelece que o foro competente para ações que envolvam guarda de menores é o do domicílio do menor. A norma tem como objetivo primário garantir a proteção integral e o melhor interesse da criança, em consonância com o art. 227 da Constituição Federal, que determina ser dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, com absoluta prioridade, o direito à convivência familiar e comunitária.

O princípio do melhor interesse da criança possui caráter fundamental no ordenamento jurídico brasileiro e deve prevalecer em qualquer decisão judicial que envolva menores, como preconiza a doutrina e a jurisprudência. Nesse sentido, Maria Berenice Dias destaca que a fixação da competência no domicílio do menor visa assegurar a proximidade do juízo com a realidade da criança, permitindo uma análise mais justa e adequada das circunstâncias fáticas.

Ademais, o art. 64 do Código de Processo Civil de 2015 estabelece que a incompetência territorial deve ser arguida como preliminar de contestação, podendo ser reconhecida de ofício pelo magistrado em casos que envolvam direitos de menores, dada a natureza de ordem pública da matéria.

A jurisprudência também tem reafirmado a importância da observância do foro do domicílio do menor, conforme decidido no Agravo de Instrumento nº Acórdão/TJSP (TJSP) e no Recurso Especial nº 2.108.750 - GO (STJ), que ressaltaram a necessidade de priorizar o melhor interesse da criança em casos similares.

Dispositivo

À luz dos fundamentos acima expostos e com fulcro no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto pelo acolhimento da impugnação à competência territorial, declarando este juízo incompetente para processar e julgar a presente ação de guarda de menor. Determino, assim, a remessa dos autos ao foro do domicílio do menor, conforme disposto no art. 53, II, do Código de Processo Civil de 2015.

Diante do exposto, julgo procedente o pedido formulado pela parte requerida, reconhecendo a incompetência territorial e determinando a redistribuição dos autos à comarca competente.

É como voto.

Conclusão

Diante do exposto, este magistrado entende que o reconhecimento da competência territorial do foro do domicílio do menor é medida que se impõe para assegurar a proteção integral e o melhor interesse da criança, em consonância com os preceitos constitucionais e legais aplicáveis à matéria.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.


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